Pacotinho de SEDA | Aeromoças e Tenistas Russas

9 de dezembro de 2011
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#PUTA QUE PARIU ESSES CARAS SÃO FODA  

Fotos por Laís Semis 
Texto por Lígia Ferreira

Não sou grande entendedora de música, pra fazer grandes críticas construtivas com alto grau de técnica e tudo mais, principalmente de música instrumental; A única coisa que eu afirmo com certeza é que Aeromoças e Tenistas Russas me fez gostar de música instrumental e perceber que nessa banda o vocal não faz falta e se existisse talvez não seria o protagonista.

Durante a performance das Aeromoças nossos olhos não param, eles ficam passeando pelo palco, com sede de não perder nenhum movimento, nenhuma expressão. É a explosão da bateria, são os movimentos dançantes do baixista, é a hipnotizante atuação do guitarrista/saxofonista e a eletrecidade que traz o tecladista; que na verdade não é apenas tecladista, ele produz choques elétricos, seria possível isso? Sim, na ATR tudo parece ser possível.

Meu amigo, ATR também é show visual. Foi ainda mais na apresentação na SEDA. Durante o show inteiro houve projeções no palco, direto na banda. A visível percepção da luz que iluminava a guitarra e o sax (que imagem linda), enquanto o baterista russo se camuflava com as imagens projetadas, com metade do rosto visível e os cabelos encharcados de suor. Estava muito calor, mas como eu já disse, a bateria é explosão. E o baterista russo a cada batida explode junto com seu instrumento, como se fossem apenas um.

Que me perdoem os outros instrumentos, mas é impressionante a força que a guitarra e o sax tem nas músicas. Seria eles a voz da banda?

Bom, se numa banda normal o protagonista é o vocalista, talvez na ATR os protagonistas sejam o sax e a guitarra. Ah, tem também a pegada eletrônica do sintetizador? Ainda tem aquele sambinha que a batera às vezes traz? E o baixo que em certos momentos só da pra se concentrar no som que ele faz? Putz, ô banda cheia de protagonistas. 

Mas, voltando ao sax e a guitarra,  é impressionante a habilidade do Thiago Hard em fazer com que tais sons nos encantem e nos levem a outra dimensão.

Seria essa dimensão a tal da Kadimirra?! Se for ela os passageiros que chegaram até lá não queriam voltar, não queriam que acabasse. E foi nesse momento que eu escutei: “Eu ficaria aqui a noite inteira escutando eles tocarem”. Que coisa bonita para os ouvidos. Isso sim que é encanto, isso sim que é conquistar a platéia. 

Aeromoças não partam, queremos biz, queremos ficar nessa dimensão! Mas quem mandou se apaixonar justo por quem não finca os pés num lugar só? O próximo vôo os espera. Pelo menos como conforto, um dia as aeromoças sempre voltam.

Captação e Edição por Laís Semis

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