Muito mais que um maracatu progressivo

20 de março de 2011
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A galera por aqui tá insana! Loucura é a palavra que eu resolvi usar pra definir esse show. A banda de Curitiba, A Quarta Parede, apareceu. Muito som progressivo, uma mistura frenética de estilos variados. Como eles se definem? "Do Cartola a Pantera" por exemplo. E eu nem sei explicar tudo isso. A casa tá cheia demais. E tudo o que a banda mostrou foi muita personalidade.



Um som singular. O batera fez qualquer músico que os assistia pirar. E pirou mesmo. Uma virada melhor que a outra. "Foi inspirador!" Sabe pra que? Pra a galera na frente do palco que resolveu rodar a cabeça, se jogar, falar o que tiver vontade, gritar demais. Sendo uma amante dos baixistas (amante de sua arte, é claro! ;) ), não posso deixar de falar do estilo do Gladson Targa, ele nasceu pra tocar baixo. Não fugindo disso, ele mostrou porque rodou 300 e poucos quilometros pra tocar hoje, aqui, em Bauru.


A cantora e flautista, Natalia Bermudez, entrou tímida e se soltou ao longo do show... ela viu que a galera queria mais e mais e resolveu dar tudo de si. Da timidez até ao "remelecho", deu pra ver uma requebrada empolgada com tudo o que tava rolando na sua frente. Se eu posso dizer um pouco sobre o dono do violão mais frenético da noite, Fabio Sexto, diria que ele sabe como animar um show. Uns efeitos planejados ou não, mas incríveis. O cara tocava de boa demais, e bem demais também!



Foram mil cabeças rodantes, muito barulho! Taís Capelini, mais conhecida por aqui como "Plets", foi, a meu ver, quem fez a platéia se soltar. A frase que eu mais ouvi dela hoje foi: "Se joga, sua linda". A partir disso, ela trouxe todo mundo pra pirar com ela. E todo mundo pirou. É pra isso que tá rolando o Grito Rock!



Pra ouvir muito e muito mais da Quarta Parede: http://www.myspace.com/aquartaparede

Fotos: Diogo Zambello
  1. Após o show ficamos honrados em ouvir críticas, percepções e compartilhar idéias com quem esteve lá, pude conversar sobre o nosso e os outros shows, de música e outros assuntos. É muito por aí. Colhi uns fragmentos pra ilustrar:

    "O som é com certeza diferente, mas durante o show eu me acostumei com o diferente (rs...), vocês podiam pensar em como quebrar isso, e agora?"

    "A música de vocês é muito sensual, acho que é porque soa meio oriental, se vocês tocassem mais tempo as gurias ia rolar uma orgia".

    "Percebo que a música de vocês traz imagens, a letra fala e quando chega o instrumental ela se transforma numa série de cenas, como num filme, só que é como se o filme estivesse acontecendo agora… tem momentos em que cai a ficha e senti que qualquer um de nós poderia subir lá e cantar com vocês as próprias idéias, porque eu entendi que vocês não falam de lá, estão aqui conosco!"

    "O som é psicodélico e o povo viajando e dançando".

    "Acho que o pessoal daqui espera um rock mais pesado, vocês não são pesados mas mostram bastante tensão e dramaticidade na música".
    (…)

    Muito obrigado pela presença.
    Obrigado pelo convite.
    Queremos e voltaremos muito em breve.
    E podem convidar que a gente volta. OK!

    Estão anotados Maracatu progressivo e Samba psicodélico, utilizado pela apresentadora do programa Enfoque de Curitiba.
    Como ouvi bastante aí: "Firmeza! Tá suave!".
    Um grande abraço.

    Fábio Sexto: violão, voz AQP
    www.aquartaparede.com.br

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