Som pesado da D.I.E abre o 5° Grito Rock Bauru
Texto por Higor Boncelo
Fotos por Luis Germano
De alguns meses pra
cá nota-se algo iminente em Bauru: o rock não pára. Nem na cidade, nem no Exílio ArtPub, que
ontem abriu o 5°
Grito Rock Bauru dando lugar para a primeira noite de shows, trazendo para
o público apresentações das bandas D.I.E, Autoboneco e D.O.S.
Cada vez mais
conhecida do público do rock underground bauruense, a casa recebeu em seus
palcos para o primeiro show os quatro integrantes mascarados da botucatuense
D.I.E, que logo garantiu o primeiro bate-cabeça da noite, mandando seu som para
servir de gasolina às rodinhas indispensáveis em todo show de rock pesado,
estilo da banda.
Formada em 2010 por quatro universitários, a banda transmite
em suas canções um desejo comum de todos os integrantes: refletir sobre tudo
que acontece de errado na sociedade, suas mazelas e hipocrisia. Carlos Lopes, o
vocalista da banda que nos palcos assume o pseudônimo Charles Guerreiro, conta
que as ideias para a composição das músicas do grupo costumam surgir da vontade
dos integrantes de refletir sobre algum assunto, que vai desde política a
questões com cunho social, cultural e religioso.
“Nos reunimos para ensaiar e ali mesmo compomos, compartilhamos as melodias,
fazemos a música”, explica.
Sobre o nome do
grupo, Charles Guerreiro conta que surgiu da letra de uma canção com o mesmo
nome, abreviatura de uma expressão em inglês que, assim como a banda, acredita
que “as ideias não morrem e nem possuem forma ou rosto, por isso deve levá-las
sempre adiante”. E foi seguindo seus ideais que, em pouco tempo, a banda que
conta também com os mascarados Hell Hound (guitarras), Roger Vorhees (baixo) e
Mortiz Carrasco (bateria), em pouco tempo de estrada já subiu aos palcos com
consagradas como Korzus e Ratos de Porão.
Perguntado sobre qual fora a melhor experiência para a banda
em seu tempo de existência, lembra saudoso de um festival que participaram em
Rio Claro. “Muita galera foda, sonzera das outras bandas, a gente mandando um
som perto de uns vagões de trem, andando no meio deles – foi animal”, conta
empolgado. “Ah, e vou te falar – muita mulher gostosa do metal, nunca vi tanta”,
completa. Já sobre o Grito Rock
Bauruense, que sua banda há pouco havia aberto, Charles foi categórico – “é
extremamente importante pois raramente as bandas bauruenses de som próprio
contam com uma estrutura tão grande e tão bacana, sem falar que esse evento
mobiliza um público enorme”.
Tá aí: bandas mostrando energia, público também, organização
e envolvidos à todo vapor. Ontem foi uma das três chances que o festival está
dando para Bauru curtir um bom som. E eu não perderia as outras duas.
O CurtaBauru e o e-Colab são parceiros do Grito Rock Bauru 2013 e estão fazendo a cobertura jornalística integrada do evento.
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