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A universidade como um local acolhedor

1 de março de 2013
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Cacoffonia 2013 mostra a que veio e reúne estudantes de diferentes cursos e opiniões

Texto por Nathalia Rocha
Fotos por Julia Gottschalk

No interior da Unesp Bauru há um espaço que, por si só, costuma agradar mais que suas outras regiões. Seja por representar a folga entre uma aula e outra, por tratar-se de um espaço de convivência majoritariamente dos alunos ou simplesmente porque difere das demais partes do campus, o caso é que o local é um lugar por onde todos que adentram a universidade acabam passando. No dia 28 de fevereiro, no entanto, o espaço estava um pouco diferente. As mesmas árvores ali estavam, e também seus frequentadores típicos, mas por ali não havia simplesmente pessoas passando, o bosque havia sido ocupado. A razão da novidade: o festival Cacoffonia 2013.

O Cacoffonia é um evento anual que ocorre desde 2011 e é organizado pelo Centro Acadêmico de Comunicação Social “Florestan Fernandes”, o Cacoff, e é resultado de ações anteriores que já visavam à presença dos alunos da instituição. Contando com decoração alternativa e despojada - composta por vinis e artigos artesanais pendurados nas árvores -, oficinas, bandas e apresentação bateria da Unesp Bauru - a Naumteria -, o festival busca, também, a recepção dos calouros e procura incitar neles a vontade de permanecer na Unesp e de ver nessa um espaço agradável.


O Cacoff que, desde ano passado, conta com alguns novos rostos, trouxe novidades para esta edição. A estudante do quarto ano de Relações Públicas e uma das principais organizadoras do evento, Jéssica Costa, falou sobre a principal inovação. “A maior novidade foi termos trazido todas as entidades presentes e que representam os alunos a fazerem parte desse Cacoffonia. Todos os representantes dos projetos de extensão se apresentaram, depois a gente sentou para conversar sobre a representatividade que cada um busca e como a gente pode convergir essas coisas, em que pontos podemos caminhar juntos”, disse a representante do Centro Acadêmico. Jéssica comentou, ainda, as vantagens do diálogo com as demais instituições da universidade. “Cada entidade tem uma força maior e um foco dentro dos segmentos em que atua, mas todas querem, de algum modo, a melhoria da universidade, então é possível ver de que forma as ideias podem convergir”.

Banda Desnudos 
Aliando cultura à política e ao pensamento crítico, alguns dos focos do Cacoff, o projeto não só procura incitar o debate, através da mesa que é realizada em seu início – cujo tema, este ano, foi “Protagonismo Estudantil”, mas também busca atrair os estudantes para as discussões importantes relativas ao movimento estudantil e para o próprio centro acadêmico. A estudante do segundo ano de Jornalismo, que também participara da edição anterior do evento, Mariana de Sousa Caires, comentou a importância do diálogo entre política e cultura. “Acho que são dois eixos que não se separam. A cultura é uma coisa que todo mundo gosta, é fácil reunir indivíduos em torno ela, então quando pessoas já estão fazendo algum evento cultural, é possível inserir o eixo político, e então a discussão passa a fluir também nesse campo”.



Douglas Nóbrega, calouro do curso de Engenharia Mecânica, disse que gostou muito do evento e das bandas escolhidas, e ainda opinou sobre o local escolhido para esse. “Acho que não poderiam ter escolhido local melhor, não só pela vibe, mas também por já ser naturalmente um espaço de convivência dos estudantes”. O saldo imediato dessa edição foi um bosque lotado, com indivíduos de diferentes cursos reunidos não somente em torno do interesse comum – a participação no Cacoffonia 2013 -, mas também interagindo entre si, ocupando o espaço que é de todos eles.

Confira a cobertura fotográfica na nossa página do Facebook!
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CACOFFONIA II | Achados e ex perdidos no Bosque

5 de março de 2012
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Texto e Fotos por Aline Antunes

Primeira semana de aula. Primeira semana de vida, gente, cidade, e de faculdade nova, tudo novo!

