Bárbaro!

29 de abril de 2011
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Trupe Chá de Boldo traz o fino da novidade paulistana para o interior

Como de costume o SESC surpreendeu positivamente nas suas atrações. Dessa vez um grupo performático inovador de jovens amigos vindos de São Paulo trouxeram um repertório novo e cheio de influências, ou melhor, cheio de músicas que demonstravam o quanto eles tinham sido “afetados” por outros sons: de Doces Bárbaros à Sidney Magal. Dá para perder um tempo desmembrando as diversas influências do trabalho do grupo.
A Trupe Chá de Boldo tem daquelas composições pouco convencionais, mas que ultimamente tem aparecido com freqüência. Muitos músicos dividindo o mesmo palco e transformando a música num verdadeiro teatro, compartilhando algo que prezamos tanto: a integração das artes.
Os 12 integrantes se dividiam em vocal e os mais diversos instrumentos de percussão. De saxofone a gaita, de cavaquinho a guitarra, além de 3 belas meninas cantantes em seus corpos esguios e maquiados e suas roupas pin ups modernetes.
Essas 3 vozes monotônicas chamavam atenção pelas suas referências de backing vocals do Jazz americano em suas dancinhas e em vozes de bossa nova num “erre” paulista só visto em Carmem Miranda. Moças que repentinamente viram protagonistas do show, assumindo o centro do palco com uma malícia suave e muita doçura interpretativa.
Nem mesmo a platéia que apareceu em número considerável para um dia frio e chuvoso se conteve por muito tempo. Apesar dos confortáveis sofás que a área de convivência do SESC oferece teve quem levantasse já na segunda ou terceira música, ainda tentando entender como o excesso de informação num mesmo palco funcionava de forma tão harmônica.
As roupas que melhor defino como figurinos carregavam o palco de cor, de onde se anunciava que duas das músicas inéditas seriam apresentadas. As canções que pertencem ao novo álbum com lançamento previsto para este ano parecem demonstrar a regularidade musical com que a banda segue depois de “Bárbaro”, disco que dominou quase todo o repertório do show.
Foi nesse clima pouco efusivo e dosado no ponto entre a desinibição das vozes e introspecção dançante dos instrumentistas que se passou a apresentação da Trupe. Não menos saudosistas que uma marchinha, não mais vanguardista que um movimento cultural. No ponto.




Por Laura Luz e Beatriz Almeida
Fotos: Vitor Garcia
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VídeoCobertura Noite Fora do Eixo #10 - Cabana Café e Proyecto Gomez

22 de abril de 2011
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Após um imprevisto, a Noite Fora do Eixo 10 - que comemorava um ano da ocupação da Sede do Enxame Coletivo e os 5 anos da rede Fora do Eixo - migrou justamente para a Sede do Enxame. No palco improvisado, as bandas Proyecto Gomez e Cabana Café. Veja como foi a Noite FDE atípica.





captação: Eduardo Porto, Flávia Battistuzzo, Marjory Kumabe e Vitor Garcia
edição: Diogo Azuma
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Noite Fora do Eixo #10: Nada como estar em casa

17 de abril de 2011
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Desde a primeira vez que a programação da Noite Fora do Eixo #10 chegou aos meus ouvidos toda a expectativa, ansiedade e empolgação apareceram em mim, afinal as bandas causavam frisson só pelas suas descrições.

A mensagem sempre era essa: “É dia 16 no Jack, galera. Vamo aí!”

Até que um dia o Renan chegou na faculdade e me contou sentido que o show havia sido cancelado e que o Gabriel procurava um novo palco pra noite. Foi um tempo de angústia. Quando na quinta-feira a atualização do evento no Facebook me deixou mais tranqüila. Local: Sede do Enxame Coletivo.

Cara, que legal. Taí um lugar que eu pagava pra ver uma festa rolar, afinal foi nesse espaço que eventos como Grito Rock, Festival Canja e Seda foram moldados e onde as brainstorms são frequentemente postos em prática.

Quando cheguei vi uma estrutura das mais aconchegantes possíveis, nada de grandes mudanças na composição da casa, mas com suporte para receber perfeitamente um projeto da dimensão e da história da NFDE.

O público era o cativo, confesso que ainda maior do que dos outros eventos do Enxame, talvez por aquela sensação de estar em casa que a sede causava. Foi uma noite extasiante. Músicos inesquecíveis e inigualáveis, que assim como os expectadores, demonstraram estar em casa e respiraram o ar colaborativo/coletivo que ela transmitia.

