Texto por Aline Antunes
Fotos por Fernanda Luz
O dia que foi todo cronometrado reservava uma noite de ouro. Uma noite de Ouro Verde. E foi aí que aconteceu a segunda atividade do Canja 2012. Logo após a abertura do Festival com o #PosTV na Sede do Enxame Coletivo, montamos numa van e migramos para o Cine ao ar livre.

Chegamos ao Ouro Verde 100% Arte. Muito para conhecer, muitas, muitas crianças para conversar, dar atenção, observar... Muitas crianças falando!
Mas, uma coisa foi maior que o falatório que estava por lá... A bateria. A bateria e um baixinho se arriscando no surdo. Arriscando não, comandando! Queria eu arriscar uns compassos, mas preferi guardar essa vergonha para outro dia (arrependimento chegou e ficou).
O batuque ajudou a reunir o público, parece até um combinado - quando a bateria tocar é só chegar!

E por trás do filme? Digo, e na frente do telão, o que rolava?
Na espera pela pipoca e pela exibição, eu papeava com a criançada que estava por ali, tentando filmas uns e outros, me amigando, lançando um papo sobre futebol (sempre funciona), e ganhando a confiança. Meia dúzia de Neymar, alguns pituquinhos São Paulinos que saiam de chapéu de uma festa de aniversário. Uns Corintianos malandros, outros tímidos, alguns falantes, falantes demais. “Tia, posso pegar um?” “Tia, quem fez esse desenho?”
A sessão aconteceu, a pipoca rolou solta, o suco refrescou o calor (e colaborou com a pipoca levemente salgada DEMAIS), nos conhecemos, trocamos experiências. Falamos de futebol, de participação, colaboração, escola, educação física, “Quantos anos você tem?”, estudos, bicicleta sem rodinha, Corinthians (!) e tantas outras coisas.
Acaba o filme e pelo chão temos pipoca, copinhos, cadeiras, garotada correndo. E sem nenhum passe de mágica a bagunça some rapidinho. Os mais velhos se levantam e começam a limpeza, juntam os copos, varrem as pipocas, carregam cadeiras e em poucos minutos tudo se encontra devidamente em seu lugar. Limpeza colaborativa!
E por fim, está tarde! Criançada precisa voltar para a casa, e os que ficam disputam loucamente um lugar na van e um passeio pela cidade.
Voltamos na carona da van, e junto está a garotada que não para de falar. “Vaca amarela é coisa de criança!”
A Segunda-feira acaba! Ninguém disse que seria fácil, mas alguém havia dito que valeria a pena... VALEU!
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