Bandas ao vivo - domingo - 20/03 Grito Rock 2011
DOS:
LISABI:
LANIVUS:
OVERTURN:
Abertura do Grito Rock Bauru 2011 com a banda Do Amor
Grito Rock Bauru 2011 - Último Dia
captação: Carolina Simonassi, Flávia Battistuzzo e João Guilherme Perussi
edição: Diogo Azuma
repórter: Guilherme Oliveira da Silva
Cachorrada infernal em Jacareí
Não pude publicar muita coisa nos últimos dias... Andei meio bloqueado.
Com a net bloqueada, com a cabeça bloqueada...
Acabamos de almoçar num lugar muito, mas muito firmeza.
Fomos bem recebidos em Jacareí viu... Os caras são gente boníssima.
Daqui a pouco vai começar o 'Grito Rock' aqui.
Além da 'Almighty', vai ter show das bandas 'Pineal Som Sistema vs Syn Ayuda' (Taubaté),
'Lo FI' (São José dos Campos) e 'Nostálgicos' (Paraibuna).
A galera tá na maior correria.
É um espaço muito legal. O 'Glauco', que toca na 'Ultrafônicos' e também tá na produção e na cobertura, me disse que o lugar, a pouco tempo, estava desativado. Hoje rola vários eventos firmeza... Acabamos de ver senhorinhas entrando na aula de natação... Tinha uma galera treinando basquete na quadra.
Aqui, na minha frente, tem uma exposição de quadros muito bonita, bem psicodélica...
Tem uma sala onde se pode usar internet grátis. Realmente muito legal.
É, meus amigos, o 'Grito Rock' tá acontecendo mesmo.
E esse texto também.
Logo ele acontecerá com mais informações.
Um abraço.
Grito Rock - 19/03/2011
Captação e Edição: Patricia Maita e Ana Carolina Sá
Entrevistador: Guilherme Oliveira Silva
Grito Rock Bauru 2011 - Primeiro Dia
captação e edição: Flávia Battistuzzo e Carolina Simonassi
repórter: Guilherme Oliveira da Silva
Noite de sábado GRITO ROCK BAURU 19/03/2011
the monkberry ao vivo
a quarta parede ao vivo
bexigão de pedra ao vivo
o vídeo da banda Samanah estará disponível logo menos!
3º Festival Grito Rock Bauru
Grito Rock Bauru! Terceiro dia
Estilo faz toda a diferença- Banda Lanivus
Nunca as referências estéticas fizeram tanta diferença nesse Grito Rock.
A banda Lanivus marca indubitavelmente pelo seu estilo e secundariamente (e com não menos qualidade) pela sua música.
Onde leggings brilhantes, jaquetas de couro e cintos de oncinha definem um estilo, os solos alucinógenos de guitarra, a batida do baixo e a marcação da bateria tornam- se um complemento.
O público volta fácil às décadas de 70 e 80 e encontram em e Slash a principal referência explícita e implicitamente, desde cabelos a atitude displicente e rebelde, desde uma foto na camiseta do vocalista aos cabelos alvoroçados com chapéu, além da constante alusão ao estilo da banda americana New York Dolls.
A guitarra faz solos dignos de bandas consagradas sem ressentimento e despindo- se lentamente deixa explícito o corpo excessivamente magro e compulsivamente adornado desde bota country a brinco indígena.
Apesar da equivocada aparência sóbria, as performances não enganavam pela exaltação com pouca interação interna, além das características do vestuário constrangedor e marcante em todos os sentidos (quem viu me entende) obviamente herdadas de suas referências com letras libidinosas como eles mesmos definem no seu myspace.
Outra característica era a proposital aparência andrógina com a contribuição dos movimentos de seus corpos afoitos e os cortes de cabelos histéricos.
Hora em português com visível perda de qualidade, hora em inglês valorizando o vocal e mantendo as fugidas rápidas do palco
Do baixista não conhecemos os olhos por motivos óbvios de corte de cabelo, mas soubemos com propriedade da voz que vez ou outra felizmente aparecia. Louvava na camiseta o nome Motorhead e fugindo de um padrão, era o único all star da banda.
