“Esse seu… Show foi feito pra mim! Então me deixe... Ouvir, até o fim!”

25 de abril de 2012
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Texto e fotos por Aline Antunes

Que papo é esse de emoção?
Eu to falando é de 25 anos de banda, de rock independente. De 25 anos de música, mulheres e noites. To falando de cerveja nova, to falando de Velhas Virgens Indie Rockin´Beer.

21 de Abril foi uma noite bêbada de muito amor e sacanagem no Jack Music Pub. A banda Velhas Virgens apresentou a Bauru sua turnê em comemoração aos 25 anos de carreira independente e brindou com o público a estréia de sua cerveja.

O contato palco/platéia era fortíssimo. Sem invasões ou brigas, músicos e fãs reforçavam as palavras de Paulão “O sentido da nossa existência são vocês.”



E assim se deu o início da noite: “Esta primeira parte do show é acústica para a gente poder ficar mais pertinho. E poder trocar algumas idéias que a gente nunca conseguiu trocar ao longo desses 25 anos.” 

O show ia se desenrolando, e sempre situando o público aos fatos que aconteceram no ano em que a banda se formava. 

“Os Velhas Virgens começaram em 1986, e em 86 o mundo era muito diferente de hoje (...), por exemplo, aconteceu um acidente nuclear em Chernobyl (...) teve um acidente muito pior lá no México, porque a Argentina foi Bi campeã na Copa do Mundo (...). Em 86 o Cometa Halley era visível aqui na Terra. (...) O presidente do Brasil era José Sarney (...) Lula era deputado Federal e a Dilma era Secretária da Fazenda lá em Porto Alegre. Em 86 Barack Obama ajudava uma comunidade carente em Chicago, e Jorge W. Bush vendia Petróleo, mas o mais importante é que em 86 o Osama Bin Laden trabalhava para a CIA.” 

A maior e mais antiga banda independente do Brasil leva isso como um grande troféu “Esses recordes nos dão muito mais orgulho que prêmio na MTV”. 



Paulão ainda mandava recado aos que acham que os Velhas são machistas dizendo que a banda apóia o amor e a liberdade sexual, amam as mulheres e ainda mais as que amam outras mulheres. 

E quem não acredita que esses bêbados, roucos e loucos também amam, ficava a seguinte mensagem: “Nós vamos explicar como é que a gente pode gostar de Motorhead e ao mesmo tempo mandar flores para a nossa namorada, explicar como é que a gente pode amar AC/DC e fazer poemas para a mulher amada!” 

Foi uma noite para homens e mulheres cantarem sem preconceitos e tabus. Beber cerveja, curtir e quem sabe descolar alguém com uma “química, lance de pele”.

Que a cerveja seria boa, eu sabia desde o começo, só faltava saber quanto R$.

E fica a dica: “Quem bebeu, bebeu, quem não bebeu...”

“Era para ser uma marchinha de carnaval, mas a gente bebe tequila demais!”





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