A arte de fabricar beats: imprimindo as sensações

29 de agosto de 2012
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Felipe Canela – Zica Zuka inicia a oficina de beatmaker

Texto: Eduardo Henrique 
Fotos: Julia Gottschalk

Na tarde nublada de terça-feira, Felipe Canela comanda a oficina de beatmaker no Ponto de Cultura - Acesso Hip Hop. O espaço parece ficar pequeno para tantas pessoas engajadas em aprender e aprimorar as técnicas de como fazer um beat (mas tudo indica que não existe tempo ruim nem espaço pequeno para o Hip Hop!). O MC começa a explicar alguns macetes para trabalhar com bateria. A rapaziada inicia e permanece atenta até o final de cada dica. Os olhos atentos aos detalhes na tela do computador, aos efeitos e às batidas que ecoam a cada nota que emerge do teclado. Cada nota experimentada parece prender mais ainda a atenção e o resultado são beats que fazem os pés baterem no chão no ritmo que os produzem.
Da bateria aos samples, Felipe, que diz ter aprendido com grande esforço a arte de fabricar beats, do simples ao complexo, compartilha dos truques, macetes e ferramentas que vai trabalhando junto com os participantes da oficina. Já declarado anteriormente em entrevista à repórter da TV Unesp, o MC mostra na prática que o Hip Hop tem seu espaço e devido crescimento no cenário nacional. Os personagens que estão ali demonstram claramente isso.


De início tínhamos um espaço tímido, sem troca de idéias, apesar dos olhares atentos. Mas o cenário vai mudando quando Felipe começa a trabalhar com samples. Imprime no ambiente alguns segundos de bossa-nova e parece soar vozes, troca de idéias, algumas risadas. A rapaziada interage, tira dúvidas, engaja-se cada vez mais. Com alguns minutos adiante, não foi diferente com o sample editado, ecoando sobre o pequeno espaço que abrigava os olhares atentos (cada novidade tinha como conseqüência um olhar cada vez mais satisfeito e até impressionados!). E a primeira parte da oficina termina com sinal de objetivo cumprido! Troca de experiências, com música e apropriação cultural. E tudo indicando que o Canja só ta aquecendo e reforçando que o Festival é um espaço oportuno pra troca de idéias, pra abertura para a cena local e mostrar os múltiplos olhares sobre as múltiplas formas de fazer arte. E continuamos seguindo!

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