A cabeça que bate e o Grito que começa

3 de março de 2013
0





Som pesado da D.I.E abre o 5° Grito Rock Bauru

Texto por Higor Boncelo
Fotos por  Luis Germano

De alguns meses pra cá nota-se algo iminente em Bauru: o rock não pára. Nem na cidade, nem no Exílio ArtPub, que ontem abriu o 5° Grito Rock Bauru dando lugar para a primeira noite de shows, trazendo para o público apresentações das bandas D.I.E, Autoboneco e D.O.S.

Cada vez mais conhecida do público do rock underground bauruense, a casa recebeu em seus palcos para o primeiro show os quatro integrantes mascarados da botucatuense D.I.E, que logo garantiu o primeiro bate-cabeça da noite, mandando seu som para servir de gasolina às rodinhas indispensáveis em todo show de rock pesado, estilo da banda.


Formada em 2010 por quatro universitários, a banda transmite em suas canções um desejo comum de todos os integrantes: refletir sobre tudo que acontece de errado na sociedade, suas mazelas e hipocrisia. Carlos Lopes, o vocalista da banda que nos palcos assume o pseudônimo Charles Guerreiro, conta que as ideias para a composição das músicas do grupo costumam surgir da vontade dos integrantes de refletir sobre algum assunto, que vai desde política a questões com cunho social, cultural e religioso.
“Nos reunimos para ensaiar e ali mesmo compomos, compartilhamos as melodias, fazemos a música”, explica.

Sobre o nome do grupo, Charles Guerreiro conta que surgiu da letra de uma canção com o mesmo nome, abreviatura de uma expressão em inglês que, assim como a banda, acredita que “as ideias não morrem e nem possuem forma ou rosto, por isso deve levá-las sempre adiante”. E foi seguindo seus ideais que, em pouco tempo, a banda que conta também com os mascarados Hell Hound (guitarras), Roger Vorhees (baixo) e Mortiz Carrasco (bateria), em pouco tempo de estrada já subiu aos palcos com consagradas como Korzus e Ratos de Porão.


Perguntado sobre qual fora a melhor experiência para a banda em seu tempo de existência, lembra saudoso de um festival que participaram em Rio Claro. “Muita galera foda, sonzera das outras bandas, a gente mandando um som perto de uns vagões de trem, andando no meio deles – foi animal”, conta empolgado. “Ah, e vou te falar – muita mulher gostosa do metal, nunca vi tanta”, completa.  Já sobre o Grito Rock Bauruense, que sua banda há pouco havia aberto, Charles foi categórico – “é extremamente importante pois raramente as bandas bauruenses de som próprio contam com uma estrutura tão grande e tão bacana, sem falar que esse evento mobiliza um público enorme”.

Tá aí: bandas mostrando energia, público também, organização e envolvidos à todo vapor. Ontem foi uma das três chances que o festival está dando para Bauru curtir um bom som. E eu não perderia as outras duas.


O CurtaBauru e o e-Colab são parceiros do Grito Rock Bauru 2013 e estão fazendo a cobertura jornalística integrada do evento. 

<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
<!--[endif]-->

Nenhum comentário:

Postar um comentário