Por Jaderson Souza
Fotos por Jaderson Souza e Artur Faleiros
A Casa de Cultura Celina Neves é um dos lugares mais importantes para o teatro bauruense. Primeiro palco de muitos atores da dramaturgia brasileira, a Casa abriu o seu espaço para novos artistas; não o teatro, mas a dança, mais especificamente o hip hop que deu o seu espetáculo.
Na terça e na quarta (28 e 29), foi realizada a oficina “Do conhecimento ao movimento”, ministrada pelo dançarino de rua Gabriel Bila, membro do grupo Wazimu! (palavra do dialeto africano Swahili que significa loucura). Gabriel ensinou aos presentes algumas técnicas de dança, mas, principalmente, a importância de expressar o sentimento que está inserido na hora de executar os movimentos.
“Ontem, tinha umas 10 pessoas”, conta Bila antes de chegar ao espaço onde ocorreria o segundo dia da oficina. Um número menor de pessoas acompanhava a sessão, desde os alongamentos iniciais até a repetição de passos e música na busca de realizar a melhor coreografia. Sob as orientações do “professor”, os “alunos” são orientados a acertar os movimentos: às vezes é preciso colocar força, outras vezes é necessária técnica e na maioria de vezes, é imprescindível a adição de paixão aos passos executados.
Após um intervalo para um copo d’água, todos voltam para a rotina de repetição de movimentos. Em geral, os “alunos” sabem os passos a serem feitos, falta ainda a melhor execução e uma maior naturalidade. Mas isso se adquire com o tempo e com muito treino. Para que isso, os iniciantes de agora têm de dar prosseguimento às lições aprendidas nestas aulas.
Não apenas o hip hop tem espaço. Estilos musicais como o house e o reggae têm o seu lugar durante a oficina que tem uma aura de aula de teatro mesmo. As instruções se assemelham. Na ocorrência do erro (que é natural, não nos esqueçamos de que são aspirantes na dança), ele deve ser ignorado para que não comprometa todo o resto da atuação. A dança nada mais é do que uma encenação na qual, mais importante que a técnica, é fundamental a entrega dos personagens no sentido de expressar o seu estado de espírito e transportá-lo para a plateia.
P.S: Quem quiser saber mais sobre o grupo de dança de Gabriel Bila, o Wazimu!, pode acessar o site wazimundo.blogspot.com.br.
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