A equipe do e-Colab recebeu um pedido de entrevista da caloura (bixete, né) de jornalismo Marina Machuca, a Chuca, para um trabalho sobre mídias colaborativas. Nós gostamos tanto das perguntas (e das nossas respostas) que resolvemos postar aqui. Também funciona com um FAQ para os leitores do blog que ainda não conhecem o nosso trabalho. É isso, se tiverem mais perguntas mandem que a gente responde!
Por Marina Machuca
Como é feita a seleção de colaboradores para o e-Colab?
Parte primeiramente do interesse do colaborador (texto, foto, vídeo) em entrar em contato com alguém da equipe ou se cadastrar no blog. Depois de duas pautas/matérias/coberturas, nós avaliamos o comprometimento com o projeto e a qualidade do trabalho. É um acompanhamento simples baseado no interesse e disposição para colaborar.
Os eventos são escolhidos de qual maneira?
Variamos muito. Optamos pelos eventos que estão relacionados com a cultura independente, essa nova construção da cultura pop. Mas a equipe também é responsável pela escolha das pautas, todos que estão no grupo tem liberdade pra sugerir eventos ou mesmo cobri-los sem um aviso prévio e enviar o material. Não existe uma imposição de pautas, nós selecionamos as que achamos interessantes e abrimos para que os colaboradores escolham de acordo com suas afinidades. Se a pauta vai virar uma cobertura depende do grupo aderir ou não.
Os colaboradores possuem remuneração pelas coberturas desenvolvidas?
Até o momento, não haha. Ninguém ganha nada no e-Colab. Mas se um dia a gente ficar rico com isso... vai saber né. Mas, por enquanto, é um investimento na formação de cada um através de experimentar formatos e coberturas e um investimento nessa construção colaborativa.
Como foi dado o “ponta-pé” inicial do projeto?
Começou como um projeto do Enxame Coletivo na Semana de Audiovisual (SEDA) em 2010 com o objetivo de formar uma equipe definitiva de cobertura colaborativa em Bauru. Era gente disposta a expressar o que estava acontecendo na cena que era incipiente na época. Agora a cena cultural já está estruturada e nós temos mais autonomia, somos nosso próprio projeto. Queremos cada vez mais acrescentar pautas novas a esse panorama cultural de Bauru.
Quais áreas estão presentes dentro da equipe colaborativa?
Na verdade, qualquer pessoa que queria agregar à cobertura. Basicamente, textos, foto, vídeo e mídias sociais. Temos também colaboradores que atuam de outras maneiras no processo colaborativo, como Design e Sistema de Informação que trabalham com o layout, manutenção do blog e logo, por exemplo.
Há preferência entre os eventos que ocorrem em Bauru?
É mais viável, mas não quer dizer que não cobrimos eventos fora da cidade. Temos um quadro chamado “Pé na Estrada”, a ideia é botar o pé na estrada em busca da pauta, já fizemos coberturas em Bragança Paulista, Jacareí, Ribeirão das Neves (MG), Belo Horizonte (MG), São Luiz do Paraitinga, Marília, São Carlos, Pirassununga, Porto Ferreira e São José do Rio Preto. Quando e onde pudermos ir e houver pauta, estamos indo!
Há possibilidade de estender as coberturas para cidades da região?
Sim, nossa meta é falar da cultura nacional e cobrir eventos da região e fora também. Mas acho que estender as coberturas vai acontecer naturalmente, hoje essa possibilidade é muito real com a internet, basta se ter colaboradores que não morem em Bauru. Sem contar que a tendência é que novos grupos se formem com uma proposta parecida, desenvolvendo esse trabalho e estendendo as coberturas.
Qual o papel do e-Colab junto a artistas independentes?
O e-Colab tem o papel de disseminar e mostrar para os leitores uma cultura diferente (ou um viés novo), feita por artistas novos, quase sempre independentes. Nosso papel é agregar valor a essa cultura nova, a cidade e todos que leem o nosso blog. Incondicionalmente, tudo que produzimos acaba integrando a memória cultural desse momento e desse lugar.
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