Alguns contratempos no começo do show não causaram o desânimo da banda de Londrina, Paraná que por nenhum momento deixou o tom respeitoso com o público, só não visto no camarim quando o guitarrista voluptuoso mostrava, a todo momento, querer conhecer "as meninas bonitas de Bauru" e sentir delas o "calor humano do público".
O baterista também tinha sua incomoda magreza e com isso uma aparente fragilidade sem provas concretas no momento de tocar o hard rock.
Enquanto comiam um lanche e fumavam um cigarro no pós show observei no vocal uma versão do Mick Jagger com traços delicados com David Bowie só que mais sorridente e incontestável aparência sulista (como me ajudou a constatar o Costela).
O fim repentino e sem reclamações me incomodou um pouco, mas os comentários confirmaram a minha teoria de que o estilo nesse e em vários momentos faz toda a diferença.
Mais sobre Lanivus:
http://www.myspace.com/lanivus
http://www.facebook.com/home.php#!/lanivus
Texto: Laura Luz
Foto: Herbert Bruggner Neto e Diogo Zambello
Rock 'n roll and 'drag music'!?
Panelaço, duas guitas, um baixo, um teclado, percussão, batera, várias vozes, um trompete, um trombone e por aí vai! A banda Lisabi acabou de tocar aqui na última noite do GritoRock. Os campineiros vieram com tudo pra impressionar a galera. E foi o que aconteceu. Eu passei o show todo me perguntando como eu definiria o estilo deles... eu resolvi não arriscar! Qual o estilo de vocês? "A gente toca drag music! E fomos influenciados pela música latina, pelo jazz classico que ouviamos com nossos pais e pelo punk rock da adolescência", me "explicou" o percussionista em meio a risos!! Então tá, assim é Lisabi!
É uma bosta trampar no domingo
Muito rock, pessoas alteradas (pelo som ou outras maneiras), e muita diversão no Grito Rock Bauru! “Diversão, diversão sim!”
Mas lembre-se que hoje é domingo, dia de descanso merecido dos trabalhadores brasileiros, dia sagrado para comer, dormir, ir a um show, beber uma cerveja. Por isso, cumprir um ofício no domingo pode ser ingrato, até torturante. (Não é o caso dos E-colabs, claro. Estamos aqui pela curtição do trampo.)
Encaixando-se perfeitamente na situação descrita, estão os funcionários do Jack Pub. Domingão, trabalhando. Seguem abaixo algumas aspas:
“Curto rock até. Mas estaria na casa de um amigo bebendo uma cerveja. Ia ficar bêbado, em vez de ver os outros bêbados”, Felipe, barman da foto sensacional da Amandla Rocha (haha).
“Não sou adepta desse tipo de rock, gritaria. Curto reggae e rock nacional. Mas tamo aê. E trabalhar no domingo já estou acostumada”, Loredana, que estava com os dedos nos ouvidos há pouco.
“Não estou acostumado. É uma bosta trampar no domingo. Mas tomo um energético e tá tudo certo”, Alex, segurança tranquilão que aproveitaria este domingão num buteco.
Texto: Renan Simão
Foto: Amandla Rocha
Cobertura fotográfica do Grito Rock Bauru
Erguei as Mãos
Devildogs em Bragança
Estamos na 'Escola Musical Jardim Elétrico', em Bragança Paulista. Um lugar muito louco mesmo.
Daqui a pouco a Almighty vai subir ao palco.
Ontem foi louco... Colamos lá no bar 'Dharma', acho que é esse o nome...
Um lugar realmente subterrâneo, onde o som pesado impera. Vimos bandas legais tocando... 'Iansã' foi uma delas... Banda de Sorocaba bem da hora... A baterista manda muito bem...
Outra banda louca foi a 'Verticais Hussman'. Os caras são de Bragança mesmo... Tocaram uma sonzeira psicodélica... Com um instrumental bem forte... De vez em quando, um malucão pegava o microfone e recitava uns poemas... Bem louco o som... Encontrei uma mulher muito doida curtindo o som, a 'Gretchen', trocamos uma idéia... Ela tava dançando insanamente... Tava curtindo o rolê.
