Por Keytyane Medeiros
Fotos por Julia Gottschalk
No primeiro dia do mês de agosto, Bauru comemora mais um ano de existência e para completar o ar tranquilo de feriado, o Enxame Coletivo realizou mais uma edição do Clube do Vinil. Esta foi a quarta edição do evento, que vem ocorrendo desde o início de abril na sede do Coletivo. Como o próprio nome já indica, a proposta do encontro é justamente reunir pessoas interessadas em ouvir música de qualidade e trocar ideias entre os corredores e espaços da casa.
Fruto de uma iniciativa original, o Clube do Vinil têm sido um sucesso na opinião do público e dos organizadores. Integrante do Enxame, Lucas Grilli Maia nos conta que o evento surgiu da vontade de compartilhar o gosto pela sonoridade que as músicas gravadas em discos têm. “Foi uma ideia bem espontânea. A gente curte ouvir um vinilzão, então decidimos compartilhar essa vontade!”
Além de trazer de volta a paixão pelo vinil e pelas conversas em torno do toca discos, o Enxame Coletivo também promoveu vendas de LPs, CDs, camisetas e acessórios. Preocupados com a sustentabilidade, os organizadores postaram mensagens na página do evento no Facebook, incentivando que aqueles que fossem ao evento levassem suas próprias canecas para que o consumo de copos descartáveis fosse diminuído e assim contribuísse alguns dos princípios básicos da reciclagem.
Quem imaginava que os discos ali tocados eram ruins ou de bandas cafonas certamente foi surpreendido. Entre os nomes que enfeitavam a coleção de vinis do Enxame Coletivo, estavam clássicos da MPB e do rock internacional, como o vinil remasterizado do disco “Transa” de Caetano Veloso, “Gal canta Caymmi”, Chico Buarque, Gibsy Kings, Genesis e Jimi Hendrix.
O estudante de Design da Unesp, Anderson Thiago Generozo – também conhecido como Chucky – acredita que a iniciativa é muito construtiva para os estudantes e moradores da cidade, já que a experiência agrega um olhar diferente para o vinil e para as músicas antigas. Além disso, foi uma oportunidade de conhecer bandas e canções novas. “Foi ainda mais bacana porque deu pra conhecer muita música diferente, já que cada um tem um gosto musical e trouxe coisas [discos] que eu nunca imaginaria conhecer. Isso é muito bom para Bauru.”
O Clube do Vinil não se trata de ouvir músicas velhas da maneira como nossos pais ouviam. Diferentemente daquela época, cada pessoa poderia deixar seu vinil ao lado do tocador e anotar numa lista ao lado qual música gostaria que tocasse. Eduardo Porto, estudante de Rádio e TV da Unesp e também integrante do Enxame Coletivo, ficava responsável pela discotecagem e pelos vídeos que eram exibidos durante o evento.
Os vídeos, aliás, também foram destaque na programação. Diversos vídeos foram projetados sobre uma das paredes da sede, mostrando desde manobras radicais no skate e saltos de paraquedas até cenas de espetáculos de dança contemporânea e vídeos de ensaios fotográficos.
Mais do que despertar lembranças, o Clube do Vinil, com sua pegada intimista e prazerosa também proporciona boas recordações da noite bauruense.
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