Por Pâmela Pinheiro Antunes
Fotos por Julia Gottschalk
Não tinha lugar melhor para acontecer o show da banda Cultivo do que na República
Tijuca do Morro, com seu ambiente orgânico, a céu aberto, com algumas árvores e um
quintal de terra. Tudo a ver com a banda, que em suas músicas fala sobre a natureza,
amor, compromisso social, simplicidade e espiritualidade. O show aconteceu no último
sábado (22).
Além da república já ter seu clima natural, a decoração também estava caprichada.
No palco havia uma bandeira da banda, uma samambaia pendurada e a luzes verdes
iluminando a noite sem estrelas. É claro que não podia faltar o bar, que estava vendendo
cerveja, pinga de sabor, refrigerante e água. O público também entrou na vibe hippie. As
meninas de saia longa, vestido e rasteirinha, e os meninos de bermuda, chinelo camisa
xadrez.
O evento foi uma realização do Bar da Rosa, e também contou com a presença da
bauruense Samanah como banda de abertura, que subiu ao palco às 19h14, com um
repertório diferente de suas apresentações, com músicas de grandes nomes do reggae
como Bob Marley, Mato Seco e também mandaram um som de Jorge Ben Jor. A banda é
formada por Thales Mendes (vocal e guitarra base), Arthur Romonio (guitarra solo), Josluí
Bulhões (contrabaixo) e Vinícus Pereira (bateria), porém o guitarrista oficial não pode estar
presente, então tiveram a participação especial do guitarrista Fred de apenas 16 anos,
que mostrou muita habilidade, inclusive mandando um blues improvisado, e do tecladista
Fluvio Parigi que faz parte da banda Projeto de Homem Bomba. A apresentação acabou às
20h02 e foi um esquenta da regueira que estava para rola.
Às 20h38 começou o show da banda Cultivo que é composta por Danilo Beccacia
(guitarra), Angela Beatriz (vocal), Cristian Jonatan (bateria), Kris Korus (baixo), Pedro
Angi (voz e violão) e Vitor Lorenzoni (saxofone). A primeira a música foi “Light da
Fya” a segunda “Quem somos nós” a terceira “Povo da terra” e assim foi. Com mais
de duas horas de apresentação vinte e seis músicas, onde cantaram sucessos dos três
álbuns “Árvore Urbana” (2006) “Orgânico” (2009) e “Um pouca de cada” (2010) além de
músicas inéditas do Cd que estão gravando e o som do Bob Marley o não ficou de fora. A
galera dançava muito, envolvida pelo ritmo e letra das canções. Foi uma grande viaje para
uma dimensão de bem estar, harmonia e positividade. Para finalizar “Sol / Deus É Vida”
onde o vocalista Pedro Angi pediu para que o público falasse a frase “Eu sou manifestação
viva do amor” como um mantra de energia positiva e seu pedido foi atendido.
Um show inesquecível com sensações indescritíveis. Como dizia o sábio Marley, “o Reggae
não é para ouvir, é para sentir.”
Muito bom, queria ter ido nessa!
ResponderExcluir