Estamos num lugar que conhecemos bem, muito bem. É o bosque "Forte Apache", na UNESP Bauru. Entre as árvores que sobraram após a última poda, vemos os bichos homens se aproximando e interagindo na paisagem. O clima é festivo. É o Cacoffonia.
Um pouco do verde sumiu sim. Ele anda meio diferente, mas ainda continua sendo palco de acontecimentos fodásticos, históricos... O Bosque Forte Apache. Um lugar para sentir a natureza. E que natureza linda. Foi uma das primeiras vezes que a universidade prestou apoio a um festival dessa natureza, chegando até a liberar uma 'verbinha' para a produção. A estrutura e os equipamentos eram de primeira mesmo.
The Almighty Devildogs foi a banda que iniciou os trabalhos no palco central do bosque. Surf music do inferno. Chegaram tocando o terror mesmo. Acelerando a galera, instigando os estudantes a ocuparem o espaço da universidade. Um espaço que deve ser livre e bem aproveitado com mais eventos culturais e conscientes. A banda apresentou composições antigas e também músicas mais recentes, da nova formação, que serão lançadas numa compilação em breve.
Apesar da pancadaria do som, sentia-se um clima de paz. Ocupação pacífica do campus. Essa é a idéia. E todo mundo parece ter sacado.
E foi sobre isso que eu conversei com o "Nardi", guitarrista da Devildogs, após o show. Falávamos sobre como o evento foi bem organizado, bem planejado. Foi uma ação em conjunto do Enxame e do Cacoff, mas obviamente, contou com o apoio de bastante gente, incluindo os integrantes dos outros centros acadêmicos, que coordenaram as 'laricas', por exemplo. Pra comer, tinha churrasquinho e pastel rolando. Tinha também um bolo de banana e refrigerante para beber. Tinha até um sorvetinho rolando, bem recomendado se a sua boca estiver seca.
E foi sobre isso que eu conversei com o "Nardi", guitarrista da Devildogs, após o show. Falávamos sobre como o evento foi bem organizado, bem planejado. Foi uma ação em conjunto do Enxame e do Cacoff, mas obviamente, contou com o apoio de bastante gente, incluindo os integrantes dos outros centros acadêmicos, que coordenaram as 'laricas', por exemplo. Pra comer, tinha churrasquinho e pastel rolando. Tinha também um bolo de banana e refrigerante para beber. Tinha até um sorvetinho rolando, bem recomendado se a sua boca estiver seca.
E tava um calor danado... Um sorvetinho caia bem mesmo...
Entramos nas dependências da diretoria. Lá dentro tava fresquinho, tem ar condicionado. Fomos muito bem recebidos. Parece que todo mundo curtiu o festival. Uma das secretárias, muito simpática, disse até "eu gostei quando eles tocaram aquela música do The Monkees".
Entramos nas dependências da diretoria. Lá dentro tava fresquinho, tem ar condicionado. Fomos muito bem recebidos. Parece que todo mundo curtiu o festival. Uma das secretárias, muito simpática, disse até "eu gostei quando eles tocaram aquela música do The Monkees".
A diretoria realmente estava em sintonia com a gente. Percebemos isso de forma clara quando fomos filmar o depoimento do vice diretor do GAC (essas e outras entrevistas você confere na 'cobertura audiovisual do e-colab' hahaha).
O tatuador "Desenho" fez uma demonstração da sua técnica na perna do voluntário, "Fulvião".Foi surreal ver o ‘Fullvio’ sendo tatuado em meio a vegetação e as batucadas que se ouvia na discotecagem árida do DJ ‘Lelão’. Uma brisa boa.
Putz...Teve muita coisa... Várias oficinas, com destaque para a "Oficina de Malabares", ministrada pelo Arthur. Havia muita gente. Pessoas de vários cursos. Pessoas bonitas. Garotas bonitas (concluímos isso após a passagem de algumas minas, comentei isso com meu amigo 'Jão'). Estávamos lá, ocupando a universidade de forma consciente.
Atendendo aos pedidos, o pessoal deu até uma maneirada na bebida e tal, respeitaram as faixas de instrução espalhadas nos troncos das árvores.
A malucada respeitou as leis da Babilônia, 'seguraram as pontas' e só fizeram fumaça em outros ambientes.
Muito louco. A segunda banda foi ao palco. ‘Locodilos’, que veio de Londrina-PR trazer seu som pra Bauru. Aqueceram com uns covers... Ouvi um Black Sabbath. Foi doido. Logo mandaram um som próprio. Da hora, bem trabalhado. Direto e reto.
Troquei uma idéia com os caras depois da apresentação. Eles disseram que curtiram o show e a iniciativa do festival dentro da faculdade. Conversamos sobre o movimento estudantil em Londrina. Segundo eles, também há uma carência de eventos desse tipo na UEL, onde eles estudaram. Tavam curtindo mesmo, nunca tinham viajado para tão longe pra tocar, foi o que eles me contaram.
O intervalo entre as bandas foi ideal para procurarmos bosques alternativos.
"Não vá se perder por aí".
Já estávamos longe... Estávamos nas entrelinhas... É melhor voltar...
"Não vá se perder por aí".
Já estávamos longe... Estávamos nas entrelinhas... É melhor voltar...
Com a mente aberta a apresentação dos Rélpis fez muito mais sentido. Psicodelia. Comprei o disco deles. Só isso que eu posso dizer sobre o som. E eles capricharam na doideira, em... Viajaram em ritmos alucinantes, sempre seguindo a velha escola psicodélica mutante de compreender a realidade.
Fizeram bonito. E pensar que aqui mesmo no bosque, vínhamos nos descontrair e deixávamos um sonzinho rolando, de fundo tal... Um reggae se pá. Um mutantes, talvez... Realmente esse é um lugar que eu gosto de estar. Você sente uma energia boa e parece estar sempre entre amigos... Estou entre amigos e tá rolando o som dos Rélpis agora, os malucos lá de Araraquara, fazendo a parceria 'Enxame - Colméia'. Que loucura...
Um berrante no palco incitava o delírio coletivo da platéia em meio aos homens-monitores. Tecnologia de ponta. Embaixada de Marte aterrizou.
A noite caia delirante. A cena era boa de ver e nunca mais sairá da minha mente...
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por João Paloso
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