Marcha das Vadias em Bauru: Fotos e relato

27 de junho de 2012
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No último sábado foi promovida a primeira Marcha das Vadias em Bauru. Homens, mulheres, negra, branca, gordinha e magrinha... todos eram vadias para gritar por respeito à mulher. Confira como foi:

Texto de Luca Willians
Fotos de Ana Carolina de Martini
































Com um nome que choca, a “Marcha das Vadias” chegou a Bauru no último sábado (23) e reuniu cerca de 50 pessoas em frente a câmara dos vereadores no centro da cidade. A concentração começou por volta das 13 horas e pouco a pouco foram chegando mais pessoas, o número de manifestantes não atingiu os mais de 700 esperados (como foi confirmado no facebook) mas a marcha seguiu da mesma forma.

O protesto tinha inicio marcado para às 13:00 mas até às 14:30 não tinha começado, isso porque os organizadores esperavam a polícia militar que faria a segurança da movimentação, foi cogitada a hipótese de boicote por parte das autoridades e a organização decidiu seguir sem os policiais.
A manifestação encontra bastante dificuldade para ser compreendida porque fala sobre um assunto tabu e defende uma minoria fragilizada e oprimida, além do fato de que o nome é forte e assusta a primeira vista. 

A “Marcha das Vadias”, originalmente “Slut Walk”, nasceu no Canadá em uma palestra quando questionado sobre os casos de violência sexual em Toronto, um policial disse que “Se as mulheres parassem de se vestir como vadias, talvez os estupros diminuíssem”. Revoltadas, mulheres foram às ruas para demonstrar indignação e reivindicar o direito de se vestirem do modo que quisessem sem sofrer nenhum tipo de represália. Desde então protestos deste tipo têm acontecido em diversas partes do mundo.

Em Bauru, a marcha levantou bandeira contra todo tipo de preconceito e opressão, como machismo, racismo e homofobia. Os 50 manifestantes compostos por homens e mulheres com idade média de 20 anos, andaram da câmara dos vereadores até o parque vitória régia com cartazes, panfletos e gritando palavras de ordem como “Se ser livre, é ser vadia, somos vadias todo dia” entre outras, que pediam respeito às mulheres.

Ao chegar no fim da manifestação, os participantes assistiram uma apresentação de Street Dance, que depois se estendeu a todos, formando uma confraternização e logo em seguida o público (vadias e civis) começou a dispersar com suas lingeries à mostra andando pela Nações Unidas misturando-se à realidade que tanto clama por liberdade e respeito pela mulher.




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