A espera é difícil, mas eu espero sambando...

1 de junho de 2012
0
Texto publicado originalmente no Portal Fora do Eixo, em 1º de junho de 2012 

Saias soltas rodando, umas mais curtas, outras mais longas. Meninas sendo rodadas por seus parceiros e todos os pés inquietos. Pra dar balanço aos passos e aos dez músicos no palco, um vocal feminino. Partituras para o trio de sopros, Poesia Samba Soul no Cedo e Sentado desta terça-feira, no Studio SP.


3 vocais num misto de samba, rap, reggae, rock.

E, cuidado com os passos mais longos que se criam pelo espaço daqueles que se animam em dançar como se o salão fosse todo destinado a pares e pés de valsa. E dança de todo tipo, mas, aos mais tímidos principalmente aquela em que os pés não perdem o contato totalmente com o chão e só dobram os joelhos.


Casa Di Caboclo, a banda que entra depois, conta com mais rap, 6 caras, menos dança, mais ritmo e mãos pra cima.

- Mão pra cima, porque essa música e uma oração. É o que a gente tem a oferecer.

A menina de canto, perto do palco, parece estar desacompanhada mas, nem por isso, deslocada. Cantando e gesticulando como se fosse ela ali no palco fazendo o show acontecer, inspirando simpatia.

Pro Casa di Caboclo chegar na galera é literalmente descer do palco, cantar e dançar e passar o microfone pra quem quiser se arriscar a cantar e deixar desafinar. E do mesmo jeito mais gente, como o Zamba Rap Clube, sobe no palco pra soltar um rap na companhia da banda.

Em turnê do segundo álbum, “Poético, Etílico e Ritmado”, algumas das músicas do Casa di Caboclo como “Dona do Barraco” e “O Pagador de Promessas” são hits desses que além de te fazer balançar, grudam. Puxados pelo MC Crespo, a ideia “di Caboclo” usa do conceito da mistura de raças pra misturar sons e se apresentar musicalmente eclética. Enérgico, eles sabem como levar o público além das mãos pra cima, envolvendo a platéia por suas batidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário