Eu e a Banda
João e os Poetas
Texto por Renata Coelho
Fotos Ariane Theodoro
Se apresentando com a desvantagem de ser a primeira banda da noite, com a casa ainda pouco cheia, a banda bauruense “Eu e a banda” mostrou um som rock com pegada pop, ou vice versa. Duas vozes se faziam ouvir, com o guitarrista compondo uma segunda voz.
A playlist foi composta de títulos no mínimo curiosos, como “Peixe grande de olho pequeno” e “Flores na canela”. A música “Matusalém” parece refletir todo o evento no seu refrão, quando insiste em dizer que “meu grito é mais forte”. Outra canção tem como mote o refrão “silêncio é um defeito”.
Coincidência ou não, “Eu e a banda” parece ter selecionado, produzido e reproduzido cada uma dessas composições para o Grito Rock.
Ainda teve mais três bandas que se apresentaram nessa noite de GR '12 Bauru.
João e os Poetas
por Ana Beatriz Assam
“Ei, som, alô”. Repetida várias vezes pelo vocalista logo após a primeira música, a frase marcaria o show da João e os Poetas de Cabelo Solto. E ainda voltaria para assombrar mais vezes, entre uma faixa e outra.
O som não estava bom. Tanto para nós, como para eles. E permaneceria assim. “Não é um som fácil de passar”, eu ouviria no dia seguinte em São Carlos, por onde os caras haviam passado um dia antes de chegar a Bauru. Mas alguma coisa me diz que faltou boa vontade. E não foi por parte da banda.
Tentando superar os problemas, a João continuou seu show. Um cover de Móveis aqui, um bolero rock’n’roll ali e aos poucos, pontuaram dançarinos em meio a uma platéia tímida.
O cover de “Soma” do Strokes apareceu na setlist para comprovar a teoria que tenho com um amigo: metais fazem diferença.
Gravada especialmente para a coletânea “Is this Indie” do site Rock’n’Beats, a música faz parte de uma homenagem feita aos 10 anos do “Is this It”, primeiro álbum do Strokes.
A João é uma banda bonita de se ver em cima do palco. E apesar dos pesares, tem certas coisas que nada esconde. Os caras realmente gostam do próprio som. Está explícito.
Olhos Rasos finalizaria a noite, visivelmente triste para a banda. Mais tarde, sentada com os meninos, ao falar sobre o público escasso e os problemas no som, fui indagada com uma frase. Essa, por sua vez, marcaria minha noite.
“Porque Bauru é assim?” Juro que eu queria entender.
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