#CineOuroVerde e a Mostra do Filme Livre

11 de maio de 2011
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12 de abril.

A edição do Cine Ouro Verde daquela semana era especial. E não era a chuva que iria atrapalhar. Nem o fato da sala estar fechada. Nem o fato de não ter a chave. Nem o de não ter ninguém na frente do CineClube além de nós, do Enxame e do e-Colab.

Por que, afinal, o que melhor do que um filminho com essa chuva?

Nada na rua além do carro estacionado em frente ao Cine.

Eita gente persistente, viu!

- Mas com essa chuva, você acha que rola? – disse o responsável pela chave do outro lado da linha.

- Rooola, rola! – ia convencendo todo mundo pelo caminho dos imprevistos, o Eduardo Cambota.

Não deu outra: pouco tempo depois de conseguir a chave, ainda chovendo, os lugares vazios foram se completando. Contudo, as pessoas que surgiam, na noite de hoje eram diferentes. Mais velhas. Hoje a programação fugiu um pouco do que o Bairro Ouro Verde está acostumado, sem animações, desenhos ou filmes para crianças. Hoje a noite é dos curtas-metragens nacionais.

11 cidades do país foram conectadas na Mostra do Filme Livre 2011 pela Rede Fora do Eixo. 11 Cineclubes do Fora do Eixo transmitiram a programação da Mostra em suas sessões. E a proposta era mesmo essa, de mostrar filmes que fugissem do padrão. Os escolhidos para serem exibidos no Ouro Verde eram filmes abstratos, de diferentes formatos e temas.

Curtíssimas imagens de paisagem, a busca pelo funk perfeito, histórias contadas sobre a mulher vaidosa que vive na praça. “Uma viagem”, muitos disseram (e outros tantos diriam). Filmes sem pé, nem cabeça. Só corpo.

A chuva diminuiu. A molecada se mostrou insaciada, a seleção de curtas era pouco. Dava tempo de passar mais uns curtas ou então um longa. Ainda era cedo, segundo a contagem deles.






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