Durante quase todos os dias da semana o calor de Bauru continuava igual, mas, na quinta feira o clima na Unesp não poderia ter sido mais agradável.

Essa natural curiosidade misturada ao medo com que nós calouros chegamos faz com que cada novidade torne-se um grande evento. E o II Cacoffonia nos recebeu no maior astral possível, mostrando a cara da FAAC, da Unesp, da nossa nova vida.



E na expectativa pelo início das oficinas e a chegada das bandas no festival, a galera já começava a se entrosar com uma playlist preparada com carinho.

O inicio de tudo se deu com a palestra “Universidade Pública”, sendo esse o primeiro contato de muitos ali presentes com a realidade do ensino superior público, e até mesmo com o movimento estudantil.

Um dos pontos que considero mais importante e que com certeza conseguiu abraçar os calouros presentes foi o levantamento do tema “DIÁLOGO”. Ressaltado por muito tempo, principalmente por Gabriel Maia, representante do Cacoff na Mesa. O tema leva consigo demais vias, como a necessidade crítica do comunicador social, o contexto da universidade pública, o tripé Extensão, Ensino e Pesquisa, a política na universidade, expansão do conhecimento, entre diversos outros.

As atividades, apresentações e intervenções iam acontecendo, e entre elas a II Mostra de Curtas. Os filmes apresentados foram desenvolvidos por alunos de Rádio e TV da própria Unesp. Foi um momento único, pois ao seu lado sentava-se o mesmo produtor ou ator que estava na tela, todos se deliciando com o que viam.

A melhor parte, que chamarei de Tarde Musical, foi acompanhada de lanches, sucos, refrigerantes e sorvetes, o que dava o charmoso ar de piquenique no Bosque, com música ao vivo!

A primeira banda a se apresentar invadiu o palco com seu psicodelismo e rock poético, era a Universo Elegante, com um repertório 100% autoral. Logo em seguida a tarde se encheu de swing com a banda Samanah, que mesclava suas músicas com as de Jorge Ben, Tim Maia e outros Brasucas. A noite caiu e a banda MegaZé encerrou o combo musical com seu repertório no melhor estilo indie, e muito bem escolhido, diga-se de passagem.

Em uma semana repleta de festas, trotes, pedágios e confusões, no Cacoffonia me senti realmente em casa e à vontade. Ser recebida num local agradável, com músicas que considero minhas, pessoas bonitas, pessoas legais, gente nova, gente estranha. Tudo isso me fez notar a diferença da vida em universidades distintas, e como a vivência na Unesp Bauru será boa, mesmo em meio a dificuldades.

Que nas próximas edições mais calouros presenciem e sintam esse astral presente no Cacoffonia, o festival pra quem chegou há pouco de fora, como eu. Aline A., 21 anos, bixete, unespiana.


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“Estamos aqui” - O início da mobilização

12 de março de 2011
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À primeira vista, a oficina de malabares ocorrida no Cacoffonia foi um fiasco. Havia mais bolas no chão do que no ar. Oito curiosos e o orientador da aula, o estudante de Relações Públicas e gestor do Enxame, Artur Faleiros, que domina as técnicas de artes performáticas, faziam uma pequena oficina de malabares acontecer.

Quem estava lá queria apenas passar o tempo, brincando um pouco com uma coisa que nunca tentou. Sem pensar, pelo menos por um momento, no significado do festival de unir os alunos em prol de questões caras ao futuro da universidade. Todos perseverando na causa de manter as bolinhas no alto e não esmorecer se não alcançarem o objetivo mor, jogar três bolas para cima e não deixá-las cair. 

É... o ócio coletivo também é mobilização estudantil. Foi fácil ver sorrisos, sejam de alívio por aprender a jogar ou de desencanar com as bolinhas (porque é muito ruim nisso) e apenas brincar. 