Por Laura Luz

Árido groove e a vaibe


Começou devagar. O portãozinho simpático da sede do enxame já estava aberto e a sala principal (do sofazinho) estava vazia. Mais à frente via-se os equipamentos da Cabana Café, banda que abriria a noite. O bar cheio de conhecidos: Artur, Isis e Cambota servindo a alegria da noite. Destaque para a caipirinha de limão-amarelo do Artur (hehe). Do quintal da casa, umas batidas suingadas já me fazia abrir um sorriso. O Árido Groove já começou.


Colado na parede da varanda, um aviso: “É gostoso vir para varanda, é fresquinho, né? Então, tá vendo os vasinhos de plantas, regue as plantinhas, elas gostam de ser regadas.” No parapeito, uma dezena de potinhos com temperos, flores e afins. Pensei: “Os detalhes fazem a diferença mesmo.”

A galera chegava e o som, unicamente brasileiro nessa edição da NFDE, ia fluindo. Espaços para groovezinho, rap, reaggae, samba. De cabeça, lembro de Emicida, Fino Coletivo, Curumin, Do Amor (três vezes), CéU (muitas vezes). Até um Roberto Carlos psicodélico saiu das pickups.

O show do Cabana Café fez suar a testa de todos que estavam alegremente enfurnados na pequena sala do Enxame. Via todo mundo se esbarrando e dando um sorriso. Como que dizendo, sinceramente: “Que legal que a gente tá aqui apertado.” Não seria tão bom se não fosse daquele jeito. Depois do show(zaço), os membros do Cabana foram curtir a brisa da madrugada na varanda e até brincaram de passar de baixo da cordinha. Só quem passou, sabe.

Mais pro fim, com todos naturalmente mais felizes, o Gabriel largou a bandeira nacional e partiu pro hype gringo. Pixies, Arctic Monkeys, Strokes novo, Franz dançante e até um improvável Beatles (Get Back).
Pela noite, as conversas fluíam, o som levava e o clima de paquera pairava. Era exatamente naquele dia o aniversário da ocupação da sede do Enxame Coletivo. Um ano. De alguma forma, essa noite traduzia o coletivo. A leveza das conversas, camaradagem e música boa, de gente que está exatamente aonde quer estar.

E quando vai ser a próxima festa?

Por Renan Simão

Vem tomar Café, vem morar na minha Cabana, vem tocar na minha banda



O Cabana Café é assim: desde o nome da banda já te deixa a vontade. Eles são receptivos, simpáticos e super animados.

Quem foi e ouviu, achou demais tudo: o fato deles serem 7 integrantes, morarem todos na mesma casa, a música, o show, o cover e o EP sendo vendido num filtro de café.

E nem se quer se importou de ficar espremido entre as paredes da sede do Enxame Coletivo para vê-los tocar. Nem eles e pelo que me pareceu, nem a banda. Havia só um fio luminoso vermelho nos dividindo. O Cabana Café já tocou em lugares em que esteve como aqui: tão próximo do seu público, sem palco, olhares na mesma altura. Mas, com tanta energia e tanta intensidade assim, eu duvido muito.

A resposta do público àquela bossa nova, meio MPB, meio rock foi imediata. Quem conseguiu chegar ao mesmo cômodo em que a banda estava tocando, (mesmo derretendo) não quis deixar o calor.

A relação dividida pelo fio luminoso foi tão intensa, tão sintônica, que se eu bem entendi o que estava acontecendo, teve gente da platéia que até mesmo ousou pegar um instrumento deles pra acompanhar o som. Pra fechar, uma introdução conhecida de todos e que casou muito bem com o estilo do Cabana, “Young Folks”.

Pro Cabana acabou sendo tão surreal quanto pra quem esteve na Noite Fora do Eixo #10.

O final foi que nem mal o Cabana Café tinha parado de tocar e tanto eles, quanto o público já queriam saber quando seria o próximo show da banda na cidade.

Por Laís Semis

Hermanos Aqui

Porto Alegre, Santa Maria, Esteio, Araraquara, São Carlos, São Paulo, Monte Alto, Uberaba, Rio de Janeiro. Bauru, 16 de abril de 2011, aniversário da sede do Enxame Coletivo. Noite Fora do Eixo em edição especial, com direito à língua de sogra e bexigas. A banda de um homem só Proyecto Gomez marca o início do intercâmbio Brasil-Argentina promovido pelo circuito Fora do Eixo. E o regalo foi por conta da casa.


