Sempre achei que a dança contemporânea fosse algo ininteligível. Mas nesse ano comecei a pesquisar mais sobre esse ramo da dança, assisti mais espetáculos e participei de oficinas que me fizeram mudar de ideia. Dança contemporânea é sobre liberdade. É sobre conhecer o próprio corpo, o espaço, o que está ao redor. É o improviso carregado de sentidos, é libertar-se dos movimentos mecânicos do cotidiano. Mas, mesmo assim, é trazer um pouco de si para a dança. É a coreografia do impulso, do instinto. Como disse a professora Sara Mazon, “as regras servem para serem quebradas”.
Afinal, o que se sabe sobre dançar? Como o próprio nome da oficina dizia, é uma “expressão corporal”. Mas, além disso, é uma forma de comunicação. Reduzimos tanto o que sentimos e o que queremos expressar em palavras que às vezes esquecemos que existem outros canais que também podemos usar. E no caso da dança contemporânea, o bailarino passa muito mais do que uma mensagem. Está ali sua vivência, sua experiência. O espectador desse tipo de arte deve esquecer qualquer julgamento de certo e errado, como o próprio bailarino fez. E até, se ele quiser também pode arriscar e entrar na dança, como eu fiz!
“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.” (Friedrich Nietszche)
Nenhum comentário:
Postar um comentário