“Vim aqui porque eu sempre tentei e nunca consegui jogar. É facinho, é gostoso”, diz Marcelo Montanha, 3º ano de RP que só tinha brincado de malabares com limões e laranjas, sem sucesso. E a atividade fica mais gostosa quando uma tarde quente é amenizada pelas sombras das árvores do bosque da faculdade. Aliás, todo festival foi agraciado pela ótima vibração do bosque. Música boa, muita gente bonita (!), etc.

“O importante é que bombou, que a galera compareceu”, ouvi essa mesma frase de dois membros do Cacoff, o Paulo Monteiro (Pastor) e a Laís Bellini (Gringa). Mesmo em atividades, à primeira vista, inocentes e talvez improdutivas para a discussão dos problemas na universidade, os estudantes se reuniram no campus para aproveitar a sua própria companhia, uniram a classe estudantil onde é o seu lugar. O bosque ficou tomado.

Os malabares, o surfin’n chains (brincadeira do Uga), as bandas, os picolés, espetinhos... tudo  isso contribuiu para a tal transitoriedade dos estudantes pelo campus. O começo é chegar ali e aproveitar, depois alguém pergunta: “O que é esse Cacoff?”, “Por que estamos sem professor?”, “O que a gente pode reivindicar e pra quem?”.

No mínimo, garanto, o festival serviu para que algum diretor olhasse pela persiana de sua sala refrigerada e pensasse: “É... eles estão aqui”. 

Sim, estamos.

Texto: Renan Simão
Foto: Diogo Zambello
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Resumo Audiovisual: Cacoffonia

8 de março de 2011
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Cacoffonia em 110 segundos! Toca o play!



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Imagens: Diogo Azuma, Eduardo Porto, Leonardo Portes
Edição: Leonardo Portes
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Festival Cacoffonia

Mini doc sobre o Cacoffonia, festival de artes integradas e recepção de calouros que aconteceu no Bosque da Unesp Bauru no dia 24/02/2011.
produção e captação: Ana Carolina Sá, Bruno Ferrari, Diogo Azuma, Eduardo Porto, Leonardo Portes e Patricia Maita
edição: Diogo Azuma


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Cacoffonia!

1 de março de 2011
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Confiram as fotos do evento Cacoffonia: bandas The Almighty Devil Dogs, Locodillos, Os Rélpis, intervenções, curtas...




Fotos por Amandla Rocha
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O grito começou: Segunda parte

28 de fevereiro de 2011
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Era o segundo dia de Seletiva. Pra mim, que não estive no primeiro por motivos técnicos- meteorológicos, a estréia. Um público a vontade esperando que a primeira banda entrasse no palco e mostrasse o quão eclética podia ser a noite de Seletivas entre seus rocks, reggaes e blues.

Estação Primeira de Bluseira
Um som familiar começa a evadir- se do palco. “Punk Bresters?” Não, cara. É o Verídico mas essa é outra pegada. O Estação Primeira de Bluseira é muito mais do que o nome sugere, é mais que samba com blues é um...”Qual é o seu estilo de repertório, Verídico?” Ele complica “Na verdade, a gente toca o que a gente gosta.”
Entre solos de flauta (!) e gaita escorregadias Verídico, Ricardo, Danilo e Fabrício mostravam em suas referências um gosto vindo do popular que vem de BB King a Jorge Ben, de Chico Buarque a Eric Clapton, como se viajassem do Bronx pra Lapa num piscar de olhos. Depois da surpresa, sem espanto vem uma homenagem autoral a Raul Seixas. Nada mais justo.
Entre músicas nacionais e internacionais, um público exaltado, e contido entre gritos e sussurros e um backing vocal a La Ray Charles as referências não param de surgir do palco. Uma citação a Tim Maia, Doors tímido em um “Light my fire” na camiseta do vocal, óculos verdes a La Bono Vox, olho grego e Heineken na mão.
“A gente não arrasou com a galera, mas aqui eu vi que tem muita gente que conhece a banda.” Conta Verídico como se justificasse as poucas palmas a cada música que não pareciam mostrar menos entusiasmo de um público que já se esbaldou com seu som nas repúblicas mais fervorosas de Bauru seja como Estação Primeira ou como Punk, seja com seriedade de artista seja com devaneio rock star.
No intervalo momento de lotação no fumódromo e frustração no bar- poucas opções de cerveja em um cardápio repleto. Vi coisas estranhas. Mais estranhas do que um imã gigante no teto do Jack Pub em que tampinhas subiam compulsivamente auxiliadas pelo barman. O mais anormal foi ver na pista três pessoas engravatadas com monitores na cabeça. “WTF?”. Só falando com os responsáveis pra saber. Mas voltemos às bandas.