A ideia é expandir cada vez mais a difusão do circuito Fora do Eixo. O último congresso realizado em Buenos Aires comprova isto. Direto da Argentina, o argention Rodrigo Gomez se destacava do jovem público regado à cervejas e cigarros que adentrava a pequena e por hora barulhenta, sede do coletivo Enxame. Uma ou duas vezes o encontrei aguardando sua apresentação, com suas unhas vermelho carmim, uma barba peculiar e seu macacão preto. Não era difícil apontar o argentino no pré-show.


A espremida e animadora apresentação da banda brasileira Cabana Café terminou sob gritinhos e palmas de quem queria mais. Quem gosta de boa música sempre quer mais. O intuito é este. Minutos depois algumas dezenas de corpos ainda estáticos aguardavam o início da apresentação do argentino. Quem leu o realease poderia prever um som mais eletrônico, artificial. Pura impressão. O que vimos foi rock de verdade, com direito à guitarra, bateria e baixo. Cada sequência instrumental era gravada em uma espécie de sintetizador que reproduzia repetidamente o que foi programada enquanto Gomez selava o som na bateria. O forte sotaque argentino me impediu em vários momentos de entender o que diziam as letras, mas ainda assim deu pra sentir a energia. É uma viagem. Ele levanta, pega a guitarra, grava som, voz, volta. Pega baqueta, manda ver. Até os vazios entre-músicas eram preenchidos por áudios gravados ali, na hora. Tudo certamente ensaiado. Mas ainda assim, com um ar de improviso, correndo o risco de não dar certo. Entre um instrumento e outro, o argentino tocou cerca de 10 músicas. Algo como um show em camadas sobrepostas. A monobanda surpreendeu. E partiu. Bienvenidos nuestros hermanos argentinos.

Por Beatriz Almeida
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O Cineclube Ouro Verde

15 de abril de 2011
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Inaugurado em novembro do ano passado, o Cine Ouro Verde vem reunindo crianças às terças-feiras para suas sessões, trazendo um pouco de cinema, um pouco de todo o fascínio que ele exerce, mais para perto das crianças do bairro Ouro Verde.

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Extremamente barulhento

4 de abril de 2011
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Olhando pra minha cachorra busco inspiração para fazer o texto sobre a noite de ontem.
Penso em todas as coisas que não podem ser ditas em palavras. Foi uma noite pesada.

Enquanto alguns assistem o Faustão, aqui estamos nós.
Mais uma vez, no Jack bar, com um copo de bebida na mão e algumas idéias na cabeça.
É um domingo bonito, como todos os outros.
Hoje é dia de mais uma 'Noite Fora do Eixo ao Extremo'.
Um espaço bem interessante para as bandas mais podres, como diria o 'Nardi', guitarrista da 'Almighty Devildogs'.
É a segunda edição do evento.

Antes do barulho começar, colei lá no camarim e troquei idéia com os caras da 'Plague Remains'.
Eles são de Bauru mesmo, curtiam a noite no Jack.

'É difícil achar lugar pra bandas pesadas, antes rolava lá no 'Pangea', no 'Under', ou no máximo no 'Área'... Hoje em dia tá mais complicado'.

Os caras fazem só músicas próprias ainda, concordo com eles que é foda achar espaço.
É o velho ditado...‘Pra cena acontecer, você deve fazer a cena’.
Essa foto aqui foi tirada do Myspace da banda.
Sobre o som disseram:

'Algumas músicas não têm solo sabe... Mas que se foda também'.
'Que solo o que?... Pra mim, solo é aqui no chão'.

O show foi pesadíssimo.
Víamos os cabeludos sacudindo a cabeça ao som de um death metal infernal.
Me lembrou os antigos festivais de moto que eu colava quando era mais novo.
Tava até sentindo o mesmo gosto de cachaça na boca.
Saudades brutal porra.

Os malucos do 'MUGO' chegaram e já foram para o camarim.
Lá, trocamos uma idéia bem esfumaçada.
Falávamos sobre 'covers'.

'Não curtimos fazer covers... A galera sempre pede no show, mas nós evitamos. Fazemos no máximo umas versões tal. Uma vez, fizemos de uma música dos Beatles, hahahaha'.

Lembro de ter encontrado os caras em turnê, lá em Bragança Paulista.
Segundo eles, o show dessa noite é o último da viagem.
Depois de vinte dias, voltarão para Goiania, terra natal do 'Mugo'.

- Aceita um gole da bebida?
- Não mesmo, tamo a vinte dias nessa loucura dessa viagem. Tô dando um tempo aqui que tá foda.

