Por Sérgio Viana
Fotos: Divulgação
— E aí, vamos
curtir o Lucas Santtana na Virada Cultural, em Botucatu?
― (*-*) Não
sabia que ia rolar até sertanejo universitário!
Não sei se é só no interior de São Paulo, mas ouvir um papo parecido com
esse, infelizmente, não é tão difícil por aqui. Pra quem não
sabe, Lucas Santtana é uma coisa e Luan Santana outra. Totalmente diferente.
Vamos deixar as semelhanças só por conta do batismo, ok?
Santtana (com dois tês) tem 42 anos e pertence a outro estilo musical,
talvez inominável por enquanto. Ele vem da infindável safra artística baiana,
exatamente de Salvador, porém se radicou no Rio de Janeiro há mais de 20 anos e
passou a lançar sua sonoridade oficialmente em 2000, com o álbum Eletro Bem
Dodô. Hoje mais quatro discos completam sua discografia – Parada de Lucas
(2003), Lucas Santtana & Seleção Natural (2006), Sem Nostalgia (2009) e O Deus Que Devasta Mas Também Cura, lançado em março deste ano. Tudo pode ser
baixado no site
do cara.
Com certeza, Lucas bebeu muito de seus conterrâneos tropicalistas, mas
suas influências talvez não possam ser tão sintetizadas quanto suas canções,
que carregam batidas eletrônicas, levadas de violão, dub, funk (carioca
também), rock e samba – muitas vezes numa só juntas. Além de letras com
energias alternadas a cada álbum, sempre numa linguagem solta, contemporânea, “menina
me dê seu jeitinho vulgar/ de topzinho, chinelinho ou calção/ é barato de ter é
baratinho venha ver” ou “you know I look so smart/ look so great/ it hurts me”.
Tem que conferir pra tentar entender.
Resumindo: esse cara se apresentará na Virada Cultural de Botucatu (que,
modéstia a parte tem a melhor programação de 2012), no palco principal, dia 19
de maio. Até lá quem não conhece, ou ainda confunde o Luan, pode botar esse
som e aumentar o volume à vontade. Abaixo o videoclipe que dá nome ao disco:
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