DOS
Uma sombra misteriosa projetada por trás do palco mostrava as silhuetas frenéticas dos músicos e causava dúvida sobre sua origem luminosa. Na verdade não era sombra, mas seus contornos em reboliço, com um leve delay davam um sentido a movimentação.
Esse foi o resultado da performance da banda DOS após um início dramático- em que os músicos ficavam de costas - e de gritos que vinham das profundezas de uma garganta já judiada.
Eram vocal, baixo, guitarra e bateria como era de se esperar e como quase sempre é, mas dessa vez o público foi mais delirante e como num “ola” balançaram juntos suas cabeças frenéticas .
Eles pareciam ter um público cativo, apesar do rock específico. O Trash Metal deve mesmo agradar os bauruenses. Finalizaram com um elogio a estrutura e ao som, provavelmente ótimo vindo da experiência de shows undergrounds falidos que músicos em começo de carreira se sujeitam a todo momento.
No camarim, Satã, Leandro, Vitor e Cowboy. As caras simpáticas e as roupas não em demasia pretas não davam a pretensão de que a paulera do palco vinha dali. “Nível das bandas tá excelente!” diz o guitarrista orgulhoso. “Sem preconceito!”, conta após uma tentativa de definição da sua música, “A gente não define nosso som. Grind Core, Trash Metal, Rock anos 90...” Explica o baixista Leandro.
Novamente, os monitores agora menos formais entram entre o público na hora da troca de bandas. Os computadores dramáticos agora com uma mulher entre os seus começam a interagir com o público enquanto um deles faz um pole dance frígido e abrangente no meio da pista.

Kaspar Horse
No mesmo intervalo e cansada de tantos monitores encontrei a Amanda. Sim, a Amanda fotografa do Enxame. Era ela a próxima a subir no palco pra cantar e tocar baixo, mas não mostrava preocupação. Perguntei qual era a diferença dessa banda pra Bonequinho, a outra banda de som pesado que eu já conhecia pelo namorado dela. “Ah, nessa aqui eu canto e ele toca batera.” Entendi.
No palco duas mulheres. Amanda e uma guitarrista com cara de menininha que não mostrava nenhuma doçura na hora de incendiar a guitarra, como numa meiguice subversiva. A língua ininteligível do Guitar Rock mostrado por elas (e eles), tinha aquele estereótipo trejeitado de bandas de rock. Cabelo na cara, roupas pretas, mãos frenéticas, mas o público parecia um pouco mais parado.
No fim da apresentação a notícia “Vocês ainda tem 5 minutos”. Uma saidera improvisada com sensação de repetência foi o resultado. Amanda fez o que queria, não mostrou preocupação com ganhar ou perder aquela noite “Vejo como uma oportunidade de tocar, na real. Mais espaço.”
No intervalo o dj colocava de Smahing Punpkins a The Monkees. Tudo dependia da banda que saia do palco e da vibe que ficava na galera.
E mais uma vez ali estavam os monitores aguçando minha dúvida sobre qual a sua pretensão com aquilo. Agora mais voluptuosos e mais unidos portando algo parecido com uma placa de CPU. Dois monitores brigam por ela numa cena grotesca de novela mexicana.
Tinha chegado a hora de saber qual era a deles. Falei com dois dos atores da apresentação e fui clara “O que vocês queriam com isso?” As respostas foram rápidas e subjetivas. Renato e Laís me explicaram que a Embaixada de Marte (não gostam de se identificar como grupo ou companhia) fizeram esse performance exclusivamente pra seletiva, mas não era a primeira vez deles em eventos dessa área. Na quinta- feira estiveram no Cacoffonia (festival promovido pelo Centro Acadêmico de comunicação da Unesp) com uma proposta parecida. Eles são ex-integrantes do grupo Solar e obedeceram a proposta de integração das artes tão difundidas nesses eventos.
“É uma cena extra-cotidiana, a gente queria a quebra da normalidade. Causar a reflexão. Mostrar dessa forma o pensamento quadrado, o senso comum das aparências contra o grito. O que as pessoas fazem para se enquadrar.” Espero que dessa vez todos tenham entendido.

