Rock Do Bem 7 | 5º Dia - Raimundos

7 de dezembro de 2011
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Fotos por Bianca Dias
Texto por Ana Beatriz Assam

De cima do palco as sensações são diferentes.

Raimundos. Último show do último dia de Rock do Bem. Enquanto os primeiros acordes de Fique! Fique! ecoam, subo a escada que leva até o palco. 

Paro por um momento. Na minha frente o Raimundos, atrás o lago do Vitória Régia iluminado pela lua. Merecia uma foto. Acho que todo mundo um dia já quis ser artista, já quis pegar um instrumento, subir no palco e tocar para uma multidão. Bom, falo por mim. Por mais que o show não seja assim TÃO grande e minha posição não seja nem um pouco importante, estou eufórica. É Raimundos, caramba! Ai, minha pré-adolescência. 

Mas não sou só eu que estou assim. Daqui de cima, fica mais fácil enxergar as reações da platéia. Rostos conhecidos na multidão. A galera vibra alucinada a cada música. Aos poucos, vai se formando uma roda punk monstruosa.


Confesso que estou um pouco surpresa. Como todo mundo sabe, o Raimundos teve uma boa queda de popularidade depois da saída do Rodolfo. Mas o que estou vendo aqui hoje não deixa a desejar em nada. Música de qualidade. Então porque é que eu estou tão controlada? 

Entro na vibe da galera que curte loucamente. Umadepoisdaoutra os caras vão tocando os maiores sucessos. Minha Prima Mulher de Fases I Saw You Saying Me Lambe A Mais Pedida Reggae do Manêro Eu Quero Ver o Oco. Êxtase total.


E do mesmo jeito que começou, acaba: como uma porrada. 

Ato consumado. E agora, Bauru? Como continuar depois dessa? 

Na porta do camarim já se formou uma fila de fãs. Todo mundo quer tirar uma foto com os caras. Mas, peraí! O Marquim e o Caio acabaram de passar pela galera tranquilamente, quase sem serem notados. Que ironia! 

Minha vez de entrar. Lá dentro, só o Canisso e o Digão. 5 minutos pra tirar uma foto com os caras. E... porta na cara! Tá, eu espero de novo. Dessa vez, vou entrar com os caras da organização.

Bate-papo descontraído. Os dois são gente boa, sem estrelismo.  Fotos, risadas, autógrafos.

“De quem é aquele Toddynho?”, alguém pergunta. “É meu, eu não bebo”, responde o Canisso. 

Também não são tão maus quanto parece. Acredite se quiser.

RAIMUNDOS
por Rafael Kage

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