Por Eduardo Henrique
Fotos: Equipe Fora do Eixo
A noite no Jack dá continuidade à sessão de cinema do CinExtinção sobre o cenário musical na Islândia, neste sábado. A batalha de B. boys que começaria logo mais começa aquecendo com alguns passos e uma roda entre eles. O break dance toma conta, a galera vai chegando e a casa lotando. A mistura de públicos começa a se consolidar.
Artes integradas foi o grande forte da noite. Primeiro, os olhos atentos e a roda aberta na batalha de B. Boys. Vilão do Groove continua as apresentações construindo a noite de música instrumental no Jack Music Pub. Depois, a batalha continua e a noite fecha com os porto-alegrenses Pata de Elefante.
O som instrumental da banda bauruense Vilão do Groove deu uma amostra do que seria a mistura dos públicos, da música e dos espaços. Tudo parecia uma coisa só. Os B. Boys curtindo a vibe da apresentação, em outros tons daqueles que abriram a noite musical junto com a dança na casa. A música era diferente, mas tudo se mistura no ambiente, apesar da timidez em alguns cantos. Com lançamento de um disco, a transição do break para o rock and roll fez emergir sensações interessantes.
O aquecimento segue com a segunda parte da batalha entre os B. Boys. A impressão estampada da banda bauruense aqueceu ainda mais os motores da roda, que elegia vencedores entre eles. Entre um intervalo e outro a música continua e o ambiente vai ganhando cada vez mais força na integração entre as artes! Sem muita demora, Pata de Elefante sobe ao palco.
A cerveja faz companhia ao público na apresentação. Fez lembrar “Vazio na cerveja”, do terceiro disco da banda “Na Cidade”. Pena que faltou a música, a cuíca soando, mas as pessoas curtindo no ritmo não faltaram. Apesar do grande espaço que aparecia entre a banda e o público, fisicamente falando, a moça ao lado dançava com o sorriso estampado contagiando os grupos. Os B. Boys que se apresentaram há pouco também estavam conferindo. Mistura, mistura!
Um dos hits que bombam do Pata começa a tocar. “Um olho no fósforo, outro na fagulha”, faixa título do disco lançado em 2007 também faz parte da setlist da banda. Procurando captar quais as sensações do Festival como um todo dentro da apresentação no Jack, uma das pessoas topou passar essa impressão. Wallace Souza, estudante do curso de Artes da Unesp, diz que a verdadeira arte é que a junta e (re)aproxima a galera, o resto é ruído que acaba por separar as pessoas. Diz ainda que dá ânimo às vontades e, apesar de não conhecer anteriormente a banda, curtiu a apresentação. Viu o evento ainda como “uma idéia de integração entre as diversas tribos”. E a apresentação termina com o público pedindo mais uma.
Interessante ver que a estampa do Festival aparece no discurso das pessoas e que o espaço compartilhado entre os diversos públicos completa o objetivo em torno das artes integradas. Mergulhar entre as tribos que fazem proveito das apresentações evidencia bem claramente o que o Festival passa e quais as idéias que ali permeiam.
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