A cidade grita

6 de março de 2013
0
Seletivas Grito Rock em Bauru traz fragmento do cenário independente local

Entrevistas por Keytyane Medeiros
e Pâmela Pinheiro Antunes
Texto por Laís Semis
Foto por Jessica Mobílio

O Festival Grito Rock surgiu como uma alternativa às tradicionais festividades do Carnaval e hoje, comemorando sua 11ª edição, o Festival conquista 300 cidades ao redor do mundo, conectando 30 países.

Devido ao seu caráter de construção colaborativa em rede, número de cidades que recebem o Grito e de concentrar todas as produções num curto período de cerca de um mês, o Festival Grito Rock possibilita e estimula a circulação de artistas em rotas e redução de custos, ligando diferentes regiões brasileiras. A estimativa de oportunidades de shows criadas é de aproximadamente 3 mil por todo o país.



Nesse contexto, Bauru, no interior paulista, que chegou à sua quinta realização do evento nesse ano, costuma produzir também uma etapa pré-festival, intitulada Seletivas Grito Rock, em que são escolhidas pelo público, sob votação, as bandas que se apresentam no Grito Rock. Enquanto uma etapa que trabalha artistas locais, as Seletivas, vem se afirmando como uma plataforma para bandas novas apresentarem seus repertórios autorais que variam do trash metal ao rock gospel.

“Acho que a cena está tomando uma forma mais coesa agora por ter coisas acontecendo ao mesmo tempo com propostas diferentes, linhas diferentes e isso caracteriza um cenário”, diz Aran Carriel, da banda Autoboneco, que há 20 anos marca presença no underground da cidade.

O evento é fortalecido pelos públicos que se encontram diante de um leque novo. “É uma oportunidade pra se mostrar o som pra gente que normalmente não frequenta o tipo de lugar que a gente toca, de show que a gente toca”, observa o vocalista da D.I.E., Charles Guerreiro.

Mas pra quem está há 20 anos na caminhada, sabe que a construção vai além. “Eu espero que isso fomente mais a vontade de todo mundo fazer, mas tendo o entendimento de que não se depende de um Grito Rock, de um evento isolado em si: isso é mais uma coisa pra fomentar a produção autoral e que outros grupos que acharem defeitos e qualidades também se inspirem. É uma fomentação geral do cenário alternativo da cidade”, diz Aran.

Confira mais sobre o cenário independente de Bauru!

Nenhum comentário:

Postar um comentário