O show foi do caralho.
O som dos caras ao vivo é muito bom.
Eles já tocaram com nomes como Sepultura, Cólera, Devotos, Exploited, Confronto, Claustrofobia, Helmet, Korzus, Musica Diablo, Krisiun...
Haja garganta viu... Gritaria infernal mesmo...
Barulho fino que impulsionou os malucos a fazerem um puta de um bate-cabeça em frente ao palco.



O som foi um soco no ouvido de todo mundo ali.
Olho e vejo os malucos do enxame batendo cabeça sem dó...
A direita, vejo o Japa tirando umas fotos pá...
Aliás, essas fotos que eu usei no post são dele.
Doideira...
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Modestamente, 'The Almighty Devildogs' subiu ao palco, afinal de contas, seriam a banda mais leve da noite.
Alguns pequenos problemas com o sampler atrasaram um pouco o começo do show.
Quem é o idiota que tava no sampler?
Cabo C ta quente?
Como de costume, abriram o show com 'Plano 9'.
A galera pirou mesmo no som.

Víamos até baquetas voadoras estraçalhadas no ar.
Uma verdadeira loucura.

Após alguns dias de turnê, a banda exalava o sentimento 'lar doce lar'.
Foi tamanha alegria que eles estenderam a apresentação e acabaram tocando 'Batman', uma versão muito doida.
'Os caras tavam mais loucos do que o Batman... Isso sim.'
Tocaram até 'Miserlou'. Do caralho...


E foi com o uivo dos cachorros do inferno que a festa se encerrava lá no Jack Bar.
Dessa vez, nem ví o Raul Seixas, mas sabia que ele estava lá...
Mandando um abraço para todos os que leram esse texto até o final e um abraço para todos os outros também.

por João Paloso?
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Fotos Noite FDE ao Extremo #2

Fotos da MUGO e da The Almighty Devildogs na Noite Fora do Eixo ao Extremo 2:



Fotos por Diogo Azuma
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A Volta do #CineOuroVerde

3 de abril de 2011
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Texto e fotos por Laís Semis

Três meses após a partida do Expresso Polar, em dezembro do ano passado, o Cine Clube Ouro Verde retoma suas atividades semanalmente, às 20h das terças-feiras. Com suas atividades suspensas no período das férias por conta de ajustes na parte elétrica do local, que colocavam em risco os aparelhos do Cine Clube, neste mês de abril, ele estará exibindo filmes infantis nacionais.


Marcando o seu retorno está o garoto Nino, de 300 anos e senhor de um fio espetado no topo da cabeça, morador do Castelo, a voga da noite apresentando “Rá-Tim-Bum, O Filme”.

A equipe de audiovisual do Enxame montando a equipamento, arrumando fios, cabos, fazendo testes... mas tudo isso é off. A criançada não quer saber disso, de caixas de som sendo transpostas, telão sendo abaixado, fios passando de lá pra cá. Com uniformes de escola ou acabadas de sair do banho, elas entram correndo e, notando a presença de uma câmera, elas não se deixam intimidar. “1, 2, 3, FILMANDO!”, um deles grita na porta da sala vazia ao avistar a câmera. Alguns rostos se mostraram freqüentadores de outras sessões do Cine Ouro Verde e, aos poucos, as crianças vêm, espiando pela porta, conferindo se já está tudo pronto para eles poderem se acomodar nos lugares.

Eles olham a programação.


- Não vai ter filme de terror? – pergunta um deles.

É. Eu acho que não, viu.

Naturalmente animadas com a volta do Cine Ouro Verde, elas estavam curiosas para saber de tudo, o que ia passar, se ia ter toda terça-feira, se as luzes iam ser apagadas quando o filme começasse...

O Enxame está acertando o som. De repente, elas surgem em massa, falantes e sentadas nas cadeiras mais próximas ao telão. Um “bum-bum-bum, Castelo Rá-Tim-Bum...” coletivo acompanha a música do menu do DVD e os ajustes do som.

Minutos após o filme começar, o silêncio – com exceções de algumas risadas – era absoluto. As crianças haviam sido engolidas pelo telão, hipnotizadas pela história, pela fantasia e magia do Castelo.

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Seleção de fotos do GR Bauru 2011

1 de abril de 2011
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Hey!! Há duas semanas atrás começava o Grito Rock Bauru 2011.
Se liga na seleção de fotos que o E-colab preparou!

1º Dia



2º Dia



3º Dia


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