Samanah
Quando a última banda subiu no palco a música não começou logo. “Galera, problemas técnicos! Alguém pode emprestar uma guitarra?” Demorou, mas a guitarra chegou e o público que implorava foi ao delírio como nunca nesta noite. “Fudeu os cara, só os parceiro vão volta.” Sugeriu um expectador inexperiente. Ledo engano. Quem tinha se dispersado voltou logo que a música começou.
Era reggae mesmo. No grito Rock, era reggae. E era legal. Parecia show exclusivo, o público exaltado se concentrou na frente da banda e até aumentou o calor do lugar, que por algum motivo começou a abrigar beijos simétricos na pista.
Os instrumentos eram basicamente os mesmos, mas agora com uma percussão conduzida com um chapéu peruano. O som limpo e simpático vem logo. Após a introdução instrumental: “Boa Noite, nós somos a banda Samanah.”
O vocal agradecia a todo o momento a empolgação e merecia o agradecimento. No fim um Samba Rock fechava a noite, que só terminou pelas regras da disputa não menos questionadas pelo público insaciável pedindo bis que exclusivamente acometeram o Samanah, seguidos de vaia à reprovação do pedido. As pessoas só saíram da pista quando a cortina baixou e ainda assim, consternados.
Já aliviados e inflados com o sucesso da apresentação os caras estavam em êxtase no camarim, a galera do Enxame já estava lá e eu não pude deixar de perguntar como numa seletiva pro Grito Rock uma banda de reggae foi tão aclamada. “É uma mistura, o reggae é a nossa escola, mas tem de tudo e deu nisso.” A banda fala simultaneamente esclarecendo um pouco.

Como era de se esperar o público não mente na empolgação. No fim da noite o anúncio dos dois vencedores da seletiva. Muitas pessoas já tinham ido embora como se já soubessem o resultado, outras esperavam na fila gigantesca do caixa.
Tive que sair antes do anúncio, mas da porta eu ouvi duas pessoas conversando. “Deu DOS e Samanah.” Surpresa? Um pouco. Mas o público não mentiu, vibraram e fizeram a causa da agitação ir mais longe. E vamos ao Grito Rock!
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Ritmo dos sabores


                          Música de qualidade, oficinas interessantes e barriga cheia

Quem passou pela região do bosque da Unesp/bauru na última quinta-feira (24/02), além de conferir o ritmo envolvente das atrações musicais e culturais do festival CACOFFONIA, também teve a oportunidade de curtir o som de uma banda muito delicioso. Bastava um minuto de silêncio para os ouvidos mais aguçados e famintos escutarem o barulho de pastel caindo na gordura quente, o de espetinho de carne sendo colocado na chapa e o da faca cortando um apetitoso pedaço de torta vegetariana. E os cheiros? Nossa, a fome aparece só de lembrar...

Os cheiros dos petiscos das barraquinhas organizadas pelos Diretórios Acadêmicos da Universidade e por colaboradores do evento se misturavam em meio às notas musicais e chamavam a atenção daqueles que ainda não tinham almoçado ou que simplesmente buscavam um lanchinho rápido e barato.