Bragança é um lugar bem da hora... Cheguei a essa conclusão. É só morro pra todo o lado... Tem umas ruas que são 90º mesmo... E parece que a cidade respira rock pesado... Fomos almoçar hoje e vimos uma mina muito linda passando de carro ouvindo um puta trash metal. Falando nisso, o almoço foi muito da hora, comemos em um restaurante que faz comida caseira... E tínhamos umas cortesias... Foi muito bom...
Um beijo pra você Gretchen.
Dominando a casa
Todo o público está reunido muito próximo ao palco. A área entre banda e platéia praticamente não existe, a galera vai se espremendo para ensaiar uns passinhos. A questão é se o Samanah vai se superar. A princípio parece ficar bem claro que não... o efeito das Seletivas não será atingido pela banda.
Mas mesmo super lotado, o Jack parece que perdeu muitos adoradores do Samanah para o MonkeyBerry. Os corpos embora reagissem à música, pareciam que só se deixavam levar pela batida, mais por devaneio do que pela vontade de dançar. Talvez eles tenham tido sorte com o ritmo, esse rock com pegada reggae, que leva as pessoas. Talvez o Samanah nem esteja fazendo uma apresentação inferior, talvez a banda apenas tenha criado uma expectativa grande demais pro Grito Rock.
E as sombras verdes dos integrantes se movimentavam lá atrás e se misturavam com o cheiro de gelo seco e das luzes coloridas desenfreadas. Casa cheia. São quase 4 e meia da manhã. O público poderia estar simplesmente cansado, mas o jogo meio que vira pra banda. Muitos aplausos começam a regar suas canções. E mais do que isso, os aplausos e assobios não esperam nem sequer as canções chegarem ao fim. Eles tomam conta das canções em suas metades, em seus começos. Quando eles tocaram uma do Bob Marley, ninguém se segurou.
É, no final, a Samanah já tinha dominado a platéia, a casa inteira estava aos seus pés. Os gritos e assobios se tornaram ainda mais ensurdecedores e fizeram a última música fechar a noite de sábado das bandas da melhor forma possível: a casa balançando, a moçada feliz e o quinteto convencida de que tinha conquistado seu objetivo.
Grito Rock Bauru! Segundo dia
Bexigão y outras cositas mas
Muito mais que um maracatu progressivo
A galera por aqui tá insana! Loucura é a palavra que eu resolvi usar pra definir esse show. A banda de Curitiba, A Quarta Parede, apareceu. Muito som progressivo, uma mistura frenética de estilos variados. Como eles se definem? "Do Cartola a Pantera" por exemplo. E eu nem sei explicar tudo isso. A casa tá cheia demais. E tudo o que a banda mostrou foi muita personalidade.
Um som singular. O batera fez qualquer músico que os assistia pirar. E pirou mesmo. Uma virada melhor que a outra. "Foi inspirador!" Sabe pra que? Pra a galera na frente do palco que resolveu rodar a cabeça, se jogar, falar o que tiver vontade, gritar demais. Sendo uma amante dos baixistas (amante de sua arte, é claro! ;) ), não posso deixar de falar do estilo do Gladson Targa, ele nasceu pra tocar baixo. Não fugindo disso, ele mostrou porque rodou 300 e poucos quilometros pra tocar hoje, aqui, em Bauru.
A cantora e flautista, Natalia Bermudez, entrou tímida e se soltou ao longo do show... ela viu que a galera queria mais e mais e resolveu dar tudo de si. Da timidez até ao "remelecho", deu pra ver uma requebrada empolgada com tudo o que tava rolando na sua frente. Se eu posso dizer um pouco sobre o dono do violão mais frenético da noite, Fabio Sexto, diria que ele sabe como animar um show. Uns efeitos planejados ou não, mas incríveis. O cara tocava de boa demais, e bem demais também!
