Por Renan Simão, repórter Jornal Jr.
Nas paredes, quadros memoráveis na História do rock: Elvis, Frank Zappa, Stones, Bob Dylan. Essa atmosfera inspiradora do Jack Music Bar dava o ritmo do que seria a noite de sexta-feira do “Pacotinho de SEDA”. As bandas que se apresentaram foram Norman Bates e os Corações Alados, Jennifer Lo-Fi e Graveola e o Lixo-Polifônico. Esses últimos eram os mais esperados e se apresentaram primeiro. Diante de um público que notadamente preferia o rock (a bateria bem marcada e riffs sonantes) o Graveola levou um ritmo mais suingado com lindas melodias e letras que dá vontade de cantarolar junto.
Graveola
“Coisa fina”, disse um quando começou o show. Refinado, talvez esse seja um modo de identificar o som do Graveola. Vozes ajudam viajar nas letras e os já muito falados barulhinhos que se consegue perceber nas canções. Batuques em fôrma de bolo, sons de brinquedo de criança e assovios imitando passarinhos são algumas das experimentações. “De um tempo pra cá, nosso som não é tão experimental assim, aliás, é convencional. As maiores viagens são apenas com a percussão.”, comenta Yuri, baterista. A canção ainda é o principal para os mineiros de BH. Como pode se perceber em “Rua A”, “Suprasonho” e “Coquetismo”, esse último o hit da banda do disco Um e Meio (2010).
Norman Bates
Se os mineiros do Graveola trouxeram a melodia refinada, logo depois os bauruenses do Norman Bates mostraram a poesia e o rock ‘n roll. Carregado de melancolia e piração, o vocalista Luiz Paulo Domingues encarna o homem pós-moderno nas letras. Seus medos, vontades e amores expostos no palco com notada grandiloqüência. (Saca o Morrissey?). O som acompanha a angústia das letras: solos de guitarra e teclado dão o tom de classe dentro dessa atmosfera de confusão existencial. Destaque para “Vício” e “Para quem entende de publicidade” (no MySpace).
Jennifer Lo-Fi
Jennifer Lo-Fi foi a banda que encerrou o Pacotinho de SEDA da sexta-feira. O grupo paulistano que é conhecido por seus webshows semanais e a relação com a Internet, combina um lirismo das letras cantadas em inglês com a força das guitarras e da bateria. A voz de Sabine Holler (vocalista) flerta entre a delicadeza e a agressividade, que ganham força com e elevação dos riffs de guitarra. Confira “Escafandro” no MySpace da banda.
Muito massa o texto! Vários links pra navegar e mostrando um pouco como foi o clima da noite. Só faltou falar do momento instimista na sede do @enxamecoletivo com los @graveolas...
ResponderExcluirabços e parabéns!