Para quem não sabia, a compra de um pastel ajudava a promover o ENEA, o Encontro Nacional dos Estudantes de Arquitetura, que este ano vai ser em Bauru. A aluna Izabela, do 4º ano de Arquitetura, comemora sucesso de vendas, principalmente entre os calouros. “Foi uma ideia muito bacana utilizar o espaço do bosque dessa forma. Além de interagir com o pessoal, nós podemos arrecadar uma quantia, mesmo que simbólica, para os nossos projetos.” Já pessoal do DAFAE, Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia, caprichou no preço dos espetinhos de carne e de Kafta, e aproveitaram para reivindicar a inflação da cantina.

Nossa que calor!!! Para refrescar nada melhor que um sorvete ou um copo bem cheio de refrigerante ou de refresco. A galera do DACEL, Diretório Acadêmico da Faculdade de Ciências, resolveu relembrar a infância e reviver um episódio clássico da televisão mundial. Fantasiados da turma do Chaves, os estudantes vendiam refrescos e adivinhem os sabores? “Limão, groselha e tamarindo”.

Lais Sandi, estudante de psicologia e membro do Diretório, revelou que a escolha pela barriquinha de refresco foi uma alternativa rentável encontrada para conseguir fundos para o Movimento Estudantil. “O refresco é mais uma desculpa para integrar o pessoal novo que está chegando e também para ajudar nos próximos eventos com aquilo que for arrecado.”
           
Para quem conseguiu resistir à mistura de sabores, teve a opção de comprar camisetas com a turma de Design, ou artigos do Enxame Coletivo, entidade parceira do evento. “Aqui a galera pode conferir o trabalho de músicos independentes, e se gostar leva a um preço de custo. O lucro é o de menos, tudo aqui é simbólico para garantir a união da galera. Se não levar um CD ou adesivo, acaba comprando um pedaço de bolo ou de torta vegetariana”, antecipa Lucas Maia, integrante do núcleo de produção do Enxame.

Se você ficou com água na boca e não pôde participar do I Festival CACOFFONIA, aguarde: o sucesso de público e na integração com a galera, principal objetivo do evento, já levam a organização a pensar em uma segunda dose. Vá juntando suas moedinhas para comprar deliciosas iguarias ou converse com a sua galera e faça a sua barraquinha. E que venha a próxima edição!

Giovani Vieira
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Embaixada de Marte no Cacoffonia

27 de fevereiro de 2011
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ação de divulgação da #SeletivaGR realizada pelo grupo Embaixada de Marte durante o Cacoffonia:


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#CACOFFONIA

26 de fevereiro de 2011
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Texto por Laís Semis

Fotos por Diogo Zambello

“Adorei. Super legal a iniciativa do CACOFF (Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes). Tem que acontecer mais vezes, esse tipo de evento aproxima os alunos faculdade e foi super cultural, foi demais, de verdade. A galera tá de parabéns, façam mais vezes! Não foi um evento exclusivo da FAAC (Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação), tinham alunos da FEB (Faculdade de Engenharia de Bauru) e da FC (Faculdade de Ciências) também... é o tipo de coisa que aproxima os cursos”, disse Camilla Scherer, do 2º ano de Jornalismo.

Mas não foi só ela que disse algo assim sobre o CACOFFONIA. Foram só elogios de todas as partes. Sob vinis pendurados por barbantes laranjas em árvores e colados em postes de luz, entre um carrinho de sorvete e outras barraquinhas de comidas, refrescos e CDs, uma galera com câmeras e pés dançantes pra lá e pra cá, rolava o CACOFFONIA em som alto no meio do Bosque, numa quinta-feira de céu meio cerrado em cinza, sob ameaça (que ninguém ligava) de chuva.


E a impressão de quem acaba de chegar a Unesp Bauru, foi mais ou menos como a de Ricardo Oliveira, bixo de Jornalismo. “Achei muito legal a articulação do CACOFF com os alunos, é uma forma de conhecer outras pessoas de um jeito mais natural, com música, comida... você se sente a vontade. É um clima bem legal de se entrar na faculdade”.

