Cultura nas Eleições 2012: Chiara Ranieri

5 de outubro de 2012
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Em mais uma entrevista, o e-Colab dá continuidade a uma série de posts que pretende mostrar a essência das propostas dos quatro candidatos a prefeitura de Bauru no que cerne a Cultura de Bauru. É simples. Fizemos quatro perguntas sobre problemas diversos da gestão cultural da cidade e apresentamos apenas as respostas.
O conjunto dessas respostas pretende facilitar a interpretação das propostas e, esperamos, ajudar o bauruense a escolher seu voto no próximo domingo, dia 7.

(Nota: Não conseguimos contato com o candidato Rodrigo Agostinho até o momento e por isso não participa dessa série de posts).




Veja agora as ideias de Chiara Ranieri (DEM) sobre a cultura de Bauru:


"Uma de nossas ações na área da cultura é a descentralização dos eventos culturais e de lazer: vamos levar as atrações também aos bairros, para que toda a população possa não só ser plateia, mas também ser protagonista das ações culturais dentro de Bauru. Hoje, tudo é muito concentrado no Teatro Municipal e no Vitória Régia – espaço que continuarão recebendo eventos. Mas é importante que os bairros também recebam teatro, música, cinema, artes, literatura e todo o tipo de manifestações artísticas. Para isso, vamos usar estruturas como praças, escolas e até centros comunitários. Se eleita, durante a transição entre os governos, antes de assumir, pretendo levantar locais que possam servir de palco para que as atrações cheguem até os bairros – conto, inclusive, com a ajuda da classe artística e de agentes culturais para isso."



Chiara Ranieri - Foto: Divulgação
"Também fiz questão de incluir em meu plano de governo a criação de um calendário de eventos para a cidade. Hoje, não temos. As coisas vão surgindo. É preciso planejamento, até para termos uma divulgação melhor e, se for o caso, buscar recursos junto ao governo estadual e federal. Vale dizer que as viradas, reviradas e atividades do Sesc são importantes e não serão desprezadas, assim como outras parcerias. Porém, o grande desafio é distribuir, durante todo o ano, eventos que englobem grande parte das manifestações culturais e que possam ter a cara de Bauru, valorizando nossa produção cultural e artística. Para isso, parcerias são fundamentais. Mas, de qualquer forma, o primeiro passo precisa ser nosso, com a criação de um calendário mínimo e que, com o tempo, possa ser aprimorado, tanto na quantidade das atividades quanto nas possibilidades de investimentos."




"Neste primeiro momento, acredito ser importante fortalecer o acesso à Lei de Estímulo à Cultura. Hoje, a verba destinada ainda é pequena, mas, mesmo assim, muita gente tem dificuldade de montar um projeto para concorrer a essa verba. Em meu governo, teremos um departamento voltado a criar projetos para trazer verbas para a cidade em todos os setores. A ideia é que uma parte deste departamento possa ajudar os diversos setores (esportes, cultura) a criar projetos para enviar aos governos estadual e federal. Este apoio técnico já estimulará pessoas e grupos a participarem mais da  produção cultural – dessa forma, espero também que haja uma retroalimentação, ou seja, os próprios grupos avisando de editais existentes para determinados eventos e que necessitem apenas de projetos, parte na qual ajudaremos. Acredito que, com esse primeiro passo estabelecido, a prefeitura pode pensar em um segundo passo, como começar a aumentar ainda mais a verba destinada à cultura, a isenção fiscal para projetos, entre outros. Porém, nesta área, ainda é preciso um pouco de cautela porque nossa capacidade de investimento é muito pequena. Pés no chão, mas com muita vontade de ajudar a melhorar este quadro cultural na cidade."



"Deixando claro que o Conselho é importante para a cidade. Os conselhos, hoje, têm atuação burocrática na cidade – e, infelizmente, em quase todas as áreas. Se não me engano, o presidente do Conselho de Cultura é ou era, até pouco tempo atrás, o secretário de Cultura – isso é um absurdo. Precisamos manter o canal de comunicação sempre aberto, mostrar que essa ferramenta é fundamental para o crescimento cultural da cidade e fazê-la funcionar. Um primeiro passo, por exemplo, é que este Conselho possa opinar e ajudar a montar o calendário cultural da cidade. Outro é que nos ajude a identificar polos de cultura por aqui – e não só identificar como também nos apresentar. Acredito que, a partir do momento que uma relação real é criada, o dia a dia nos ajudará a definir qual será a função mais importante do conselho para a prefeitura e, principalmente, para a sociedade bauruense."



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