A banda “Vamô Vovó”, que venceu o Festival Interunesp MPB de Ilha Solteira desse ano, chegou com a banca de big band e botou todo mundo para dançar, pular e enlouquecer ao som da música “Balada Niilista Freudiana”. Nomes poucos usuais, composições bem humoradas e muita coisa legal para falar. Os caras dominaram a platéia e conquistaram os jurados. Guito Giordano, um dos vocalistas, representou a banda em uma entrevista para o Ecolab.
Como surgiu o
nome da banda?
Nós começamos com o nome “Badtrip soul funk”. Foi com esse nome que a gente foi para Ilha pela primeira vez. A nossa música “Loucos Futebol” tinha um rife que parecia dizer “Vamo vovó”. Daí o Daniel Vajani começou a brincar de falar "vamo vovó" e resolvemos colocar esse nome.
Nós começamos com o nome “Badtrip soul funk”. Foi com esse nome que a gente foi para Ilha pela primeira vez. A nossa música “Loucos Futebol” tinha um rife que parecia dizer “Vamo vovó”. Daí o Daniel Vajani começou a brincar de falar "vamo vovó" e resolvemos colocar esse nome.
Quantos
integrantes a “Vamo Vovó” tem hoje?
A banda começou
com 6 e hoje são 9 fixos e mais uns três são convidados às vezes. São amigos
meus ou dos meninos, que chamamos quando a gente precisa de alguém pra cantar ou
de um coro maior. No caso da apresentação de Ilha Solteira eu chamei três
amigos que tocam comigo em outro projeto o “Clodô e os Afinadores de Pianos”. Juntamos
todo mundo, já que eles também fizeram UNESP, e fomos para o festival.
Existe
dificuldade de se locomover e de conseguir infra-estrutura?
A dificuldade é
absurda, até para ensaiar. Normalmente ensaiamos pouco e sempre antes do show. Todo
mundo sabe o repertório e cada um ensaia na sua casa. Para se locomover é pior
ainda. Além do cachê para cada, tem passagem, alimentação e hospedagem. Por isso
é difícil conseguir show fora de Assis, às vezes o cara não concorda em pagar
tudo o que precisa.
A banda surgiu
só para o festival Interunesp de MPB?
A banda surgiu o
ano passado para o festival de ilha, mas ficou tão legal que resolvemos
continuar. Tem dado certo e a galera gosta muito. A música é bem dançante não
temos papas na língua, a gente fala o que quer, e até recita umas poesias.
Como chamam as
músicas que foram apresentadas no festival em 2011?
Tinha uma que
chamava “Chora Ariel Chora”, que era sobre cocaína. A outra era “Louco de Futebol”,
que é sobre essa doidera que é o futebol. Deixa o pessoal pobre enquanto os
jogadores milionários só crescem. Tem mais uma, da banda “Não tem Colírio”,
chamada “Guerra de Lama”. Essa era uma música de protesto. Faz uma crítica aos
políticos, senadores...
Mas vocês são
uma banda de protesto ou que faz música de protesto?
Nossa música é
inteira de diversão. Nossa idéia é deixar nosso público feliz. Mas dentro da
gente já tem esse protesto, nós temos um pensamento político diferenciado e por
isso a música de protesto faz parte. Aqui dentro da universidade a gente tenta fazer
a nossa parte.
Além das bandas
universitárias, como é a cena musical de Assis?
Aqui tem muitas
bandas e compositores. O André Melo é um excelente compositor e é da época da
Bossa Nova. No festival de Tarumã ele ganhou em primeiro lugar sozinho, sem
banda nem nada. O cara é muito bom. O Conrado do sax tem uma banda de música
regional do interior de São Paulo chamada “Shandala”. Eles ganharam o segundo
lugar no festival de Tarumã. A “Clodô e os Afinadores de Piano” ficou em
terceiro. Tem também o “CVOD” de hardcore. Assis revela muita gente. Tem o
Clóvis da banda de MPB chamada “Gira Gerais”, hoje no Rio de Janeiro. Tem também
o Tiago Loreano. Aqui a galera cresce porque tem muita gente boa, mas a
universidade não abre espaço. A gente quase não foi para o Festival de Ilha
Solteira por causa da burocracia que não permitia que membros da banda que não
eram mais da faculdade fossem no ônibus. Sendo que eram ex-alunos, pagam
impostos e deveriam ter o direito de viajar como qualquer um. Se não fosse
alguns esquemas a gente não ia conseguir ir com a banda completa para o
festival.
Quais são as
referencias da banda? Muita gente falou no festival de ilha que a música “Balada
Niilista Freudiana” parecia uma composição da banda “Móveis Coloniais de Acaju”.
Vieram falar
para mim também, mas eu não conheço a banda. Eu estudo música desde criança e
tenho influência de tudo, música clássica, regional, MPB... Eu ouço tudo e não
escutei “Móveis Colônias de Acaju” porque não fui atrás ou não tive a
oportunidade de alguém me mostrar. A “Vamo vovó” em si a primeira idéia era ser
uma banda de funk, mas a gente gosta de bossa nova, samba rock, Caetano, Chico,
Raul Seixas... Cada um trouxe alguma coisa.
Além do curioso nome da banda, o nome da música “Balada
Niilista Freudiana” é intrigante. Como ela foi criada?
Essa música foi
todo mundo junto em partes. A letra e o rife surgiu aqui na minha casa. Tava
brincando com o violão e inventei a batida sem querer. Eu gostei do som porque
achei meio torto, meio que um boleiro diferente. Falei para o Leo Afonso, que é
letrista, que tinha inventado um rife, em quarenta minutos a música tava
pronta. Botei a música na internet, depois de um tempo começou a crescer o
número de visualizações e resolvi levar para banda. Falei com a “Clodô e os Afinadores de Piano”, só
esquecemos do baterista, mas não foi de propósito. Daí cada um fazia a sua
parte do arranjo em casa, juntamos tudo e assim deu certo.
As músicas estão
só na internet?
O CD tá sendo
feito! Vamos lançar no ano que vem, mas não tem nenhuma data definida porque a gente
pretende pirar em cima desse CD por muito tempo. As nossas músicas costumam ser temáticas, contam
uma história e são pautadas nos nossos dias. Todas as letras são vivenciadas.
O que você
considera que é um diferencial da banda?
A espontaneidade
e a diversão! A gente não liga para o que acontece, só se diverte. O nosso
diferencial é não se preocupar com a vida dos outros, a gente vive a nossa e
faz a vida dos outros mais divertidas.
Estamos aqui pra se divertir!! Para a boa música, e para os bons encontros!!! Muito legal a entrevista. obrigado a Pablo por essa oportunidade.
ResponderExcluirMó barato tocar com esses caras ... eu bato lata , toco flauta doce , toco trompete , canto , danço e me divirto pra caraio !!!!
ResponderExcluirAbraços Pablo e Vamo Vovó !!!