Todo o público está reunido muito próximo ao palco. A área entre banda e platéia praticamente não existe, a galera vai se espremendo para ensaiar uns passinhos. A questão é se o Samanah vai se superar. A princípio parece ficar bem claro que não... o efeito das Seletivas não será atingido pela banda.
Mas mesmo super lotado, o Jack parece que perdeu muitos adoradores do Samanah para o MonkeyBerry. Os corpos embora reagissem à música, pareciam que só se deixavam levar pela batida, mais por devaneio do que pela vontade de dançar. Talvez eles tenham tido sorte com o ritmo, esse rock com pegada reggae, que leva as pessoas. Talvez o Samanah nem esteja fazendo uma apresentação inferior, talvez a banda apenas tenha criado uma expectativa grande demais pro Grito Rock.
E as sombras verdes dos integrantes se movimentavam lá atrás e se misturavam com o cheiro de gelo seco e das luzes coloridas desenfreadas. Casa cheia. São quase 4 e meia da manhã. O público poderia estar simplesmente cansado, mas o jogo meio que vira pra banda. Muitos aplausos começam a regar suas canções. E mais do que isso, os aplausos e assobios não esperam nem sequer as canções chegarem ao fim. Eles tomam conta das canções em suas metades, em seus começos. Quando eles tocaram uma do Bob Marley, ninguém se segurou.
É, no final, a Samanah já tinha dominado a platéia, a casa inteira estava aos seus pés. Os gritos e assobios se tornaram ainda mais ensurdecedores e fizeram a última música fechar a noite de sábado das bandas da melhor forma possível: a casa balançando, a moçada feliz e o quinteto convencida de que tinha conquistado seu objetivo.
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