A universidade como um local acolhedor

1 de março de 2013
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Cacoffonia 2013 mostra a que veio e reúne estudantes de diferentes cursos e opiniões

Texto por Nathalia Rocha
Fotos por Julia Gottschalk

No interior da Unesp Bauru há um espaço que, por si só, costuma agradar mais que suas outras regiões. Seja por representar a folga entre uma aula e outra, por tratar-se de um espaço de convivência majoritariamente dos alunos ou simplesmente porque difere das demais partes do campus, o caso é que o local é um lugar por onde todos que adentram a universidade acabam passando. No dia 28 de fevereiro, no entanto, o espaço estava um pouco diferente. As mesmas árvores ali estavam, e também seus frequentadores típicos, mas por ali não havia simplesmente pessoas passando, o bosque havia sido ocupado. A razão da novidade: o festival Cacoffonia 2013.

O Cacoffonia é um evento anual que ocorre desde 2011 e é organizado pelo Centro Acadêmico de Comunicação Social “Florestan Fernandes”, o Cacoff, e é resultado de ações anteriores que já visavam à presença dos alunos da instituição. Contando com decoração alternativa e despojada - composta por vinis e artigos artesanais pendurados nas árvores -, oficinas, bandas e apresentação bateria da Unesp Bauru - a Naumteria -, o festival busca, também, a recepção dos calouros e procura incitar neles a vontade de permanecer na Unesp e de ver nessa um espaço agradável.


O Cacoff que, desde ano passado, conta com alguns novos rostos, trouxe novidades para esta edição. A estudante do quarto ano de Relações Públicas e uma das principais organizadoras do evento, Jéssica Costa, falou sobre a principal inovação. “A maior novidade foi termos trazido todas as entidades presentes e que representam os alunos a fazerem parte desse Cacoffonia. Todos os representantes dos projetos de extensão se apresentaram, depois a gente sentou para conversar sobre a representatividade que cada um busca e como a gente pode convergir essas coisas, em que pontos podemos caminhar juntos”, disse a representante do Centro Acadêmico. Jéssica comentou, ainda, as vantagens do diálogo com as demais instituições da universidade. “Cada entidade tem uma força maior e um foco dentro dos segmentos em que atua, mas todas querem, de algum modo, a melhoria da universidade, então é possível ver de que forma as ideias podem convergir”.

Banda Desnudos 
Aliando cultura à política e ao pensamento crítico, alguns dos focos do Cacoff, o projeto não só procura incitar o debate, através da mesa que é realizada em seu início – cujo tema, este ano, foi “Protagonismo Estudantil”, mas também busca atrair os estudantes para as discussões importantes relativas ao movimento estudantil e para o próprio centro acadêmico. A estudante do segundo ano de Jornalismo, que também participara da edição anterior do evento, Mariana de Sousa Caires, comentou a importância do diálogo entre política e cultura. “Acho que são dois eixos que não se separam. A cultura é uma coisa que todo mundo gosta, é fácil reunir indivíduos em torno ela, então quando pessoas já estão fazendo algum evento cultural, é possível inserir o eixo político, e então a discussão passa a fluir também nesse campo”.



Douglas Nóbrega, calouro do curso de Engenharia Mecânica, disse que gostou muito do evento e das bandas escolhidas, e ainda opinou sobre o local escolhido para esse. “Acho que não poderiam ter escolhido local melhor, não só pela vibe, mas também por já ser naturalmente um espaço de convivência dos estudantes”. O saldo imediato dessa edição foi um bosque lotado, com indivíduos de diferentes cursos reunidos não somente em torno do interesse comum – a participação no Cacoffonia 2013 -, mas também interagindo entre si, ocupando o espaço que é de todos eles.

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