Entre o estouro da bomba de efeito moral e a volta do meu fôlego, muita correria e medo. O garoto Washington, de 19 anos, vestia uma camiseta com os dizeres de Criolo: “pobreza não é derrota”. É o teste. “Não preciso dizer mais nada”, lamentou o jovem, acenando negativamente com a cabeça.
Apenas aguardávamos pela saída dos Racionais MC’s, assim como mais algumas dezenas de pessoas. Não havia tumulto, mas a Polícia Militar também queria dar seu “show” na Virada Cultural. A cavalaria não pareceu o suficiente para intimidar os fãs do grupo de rap. “Estamos fazendo a segurança de vocês”, explicou o policial. O mesmo que partiu para cima do público quando foi atingido por uma garrafa plástica.
Sobrou para quem não tinha nada a ver. Alguns apenas esperavam pelos ídolos quando a fumaça subiu e os portões do backstage se abriram. Duas vans saíram em alta velocidade no meio das pessoas e carregaram os integrantes do grupo para bem longe do Parque Vitória Régia.
Sobrou para quem não tinha nada a ver. Alguns apenas esperavam pelos ídolos quando a fumaça subiu e os portões do backstage se abriram. Duas vans saíram em alta velocidade no meio das pessoas e carregaram os integrantes do grupo para bem longe do Parque Vitória Régia.
Os policiais empunhavam suas armas, ariscos, talvez pilhados pelo triste incidente de janeiro de 2005, quando o jovem Luiz Fernando da Silva Santana foi assassinado durante um show do Racionais em Bauru. E talvez por isso a PM apontasse o canhão de luz do helicóptero contra o público durante a apresentação. Os dedos do meio levantados alimentavam a tensão desnecessária criada pela hostilidade mútua.
“O cara ouve rap e é maloqueiro, é vagabundo”, ironizava um garoto, aos berros. Preconceito e estereótipos também gritavam ao meu ouvido. Aquilo tudo era descabido. Eu fui lá para ver o show, assim como as outras milhares de pessoas, e me deparei com um conflito amplificado por discriminação e nervosismo.
Alguns vão dizer, como o secretário municipal da cultura, Elson Reis, que “é uma zona de atrito” e isso é esperado, visto que “a banda provoca a polícia e incita o público a fazer o mesmo”. Mas nada justifica o comportamento agressivo daqueles que, supostamente, têm a função de proteger a sociedade. E até agora não consigo assimilar o motivo das vans terem arrancado tão abruptamente contra o público, mas o secretário assegurou que foi ordem do próprio grupo de rap para os motoristas.
“Mas eles só querem paz e mesmo assim é um sonho”.
POXA EU ESTAVA LÁ EU NÃO VÍ NADA DEMAIS ATÉ QUE ACHEI QUE FOI BEM SOSSEGADO PELO CLIMA TENSO QUE PAIRAVA NO AR!DE UM LADO JOVENS PEGANDO PESADO NO CONSUMO DE DROGAS (EU PRESENCIEI TODOS OS TIPOS MAS DE LONGE O ÁLCOOL ERA O MAIS PREOCUPANTE!) DO OUTRO LADO A POLÍCIA TENSA, SENDO HOSTILIZADA POR ALGUNS ....ALGUNS NÃO.. MUITOS!!!E SE TEVE BOMBA DE EFEITO MORAL EU NEM SENTI TE JURO!ACHO QUE A MAROFA ESTAVA MAIS FORTE HEHEHE . NÃO ESTOU DEFENDENDO LADO NENHUM APENAS NÃO VÍ NADA DE CONFUSÃO MESMO E OLHA QUE FIQUEI ATÉ ACABAR TUDO! NOSSA SERA QUE FIQUEI CHAPADO POR TABELA E NEM VI??
ResponderExcluirPorra eu tava lá , tava com as porra das credencias e esses FDP não deixou eu entrar, e o pior auqela maldita bomba lacrimogenia. Alem deste show ter sido mau planejado , o pessoal da banda não deixou eu assistir o show lá na frente disse que se eu e mais algumas pessoas que estavam com a credencial entrasse no camarim, eles iriam parar o show.
ResponderExcluir