Sobre long-plays, repúblicas e mercado
Por Laís Semis
Foto Bruno Christophalo
Isso vai soar clichê e fantasiosamente velho, mas as festas de república mudaram. É, portarias mais caras, casas insuportavelmente mais lotadas, ninguém mais se conhece. E são poucas as que ainda se importam em trazer uma banda legal ou caprichar na discotecagem. A verdade é que elas se tornaram grandes negócios. Negócios.
É legal poder variar esse quadro. Foi num clima mais intimista que surgiu o Clube do Vinil. Intimista e saudosista. Muita gente é mais entusiasta nesses anos 00 dos vinis do que dos CDs.
Projeções sugadoras, LPs descendo por fios pelo teto, luzes coloridas, poltronas espalhadas pela sala. Reunindo esses amantes e os curiosos, o Clube do Vinil proporcionou a troca desses produtos, agradáveis troca de ideias e a criação de uma playlist conjunta em vitrolas dentro de um ambiente legal e favorável a esse tipo de iniciativa, a sede do Enxame Coletivo.
Paredes grafitadas, acervo, sala de máquinas. Esse é um ambiente que respira e exala a cultura. É de programas assim que Bauru vem carecendo, programas menos impessoais e menos comerciais, que agreguem uma troca mais intensa e próxima entre quem participa.
Fotos por Bruno Christophalo
Fotos por Jessica Mobílio
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