É na batida do rap

30 de agosto de 2012
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Por João Paulo Monteiro
Fotos por Julia Gosttschalk e Conrado Dacax

Cada vez mais forte, o rap bauruense tem nos nomes de Dom Black e Coruja BC1 representantes de peso do movimento. Porém, parte do sucesso da música deles, coloca na conta de Felipe Canela, o produtor musical da Zika Zuka Produzsons.

Por Julia Gottschalk.


E ontem teve oficina de beatmaker do cara lá no Acesso Hip Hop, na verdade a segunda parte, já que na terça rolou a primeira. Cheguei ao Ponto de Cultura uns 15 minutos antes de começar, e três jovens já acompanhavam atentos às batidas que Felipe ia produzindo aleatoriamente no PC. 

Logo a pequena sala do Acesso estava cheia de jovens querendo aprender a fazer as batidas, além de alguns curiosos. 

Por Conrado Dacax.
Confesso que não entendi muita coisa, sou leigo no assunto, mas fiquei de olho e vi o programa que ele tava usando pra fazer as mixagens, chama Fruit Loops. Dei uma rápida pesquisada na internet e o software Fruit Loops 10 XXL, uma versão estendida do estúdio virtual com plugins voltados para o Hip Hop, sai nos sites gringos por nada menos que $399... isso mesmo, em dólares. Já a versão completa, com todos os plugins, sai por $934.85. 

Bom, existem alternativas piratas, mas isso não vem ao caso agora. Continuando com a oficina. 

Usando um antigo soul de Billy Paul como base, Felipe foi fazendo marcações, criando palhetas, mexendo nos equalizadores, aplicando efeitos e a batida foi saindo. Tudo isso sob o olhar atento dos presentes, que fizeram perguntas e tiraram dúvidas, tornando a oficina num bate-papo bem dinâmico. 

Vale lembrar que a Mariana Cerigatto, repórter de Cultura do JC, estava lá e trocou uma ideia com o pessoal e prometeu se esforçar para dar visibilidade para as mais diversas manifestações culturais da cidade. A tão criticada mídia parece que vai se livrando de preconceitos, parece. 

É claro que somente dois dias de oficina são muito pouco para saber mexer no programa. A dica de Felipe é simples, fuçar sem medo. Abra o programa, teste, edite, faça mixagens e vá montando seu beat que uma hora você acerta. É chato no começo, ele confessa, porque tudo é bem difícil, mas tem que persistir.

Por Julia Gottschalk


E, quem se interessou no assunto e quer aprender mais sobre a arte de criar as batidas, o Ponto de Cultura está com as portas abertas. Segundo Felipe, “é tudo nosso, todo mundo tem que se unir. A gente tem que passar o conhecimento pra frente e fortalecer o rolê”. 

O Ponto de Cultura Acesso Hip Hop fica na rua Maria José, 5-66. Aparece lá e troca uma ideia com os caras!

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