Foram mil cabeças rodantes, muito barulho! Taís Capelini, mais conhecida por aqui como "Plets", foi, a meu ver, quem fez a platéia se soltar. A frase que eu mais ouvi dela hoje foi: "Se joga, sua linda". A partir disso, ela trouxe todo mundo pra pirar com ela. E todo mundo pirou. É pra isso que tá rolando o Grito Rock!
Pra ouvir muito e muito mais da Quarta Parede: http://www.myspace.com/aquartaparede
Fotos: Diogo Zambello
Rock contido, público exaltado- The Monkberry
Abrindo a segunda noite do Grito Rock com mais atraso e não menos expectativa, o The Monkberry mostrou o estereótipo contido do rock sulista.
No meio do picadeiro
Grito Rock Bauru!
Respeitável Público
- Senhoras e senhores, não percam tempo! Se aproximem! – convidava um deles ao microfone, falando como um desses personagens de desenho animado de circo. Sempre representado por um cara com chapéu, de bigodinho e um sotaque estrangeiro. Pertinente, diga-se de passagem, já que o espetáculo leva o nome de “De Gran Circo Internazionalle”.
O palhaço quis testar a Lei da Gravidade junto ao seu companheiro atrapalhado Biscoio (era esse mesmo o nome dele?). Um número de malabarismo com laranjas – e foi difícil acontecer com Biscoio comendo as frutas dos números. Com sua voz fina, engraçada e meio incompreensível (“uia” e “aaah, tááá” eram as únicas coisas claras em sua fala) e pés tortos para dentro fez a diversão do público infantil. Mas a integração num espetáculo de rua, deve acontecer e sobrou malabarismo até pro Artur Faleiros, que estava na produção do evento com o Enxame Coletivo, que teve de trocar a platéia pelo palco-praça. “Vamos ver agora como é gostoso estar do lado de cá”, disse um dos palhaços se sentando no lugar do Artur enquanto ele tomava seu posto de malabarista
Teve malabares, chicote, dança, música e também lição ambientalista.
- Jogaram papel no nosso picadeiro! – exclamou o colega palhaço. E quem jogou teve que pegar o papel e fazer cesta no baldinho das laranjas.
Folheto da programação do Grito Rock? O companheiro
Biscoito arrancou um pedaço com a boca e mastigou a programação.
Os adultos iam passando pelo calçadão e parando para assistir ao espetáculo. E o tal companheiro Biscoio continuava causando; o colega pedia postura de artista e ele fazia uma pose. Às vezes, ele fugia do controle do colega, pedindo silêncio freneticamente, correndo pela praça com o chicote e gritando, como se o palhaço tímido e atrapalhado fosse criando coragem. Mas, depois de um tempo de controle perdido, acabava se rendendo aos pedidos de atenção (e umas puxadas de barba) do colega. Ah, mas esse colega teve que pedir muitas vezes e ser muito paciente até ser atendido.
O espetáculo de rua foi bem participativo, tiraram uma moça pra dançar e um cara, o Reginaldo, que se libertou lá na frente fazendo um número com o Grupo Zibaldoni. Ele não se contentou, quis integrar mais do que com uma mera participação, quis ter seu próprio número e ao final da apresentação foi lá pegar o chapéu do colega. Biscoio correu atrás dele com um rolo de macarrão pela praça e tentou negociar o chapéu em troca de uma cerveja. Contudo, antes de chegarem a um acordo, o palhaço decidiu dar umas voltas com uma bicicleta que provavelmente arranjou com uma das crianças presentes.
Os narizes postiços da dupla de palhaços lembravam o de Pinóquio. Mas quem estava lá sabia que a diversão era totalmente verdadeira.
O Grito Rock migrou da Praça Rui Barbosa para a rua de frente à ela, no Automóvel Clube com mostras de curtas metragens relacionados de alguma forma com o Grito Rock, a Rede Fora do Eixo e a cena independente que é envolvida por tudo isso.
Os dois primeiros curtas faziam parte do Grito Doc 2010, um episódio sobre Hospedagem Solidária produzido pelo Enxame Coletivo e outro pelo Coletivo Esquina, de Brasília (DF), ilustrando um pouco do que é preciso pra fazer um evento como o Grito Rock acontecer... produção, parcerias e captação de recursos.
