Escambo da Periferia

2 de setembro de 2012
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Por Maria Esther Valdiviezo e Mariana Caires
Foto: Equipe Fora do Eixo



Não deixa o reggae morrer,
não deixa o samba acaba,
o morro foi feito de rap,
de rap pra gente rimar.

Confesso que o Coruja me cativou
rimando e piando ele me conquistou
não deu outra, tive que criar em forma de rap

pros irmãos do Escambo, umas palavras, moleque!

Salve Bauru, subiu ao palco o Escambo Periférico,
já chegando pra fazer sucesso.
Pensei que tava na Jamaica,
os dreads do moço me enganava
mas o som era o reggae que há muito rolava la na mãe África.


Não era programa de índio, 
era escambo de musica, cultura e ritmo.

Essa era a proposta do grupo, 
juntos, Veja Luz, Wesley Noog e Z’ África Brasil

unidos, feito criança, tudo como se fossem amigo de infância.

Chamaram o Buia do nada, o moco tava do meu lado
Subiu no palco e alterou a brisa leve que o reggae tinha espalhado
Foi batida mais forte, impondo sua marca,
marcando seu estilo, pro Canja só na rimada  .

Aí chegou o Wesley, a cara do Melodia, 
Sarará criolo, a música de cada dia

Mas acima de tudo, tinha orgulho
Orgulho do cabelo pixaim de tupi com tamborim

Parecia internacional quando inglês ele cantou,
até o boné dos rappers se abaixou
se rendendo à letra verde que entoou.


É isso ae, mano!
A vibe era reggae com pitada de tudo aí,
mistura energizante que fazia todo os nego balançar de lá pra cá

Coruja daqui de Bauru, Escambo de São Paulo Zona Sul,
é a canja ta ficando pronta,
bora agitar nessa onda!

Palmas pros caras, são responsa
E quem gostou não tem saída
Vai dar rolê lá no Vitória
comprar CD deles e camiseta!
Mas afinal, como disse alguém x,
isso é uma cadeia, uma teia, a rede que puxa um e outro
E no final: persuadir é proibido, alienar é permitido, e o ZÁfirca Brasil é puta som afirmativo!


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