Mas essa articulação da faculdade é nova não só pra quem está entrando, tem muita coisa que os veteranos ainda não viram na Unesp Bauru. “Essa é uma oportunidade para os Centros Acadêmicos e outros projetos se apresentarem, não só se apresentarem para os bixos. É a oportunidade de nós sabermos e conhecermos o que é feito dentro da nossa faculdade”, conta Airton de Barros “Poró”, aluno do 3º ano de Arquitetura.

Além das bandas que fizeram a cabeça de quem estava lá com seus diferentes rocks, pés descalços e mentes avoadas, outras batidas puderam mexer com os gostos de cada um, apresentação da Bateria, oficina de Malabares, tatuagem, surfing chains, mostra de curtas... Talvez tenha sido a primeira experiência de muitos dos alunos da UNESP Bauru com o espaço físico exalando cultura. E a reação da galera foi extremamente positiva.

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Experiências cacoffônicas no bosque

25 de fevereiro de 2011
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Estamos num lugar que conhecemos bem, muito bem. É o bosque "Forte Apache", na UNESP Bauru. Entre as árvores que sobraram após a última poda, vemos os bichos homens se aproximando e interagindo na paisagem. O clima é festivo. É o Cacoffonia.


Um pouco do verde sumiu sim. Ele anda meio diferente, mas ainda continua sendo palco de acontecimentos fodásticos, históricos... O Bosque Forte Apache. Um lugar para sentir a natureza. E que natureza linda. Foi uma das primeiras vezes que a universidade prestou apoio a um festival dessa natureza, chegando até a liberar uma 'verbinha' para a produção. A estrutura e os equipamentos eram de primeira mesmo.

The Almighty Devildogs foi a banda que iniciou os trabalhos no palco central do bosque. Surf music do inferno. Chegaram tocando o terror mesmo. Acelerando a galera, instigando os estudantes a ocuparem o espaço da universidade. Um espaço que deve ser livre e bem aproveitado com mais eventos culturais e conscientes. A banda apresentou composições antigas e também músicas mais recentes, da nova formação, que serão lançadas numa compilação em breve.

Apesar da pancadaria do som, sentia-se um clima de paz. Ocupação pacífica do campus. Essa é a idéia. E todo mundo parece ter sacado.
E foi sobre isso que eu conversei com o "Nardi", guitarrista da Devildogs, após o show. Falávamos sobre como o evento foi bem organizado, bem planejado. Foi uma ação em conjunto do Enxame e do Cacoff, mas obviamente, contou com o apoio de bastante gente, incluindo os integrantes dos outros centros acadêmicos, que coordenaram as 'laricas', por exemplo. Pra comer, tinha churrasquinho e pastel rolando. Tinha também um bolo de banana e refrigerante para beber. Tinha até um sorvetinho rolando, bem recomendado se a sua boca estiver seca.

E tava um calor danado... Um sorvetinho caia bem mesmo...
Entramos nas dependências da diretoria. Lá dentro tava fresquinho, tem ar condicionado. Fomos muito bem recebidos. Parece que todo mundo curtiu o festival. Uma das secretárias, muito simpática, disse até "eu gostei quando eles tocaram aquela música do The Monkees".

A diretoria realmente estava em sintonia com a gente. Percebemos isso de forma clara quando fomos filmar o depoimento do vice diretor do GAC (essas e outras entrevistas você confere na 'cobertura audiovisual do e-colab' hahaha).

O tatuador "Desenho" fez uma demonstração da sua técnica na perna do voluntário, "Fulvião".Foi surreal ver o ‘Fullvio’ sendo tatuado em meio a vegetação e as batucadas que se ouvia na discotecagem árida do DJ ‘Lelão’. Uma brisa boa.