Em seguida, devia vir um curta sobre o Fora do Eixo, que já pelo início parecia promissor. Mas, por problemas técnicos o vídeo não foi muito longe e o documentário sobre o Festival RecBeat, de Recife, e sobre o cenário pós-internet entrou. O telão montado no andar de cima do Automóvel Clube transmitia muito do que essa cena independente que roda a América Latina tem a oferecer e contribuir.
Conheça as bandas do domingo - Grito Rock
20h - Lisabi - Campinas / SP
21h - Lanivus - Londrina / PR
22h - DOS - Bauru / SP
Myspace: http://www.myspace.com/dosdawnofsuffering
"Do Amor" abre o Grito Rock Bauru na sexta-feira
Logo nos primeiros acordes de “Vem me dar” dancinhas desajeitadas começaram a surgir. Benjão mandou um “Chega mais” e foi o suficiente. Despretensiosos, mas definitivamente competentes, ganharam o público com uma ou duas músicas. Os movimentos tímidos deram lugar a braços e pernas frenéticos. Teve até quem arriscasse passinhos combinados. E vale a miscelânea da coreografia. É parte do estilo proposto, do frescor da mistura de gêneros, originalidade de quem apenas tem vontade de tocar.
A divertida Chalé veio acompanhada de toda a baianidade de Pepeu baixou em mim e da pegada samba rock da Morena Russa. Entre comentários e letras bem humoradas, “Do Amor” mostrou ao público bauruense todo o repertório de seu disco de estréia. A amizade e a convivência de quem se conhece há muitos anos e um bombardeio de influências de quem se deleitava com vinis nos anos 80 e não mudou muito. A materialização disso. 14 faixas do hômonimo que inclui até um cover da brega Lindo Lago do Amor dos anos 80. Provavelmente esse refrão habita algum lugar do seu subconsciente.
O bis veio naturalmente. Atendendo a pedidos entusiasmados a banda tocou mais duas canções concluiu o show com sinceros agradecimentos a quem compareceu. Exemplo de que a satisfação pessoal vale muito mais que a auto promoção. “A gente não tem essa coisa de marqueteiro, público-alvo. A gente faz música e pronto”, comentou o Gustavo, minutos antes do show. E fazem mesmo. E fazem bem. Nós que agradecemos.
Texto: Beatriz Almeida /Fotos: Marina Wang
Os “mindingos” Do amor
Da esquerda: Marcelo, Gustavo, Ricardo e Gabriel |
Integração da artes no Grito Rock 2- Mostra de Curtas
Ainda dá tempo de ir, imendar os espetáculos e ainda ir a noite no Jack Pub.
Bom segundo dia de Festival, galera!
Sábado, dia 19 de março
No Automóvel Clube
Classificação: livre
“I’ve got a rock’n roll“ and you too
E como bem disse Leo Couto, “amanhã vai ser outro dia”, o grito não parou de soar não
A Supersonica entrou no palco e a galera levantou pra ouvir a última banda da primeira noite do Grito Rock 2011 de Bauru. E era a primeira banda da cidade a se apresentar. Nem preciso falar do potencial que os caras têm. Trouxeram fãs e até quem não os conhecia pirou no som. “Cara, você não sabe o que a gente faria com eles no Rio. Esses caras tem que aparecer para o país”, era a primeira vez que o produtor artístico da banda Fleeting circus, Gabriel Zambrone, ouvia a Supersonica.
Eu ia assistir ao show, sentar e escrever dois ou três parágrafos que definissem o que foi que os quatro fizeram no palco, mas não vai rolar porque tem muito mais do que isso para falar. O baixista Marcio Lanzarini sentiu todas as músicas como se fosse a última do dia. As expressões estampadas na cara dele eram muita vibração. Eu nem vou começar a falar muito do vocal/guita Leo Couto, vou deixar isso pra depois que o grito acabar. O batera Euler Rock mandou bem demais nas viradas. Principalmente na música dedicada “ironicamente” aos que gostam de trabalhar. Leo Couto juntou num mesmo discurso o Islã, o comércio de Bauru e os “trampos” injustos. Mas como eu prometi que não vou me aprofundar demais hoje, eu deixo isso também pra outro dia.
