“Ah...” começavam dizendo todas as pessoas sobre as Seletivas Grito Rock Bauru e terminavam em desde “normal”, “tamoaí” a “alucinante”. “Tô achando demais que colou uma galera diferente, conseguimos trazer vários públicos pro evento, atingimos todos os ‘nichos musicais’ nesses dois dias de Seletiva. O que quer dizer que Bauru e região têm bandas boas pra apresentar”, disse João Guilherme, da produção.
Foi uma noite pra gostos. “Eu gosto de blues e tudo que vem do blues. O DOS não é meu estilo, mas, pra quem gosta, é um som bem da hora e por isso fez tanto sucesso”. O som do DOS dava pra ser sentido na garganta. Escutei gente dizendo que estava com medo do metal que o DOS detonava no palco do Jack pro público da 2ª noite da Seletiva Grito Rock, mas eles foram a segunda banda mais votada da noite.
Perderam apenas para o Samanah que, de longe, foram os preferidos daquele dia, a banda que mais levou a galera pra perto do palco pra curtir um sonzinho menos rock e mais reggae/ska e dar uma balançada.
Não que as outras bandas não tivessem feito a cabeça de quem estava lá. Estação Primeira de Bluseira que o diga. Banda que a gente já viu tanto tocando por aí nas festas de repúblicas, deixou de ser “a banda do Verídico” pra se impor. A Kaspar House contava com duas meninas fazendo o diferencial e foi bem aplaudida. Depois da DOS o clima foi ficando cada vez menos pesado com o passar da noite.
E ainda rolavam intervenções das cabeças de televisão da Embaixada de Marte que capricharam no visual noturno nessa aparição. Se eles estavam no Cacoffonia vestidos de colan, se produziram para intervir nessa noite, de vestido, camisa e terno. Vieram prevenidos para a chuva que a cidade aguardava, mas não choveu.
Como sempre tinha uma galera bem animada. Curtindo tudo, até mesmo os intervalos de bandas em que rolava a discotecagem. Eles gritavam rindo e dançavam empolgados coisas diferentes, uns coladinhos a três, uns a dois, uns solitários. Dá-lhe I’m a Believer. “Then I saw her face, now I’m a believer, not a trace of doubt in my mind…”
“Agora sim!” a banda Samanah disse ao se acertar com os instrumentos e o público foi ao delírio. E o som tomou conta de todo mundo, o Samanah foi a banda que mais fez o público se envolver e mexer e gritar e assobiar. Perto deles, lá na frente, ninguém ficava parado. Os solos eram o que mais faziam as pessoas se descontrolarem. É, definitivamente, os gritos menos rock foram os mais ensurdecedores da 2ª noite de Seletivas. E ao terminarem, o pedido de “mais uma” foi geral. A banda se desculpou e disse que não podiam, mas a galera não deu trégua. A produção subiu ao palco pra dizer que não rolava e a insatisfação foi grande. Continuaram pedindo por mais insistentemente. Aí veio a votação e o Samanah que já tinha mostrado, provou para o que veio nessas seletivas. O Grito seletivo foi dado. Agora, preparem-se porque dia 18, 19 e 20 de março promete mais.
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