Putz...Teve muita coisa... Várias oficinas, com destaque para a "Oficina de Malabares", ministrada pelo Arthur. Havia muita gente. Pessoas de vários cursos. Pessoas bonitas. Garotas bonitas (concluímos isso após a passagem de algumas minas, comentei isso com meu amigo 'Jão'). Estávamos lá, ocupando a universidade de forma consciente.
Atendendo aos pedidos, o pessoal deu até uma maneirada na bebida e tal, respeitaram as faixas de instrução espalhadas nos troncos das árvores.

A malucada respeitou as leis da Babilônia, 'seguraram as pontas' e só fizeram fumaça em outros ambientes.
Muito louco. A segunda banda foi ao palco. ‘Locodilos’, que veio de Londrina-PR trazer seu som pra Bauru. Aqueceram com uns covers... Ouvi um Black Sabbath. Foi doido. Logo mandaram um som próprio. Da hora, bem trabalhado. Direto e reto.

Troquei uma idéia com os caras depois da apresentação. Eles disseram que curtiram o show e a iniciativa do festival dentro da faculdade. Conversamos sobre o movimento estudantil em Londrina. Segundo eles, também há uma carência de eventos desse tipo na UEL, onde eles estudaram. Tavam curtindo mesmo, nunca tinham viajado para tão longe pra tocar, foi o que eles me contaram.

O intervalo entre as bandas foi ideal para procurarmos bosques alternativos.
"Não vá se perder por aí".
Já estávamos longe... Estávamos nas entrelinhas... É melhor voltar...

Com a mente aberta a apresentação dos Rélpis fez muito mais sentido. Psicodelia. Comprei o disco deles. Só isso que eu posso dizer sobre o som. E eles capricharam na doideira, em... Viajaram em ritmos alucinantes, sempre seguindo a velha escola psicodélica mutante de compreender a realidade.

Fizeram bonito. E pensar que aqui mesmo no bosque, vínhamos nos descontrair e deixávamos um sonzinho rolando, de fundo tal... Um reggae se pá. Um mutantes, talvez... Realmente esse é um lugar que eu gosto de estar. Você sente uma energia boa e parece estar sempre entre amigos... Estou entre amigos e tá rolando o som dos Rélpis agora, os malucos lá de Araraquara, fazendo a parceria 'Enxame - Colméia'. Que loucura...

Um berrante no palco incitava o delírio coletivo da platéia em meio aos homens-monitores. Tecnologia de ponta. Embaixada de Marte aterrizou.

A noite caia delirante. A cena era boa de ver e nunca mais sairá da minha mente...
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por João Paloso



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Enxame invadindo a UNESP (e outros espaços)

23 de fevereiro de 2011
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Os habitantes do bosque “Forte Apache” receberão amanhã a visita de pessoas muito ilustres. Artistas, bixos, veteranos... Todos serão bem vindos. É o festival “Cacoffonia” que acontece na UNESP, a partir das 13h.
E, sim, a equipe do e-colab vai estar lá. Vamos cobrir o Cacoffonia de forma colaborativa. E queremos a sua ajuda também! Link
Se tiver interessado, é só colar lá no LEE (Lab. de Editoração Eletrônica)... Ali, no CHU, pertinho do bosque, ta ligado? Vai rolar uma apresentação geral das ações do e-colab, à partir das 13h.
Será um evento de integração, proporcionado pelo Enxame e pelo Cacoff.
“Integração” é a palavra para descrever o festival. Shows, oficinas e mostras audiovisuais são algumas das atrações.
Vai ser bem doido mesmo...
No final de semana rola ainda a “Seletiva do Grito Rock Bauru”. Vai ser sexta e sábado no Jack. Bandas bem legais vão se apresentar... Mas só quatro serão selecionadas e tocarão no "Grito Rock Bauru"
E você poderá escolher... Todos receberão cédulas de votação na entrada da festa. O resultado será anunciado no final do evento.
Novamente, a equipe e-colab vai marcar presença. Vamos fazer coberturas fotográficas, textuais e audiovisuais. Sempre daquele jeito... Daquele jeito lá, ta ligado... Se liga, em...
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