Os caras tocavam e a galera acompanhava. “Always”, “Gabriel”, “Isabella”, entre tantas outras. E quando parecia que a noite já tinha parado (o DJ já estava discotecando) o público não quis sair da frente do palco não. A pedidos do guita Rica Nogueira, o DJ parou. O guita então chamou a galera para um bate cabeça. A trilha sonora do rolê? Nada menor que um RATM. É lógico que o público pirou “killing in the name of” rock ‘n roll!
Primeira foto: Diogo Zambello
Segunda foto: Vitor Garcia - Vitinho
Pra ouvir o Supersonica: www.myspace.com/supersonicarock
A viagem dos africanos - Árido Groove
It's Indie Rock and Roll for me
Aroma de sangue
Mataram o show com um cover muito doido do AC/DC, ‘TNT’. Explosivo memo...
O guitarra até desceu do palco e ensaiou um ‘Duck Walk’ à la Angus Young...
Tocaram fogo na bomba mesmo... E é isso o que eu também vou fazer agora...
A próxima banda já vai subir no palco ae... Então, falou pra vocês!
Quer ouvir um som dos caras? http://www.myspace.com/coiotessa
Primeira foto: Vitor Garcia - Vitinho
Segunda foto: Amandla Rocha
"Boa noite, Bauru!" com sotaquinho Carioca- Fleeting Circus
Entre gritos, trocas de guitarra e sotaque carioca
"Mas o que aconteceu com o baixista?". Não me contive. Abordando o guitarrista Rodrigo descobri que o o questionado estava "numa semana ruim"e que só avisou que não viria a Bauru de manhã, na iminência de 11 horas cansativas de viagem de carro.
"A gente até tinha outros baixistas pra convidar, mas 6 da manhã nem rolava.Sacô?!" (Imagine essa frase falada por um carioca nato). Rodrigo também me contou que na verdade ele, seu irmão Daniel e Tairã são a banda de sempre e que de baixistas já tiveram vários.
Conclusão: que sem baixo falta uma batida, uma marcação não se pode negar, mas é de se admirar um show feito sem ele e um triângulo se apoiando bem nos seus vértices.
Continuemos. O Grito só tá aumentando!
Tairã Frota- Guitarra e Voz
Rodrigo Neves - Guitarra
Daniel Neves - Bateria
Mais sobre o Fleeting Circus :
http://www.facebook.com/pages/Fleeting-Circus/191600084205046
http://www.myspace.com/fleetingcircusIntegração da artes no Grito Rock- Grupo Zibaldoni
Na mira da campanha #GritoEnCena e com uma proposta de iniciar o diálogo com a rede @foradoeixo e engrandecer a união no festival.
Aqui em Bauru, continuando a turnê no interior de São Paulo, o grupo mostra uma apresentação dinâmica e com o mundo do circo em todas as suas vertentes.
Sábado, dia 19 de março
Na Praça Rui Barbosa
Classificação: livre
Duração: 50 minutos
Elenco e Criação: Neto Donegá e Lucas Santarosa.
http://zibaldoni.art.br/novo/
Qualquer que seja seu estilo, ele é “Do amor”
É do Rio que eles vieram. Cariocas de um som que eu nem tenho coragem de definir em uma palavra. E nem eles. Quais as influências? Se procurar no myspace dos caras, a gente encontra Novos Baianos, Metallica, Jimi Hendrix, Beatles e por todos esses e outros lados a banda vai! “Tudo o que a gente tem em casa de vinil!”, definiu Gustavo, um dos guita. Tudo o que eles ouvem acaba aparecendo, “até o Lúcio do Leblon que é um amigo nosso e que é músico!”.
