O malabrás

24 de abril de 2012
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Por Laís Semis
Fotos por Lucas Grilli


- Oi, Príncipe! - disse a menininha ruiva com duas rosas presas no cabelo fino quando o Príncipe se apresentou ao entrar em cena.

Manhã de domingo - a segunda de quatro em que o Jardim Cultural apresenta eventos ao ar livre na cidade; Praça Copaíba, Bosque da Comunidade, Jardim Botânico (que acontece no dia 29/04) e o Parque Vitória Régia (06/05) integram esse circuito cultural proposto pelo Jardim. A proposta é essa mesma: integrar artistas e público aos domingos de manhã em Bauru.

Pra cima da USP, caminhando pelo Bosque da Comunidade, encontro algumas pessoas vestidas adequadamente para correr entre as árvores. O chão sinaliza: aqui não é permitido apenas andar de bicicleta, aqui existe ciclovia, ciclistas!

E as árvores que regem o caminho da entrada até o palco-trem seguem com fotografias expostas nelas. E entre príncipes, princesas e fadas, as crianças sabem mais ou menos o que pode vir por aí.

Eis a versão do "Lobo Mau" e o menino da primeira fila
na missão de destruí-lo
- Também vai aparecer o Lobo Mau - entrega a menininha ruiva para o seu mais novo amigo, ainda menor que ela antes mesmo da peça começar. É... na verdade, o que viria é um Lobo Mau beeeem mais ou menos, menininha ruiva.

Mas a melhor parte desses teatros infantis é que as crianças não hesitam em atravessar os diálogos e interferir no que está acontecendo a sua frente.

- Hum... e o que seria esse chá? - se pergunta o Príncipe ao se deparar com uma poção deixada pela fada para se transformar num Bruxo. O menino da primeira fila se apressa em responder. - Calma, calma, eu não posso saber agora. -. E pra desfazer o feitiço aqui só com “malabras” sobrevoando pinos sobre o morto, macarena e um menino cutucando o nariz (?). Ok.

Enquanto Os Cordados tocavam no palco-trem pelo fim da manhã, no parquinho a contadora de histórias apresentava “O Rouxinol” para as crianças. No Dia da Terra, criado com o objetivo de conscientizar sobre a conservação do planeta, nada melhor do que procurar um verde para lembrar como é isso; o odor, o frescor, a cor. E o ser criança.

Apresentação do "Rouxinol"




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