Por Laís Semis
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Foto por Magu Marioto |
Deu pra contar nas fotos os dias para o lançamento do “Boat” EP, do Sin Ayuda (oito dias depois, a segunda-feira chegou!). Expoentes do Vale do Paraíba, Vinicius Pacheco, Julito Cavalcante, Diego Xavier e Ricardo Henrique apresentaram seu primeiro EP, “Evergreen”, em 2011. Mais tarde, no mesmo ano, o álbum “Noise Reminders” trazia 10 faixas regadas por uma sonoridade mais folk encontrando frestas mais obscuras e psicodélicas, cantando sobre persistir no amor, a procura de um caminho (que, independente de qual fosse, fizesse com que se sintisse mais vivo) num universo que consideram estranho.
Foi atrás de liberdade que o Sin Ayuda chegou em Janeiro deste ano a Santa Branca com a proposta de terminar de compor e gravar seu novo EP, afastados do cotidiano, por dez dias em um sítio. O resultado foi uma dose muito mais feroz do que conhecemos em “Evergreen” e “Noise Reminders”. Ferocidade também que se estende às letras, composições sobre direções que podem te limitar, harmonias que parecem ser impossíveis de se conciliar.
Parece não haver nada dos verdes dias em Santa Branca e suas aspirações campestres refletidas aqui. Abandonaram a temática romântica, os elementos mais naturais da vida e da natureza, a leveza dos vocais e das guitarras. Um sol se apagou. Mas um outro parece ter surgido no céu do Sin Ayuda.
Composto por 4 faixas (“Scum”, “Faster than a Gun”, “Don’t Choke Yourself” e “Trucks’n’Tricks”), “Boat” intercala rapidinhas incendiárias e rocks selvagens. A natureza de se entregar ao estado bruto do rock. Quentíssimo, o “Boat” está disponível no TramaVirtual para audição e download mais que recomendado.
Foto por Vinicius Pacheco, arte final de Evildeal |
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