A banda vai desconstruindo! Desconstruiu durante toda a passagem de som. Mas desconstruindo o que? Pedro Sá, comentando sobre a banda, disse que os caras “desconstroem todos esses estilos para no final nos devolver em música”. Pro Gabriel, “cada música tem seu estilo próprio”, eles não seguem uma linha, não tem por que! “A música ‘Isso é carimbó’, por exemplo, a gente sempre termina diferente”, comenta o batera Marcelo.
E nada melhor do que abrir um Festival de música com uma banda como a “Do amor”, sem preconceito, do axé dos anos 80, passando pela guitarrada, pelo funk e sem deixar de gritar pelo rock! O GritoRock em Bauru começou hoje às 16h quando Ricardo no baixo, Marcelo na batera, Gustavo e Gabriel na guita apareceram no SESC Bauru para passar o som. “Aumenta minha voz”, “diminui meu baixo”, “preciso arrumar o bumbo aqui”, tudo certo e a passagem de som virou uma “palinha” do que vai rolar daqui a pouco!
A banda começa hoje sua turnê por vários coletivos entre outros shows, vem Ribeirão Preto, Araraquara, São Paulo, São José dos Campos, Paraibuna, São Carlos e muito mais. “Fazer parte do universo de pessoas agitando cenas e público é bom demais”, comenta Ricardo.
Um estilo próprio e o grito já soou aqui por Bauru. Ricardo se solta “Dou um grito que vem na hora, muita coisa no nosso show vem na hora. O Ricardo muda sempre, eu faço viradas diferentes, todos nós mudamos”. Essa banda vai gritar demais daqui a pouco! 20h no SESC, muito amor e desconstrução, ninguém ali naquele palco tem medo de arriscar, é isso que eles conseguiram transmitir. “Do amor que pode ser bonito e também obscuro. Do amor ou da sacanagem”, finaliza Ricardo. Agora é só seguir a programação, curtir todos os gritos e gritar com todos eles, fazer o que quiser, mudar o som quando quiser, na hora, no impulso. É assim que a banda “Do amor” acontece. “Do rabisco ao rebusco, do rebusco ao rabisco”, como bem twittaram.
Fotos: Diogo Zambello
Mais fotos da passagem de som em: http://bit.ly/iicVVf
A partir de amanhã nós vamos gritar
Por e-mail todo mundo combinou de se encontrar às 9h30 da manhã na sede do Enxame Coletivo. Acabamos começando a reunião umas 10 e pouco. Todo mundo com cara de sono, mas também com vontade de inovar. Inovar. O que é inovar? “Vamos mudar a cobertura!” Vamos fazer em tempo real! Essa era a ‘vibe’ principal da reunião da E-colab na última quarta-feira. Sete cabeças, mil ideias, novos membros, só um grito! É o Grito Rock.
E todo mundo só anda falando desse Grito Rock. É isso que nós vamos cobrir! Cobrir de palavras e expressões, cobrir de foto, cobrir de vídeo, cobrir de loucura! Dizer a todos tudo o que será e o que foi o Grito Rock. Antes e depois. Vamos gritar por um rock n’roll pesado, vamos gritar por um rock mais leve, qualquer que seja o seu estilo, se está dentro do rock, você é bem vindo.
Neste fim de semana nós vamos falar de cinema, nós vamos falar de teatro, nós vamos falar de música. O que é cultura pra você? Nós vamos defini-la em palavras e imagens. Ou pelo menos tentar te fazer compreender o que é o Grito Rock. E o que é o Grito Rock? Você também vai dizer. Nossa cobertura propõe que você, nós, todos digam o que estará sendo o Grito Rock!
Uma lambança cultural! É isso que deve ser. A equipe E-colab estará mais uma vez tentando expor em palavras e imagens, tudo o que o público de Bauru sente quando ouve um ‘metal’ ou quando um ‘ska’ tá rolando solto. Tem mais sabor que misto quente! Por mais clichê que seja, o picles do Bauru fará a diferença nesse fim de semana! Rock n’roll é clichê. Mas é um clichê bom demais! Toda geração curte. Toda geração surta e enlouquece, seja lá com que tipo de rock esteja envolvido! Todos fazem parte de uma mesma tribo interessada em dar oportunidade pra bandas com um potencial incrível e que só precisam de um espaço pra fazer a galera “bater a cabeça” ou simplesmente apreciar o som sozinho.
