por Agnes Sofia
Nada de
pipocas, nem de uma sala de cinema comum. O CinExtinção, no Festival Canja,
atendeu aos apelos das imagens do filme que seria exibido: ao invés de alguém para tirar nosso tickets,
um barman estiloso, orgulhoso por exibir
no bar sua estilosa Heineken. Ao invés de poltronas de uma típica sala, as
banquetas do bar e um confortável sofá, para quem quisesse ver o filme e tomar
uma breja, mais de perto, com desconhecidos e
futuros amigos. Na tela improvisada, o filme Gargandi Snilld. Não
entendeu nada?Melhor usar, então o título inglês, já que não há tradução para o
português: Screaming masterpiece. O
impacto de saber que ambas as palavras estão ligadas a coisas fortes, como
barulho(para screaming) e obra prima, para masterpiece, já aguçam a
curiosidade, mas apenas a abertura do filme pode traduzir a sessão
eletrizante que tivemos naquela noite.
De animais a revolucionários
O
documentário é sobre o cenário da música islandesa, e como ela seria tão original
e efervescente, num país tão gélido, que, nas palavras de sua artista mais
famosa, Bjork, levou duas gerações para ter coragem em carregar uma identidade,
após a independencia do país, em 1944. E olhando para aquelas bandas, marcadas
por uma mistura de estilos, para formar novos que sejam tão vibrantes quanto às originais,
nem dá para acreditar muito na cantora, mas aquilo soa tão forte nos nossos
ouvidos que a sensação de que aquilo estava ansiosamente guardado para ser ouvido
confirma essa repressão que eles passaram por décadas, como “animais
colonizados pela Dinamarca”, em outra declaração forte de Bjork.
Uma
fusão inesperada.
Confira trailer do filme:
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