“O que os meninos do Vanguart têm?”
por Luana Rodriguez
Foto por Jessica Mobílio |
E passava das 21h quando os músicos subiram no palco. “Mi vida eres tu” era o cartão de entrada da noite que ainda prometia. Dividido em dois atos, como num espetáculo teatral, os meninos do Vanguart começavam o seu show.
Pouco a pouco, a musicalidade folk rock dos meninos preenchia o espaço do salão. Com uma sonoridade madura, de músicas como “Desmentindo a despedida” e “Cachaça” e com união instrumentos como violino, trompete e gaita, era desenvolvido o primeiro ato, que o próprio Helio Flanders chamou de “música para cortar os pulsos”.
E quando casais já se abraçavam ao ouvir as baladinhas românticas da banda, surge Fernanda Kostchak e seu violino. E que som bonito o do violino. E que som bonito era aquele produzido agora pelos seis músicos do palco que agora tocavam “Das Lágrimas”.
Quando o dito segundo ato começou, o “álcool”, o estilo romântico o sentimento foi sendo substituído por músicas com um ritmo mais forte. E como que para “afogar as mágoas” deixada pelo “estilo corta pulsos”, o Vanguart canta “Cidades”, “Para abrir os olhos”, “Depressa” e “Se tiver que ser na bala, vai”, numa espécie de conselho sentimental às avessas.
Foto por Jessica Mobílio |
E a noite foi terminando. Mas o show de rock que tinha espaço pra Luiz Gonzaga “descosturar o coração” da platéia, e para Dorival Caymmi “inspirar o público”, estava incompleto. Estava. No que foi o momento mais vibrante da noite a banda toca seu hit mais conhecido. Aquela tal de “Semáforo”, sabe? E junto a ela soma-se “Hey yo silver”, e “Take me home” cantada quase que num sussurro pelo vocalista.
Após o termino do show da banda pelo Grito Rock um dos seguranças do SESC, sem entender o tumulto gerado pelos fãs que queriam conversar com os músicos, me perguntou "O que os meninos da Vanguart têm?". O que os meninos da Vanguart tem? Música!
Fotos por Ariane Theodoro, Jessica Mobílio e Renan Simão
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