A equipe E-colab estará fazendo o que gosta. Juntando trabalho com o que aprecia! Nada mais legal do que escrever sobre o que gosta, fotografar o que interessa, filmar o que acha ‘animal’! É por isso que vai ser bom demais. Sentir e escrever ali, na hora, sem tempo pra pensar demais, pra mudar as palavras. A descrição do que cada show espalhou por todo o público. De cada intervenção artística, cada gesto ou atitude curiosa, cada expressão cultural.
Vamos dar um grito mais alto que o do ano passado. Porque nosso grito vai soar na hora, no instante em que der vontade de gritar. Sentiu, gritou! É assim que faremos!
Foto: Diogo Zambello
Para ouvir e cantar junto
23h50 - Fleeting Circus
00h40 - Coiotes SA - Belo Horizonte / MG
01:40 The Cleaners - Mauá / SP
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02h30 - Supersônica - Bauru / SP
Bauru não é sanduíche, é "meu chuchu-melão" - o olhar de quem produz
Mas o Jack também teve problemas, a rede interna não estava conectando e quase não tivemos os cartões eletrônicos de consumo...
Enfim, abrimos.
É reflexo da turnê em quatro cidades mineiras, além do Grito Rock Ribeirão Preto. É consequência da intensidade da estrada, da reação do público, das dezenas de CDs vendidos, da responsabilidade e profissionalismo adquiridos a cada novo palco que você pisa. (O mais louco é que quando você cai na estrada, tem certeza que vai ser foda, mas não imagina quanto, e as coisas vão acontecendo, você deita na cama, esgotado e pensa, sente a vida pulsando firme: Caralho).
Olhei pro lado e não estava tão repleto como antes, em compensação tinha gente se divertindo pacas, tipo dançando de olho fechado. O poder da música.
Fim do show. Estava tranquilo, pois sabia que vinha mais pedrada pela frente. Não era o bis, era o o ápice, a "surpresinha", como anunciou o Brisa, vocal e guitar da Pé de Macaco. Em poucos minutos, sete músicos estavam no palco, uma jam que deu um puta up na balada. A troca de instrumentos, principalmente da percussão foi intensa. Só viagens instrumentais, groove pesado, elevei meu braço direito e bombei, pra baixo, pra cima. Olhava pro Lucas (Grilo), a gente não tava acreditando, sorriso de ponta a ponta, o corpo junto. O mic vazio porém, estava incomodando. Clamávamos por um letrista. E ai, fomos atrás dele, eu e o Lucas. "Vamo lá fazer uma rima, Magu?" A gente insistiu, mas a timidez venceu. Daí o Celso mostrou o Sérgio, colocamos nele e o cara representou lá em cima. Entrou no som, ou o som entrou nele.
Pouca gente sabe, mas o Sérgio esbanjou: cantou os índios da tribo Caingangues, que se instalaram na região de Bauru, uma tribo selvagem, de guerra mesmo. Quem podia imaginar? O Sérgio continuou no freestyle, rimou a terceira faixa da jam, a melhor, inclusive o som. A quarta foi a saidera. Passava das 4h20.
"Porra cara, quando a gente saiu do camarim era só névoa, a casa tava vazia", comentou o Marco. Esvaziou mesmo, bem rápido. Colamos na rodinha, no fumódromo do Jack, momento intimista total da produção com bandas, colaboradores e entusiastas. Só tinha gente que acompanha o processo de perto.
Passando de boca em boca, a gente era só sorriso, só relembrando a noite e trocando muita ideia. Acabamos concluindo duas coisas, pura filosofia das 5h da manhã: que a cena independente de Bauru (e a de várias cidades brasileiras) tem sim, uma nova cara. E, seja lá o que for isso, todos ali estavam de certa forma protagonizando um momento cultural da cidade.
A segunda conclusão é que o Bonadio está completamente por fora.
A cobertura da cobertura ou por que ser colaborativo?
Simpatia da galera da Abril |