Fotos por Inara Dumbra
“Uma coisa que eu não entendo é a produção independente. Independente de quê? De quem?”
Quatro produtores de cinema se encontraram ontem para discutir as novas perspectivas sobre o audiovisual na região. É, claro que cada integrante tem a sua peculiaridade (professor universitário, músico, descrente de uma indústria independente ou viajante experiente do audiovisual), mas Hunfrey Borges, Juliano Parreira, Jeff Telles e Marcio Jocovani tem uma coisa em comum: todos eles prezam pelo incentivo da produção audiovisual - comercial ou não.
“Aqui nas escolas, o vídeo é trancado a cadeados, é essa a nossa realidade”, contestou Jocovani quanto ao esforço e incentivo real da educação ao audiovisual que se restringe a vislumbrar as grandes produções. “A gente tinha esse mesmo papo na música. Cenário pós-dominação de outro país”, exemplificou Sergio, de uma cena que foi ocupando espaço, investindo em seus artistas, incentivando a produção, batalhando público e que tem se fortalecido cada dia mais no Brasil.
E com as possibilidades que os avanços tecnológicos democratizam, é preciso usar a criatividade para manter os produtores incentivados a produzir e tentar estimular o público nessa formação. “Não tem o ‘Quanto Vale o Show?’”, questiona Juliano sobre o projeto do Fora do Eixo em que o público avalia o show e dá uma doação de acordo com o que achou do show. “E por que não criar o ‘Quanto Vale o Filme?’ O que são 2 reais pra um filme que te tocou? Você tá saindo diferente daquela sala...”.
A primeira edição da SEDA Rio Preto começou ontem e segue com a sua programação até sábado, contando com mesas, debates, sessões, música e oficinas, confira mais no site do Timbre Coletivo.
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