Logo nos primeiros acordes de “Vem me dar” dancinhas desajeitadas começaram a surgir. Benjão mandou um “Chega mais” e foi o suficiente. Despretensiosos, mas definitivamente competentes, ganharam o público com uma ou duas músicas. Os movimentos tímidos deram lugar a braços e pernas frenéticos. Teve até quem arriscasse passinhos combinados. E vale a miscelânea da coreografia. É parte do estilo proposto, do frescor da mistura de gêneros, originalidade de quem apenas tem vontade de tocar.
A divertida Chalé veio acompanhada de toda a baianidade de Pepeu baixou em mim e da pegada samba rock da Morena Russa. Entre comentários e letras bem humoradas, “Do Amor” mostrou ao público bauruense todo o repertório de seu disco de estréia. A amizade e a convivência de quem se conhece há muitos anos e um bombardeio de influências de quem se deleitava com vinis nos anos 80 e não mudou muito. A materialização disso. 14 faixas do hômonimo que inclui até um cover da brega Lindo Lago do Amor dos anos 80. Provavelmente esse refrão habita algum lugar do seu subconsciente.
O bis veio naturalmente. Atendendo a pedidos entusiasmados a banda tocou mais duas canções concluiu o show com sinceros agradecimentos a quem compareceu. Exemplo de que a satisfação pessoal vale muito mais que a auto promoção. “A gente não tem essa coisa de marqueteiro, público-alvo. A gente faz música e pronto”, comentou o Gustavo, minutos antes do show. E fazem mesmo. E fazem bem. Nós que agradecemos.
Texto: Beatriz Almeida /Fotos: Marina Wang
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