Graveola e o Lixo Polifônico

4 de outubro de 2010
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Eles são mineiros, quietos, mas fizeram muito barulho na madrugada de Bauru.


A tarde do dia primeiro de Outubro virou noite em Bauru. Uma tempestade, com ventos de mais de 37 km/h assustou a população bauruense, que viu as lâmpadas da iluminação pública serem acesas em plena tarde, por conta da baixa luminosidade natural.


Sob a luz dos refletores. Foi este o cenário que acolheu quatro músicos mineiros: O vocalista e guitarrista Luis Gabriel, a percussionista Flora, o baterista Yuri e o baixista Bruno.


Estes quatro são apenas uma parte da "Família Graveola", que esteve desfalcada em Bauru, mas, animou o público no Jack Music Bar, na Duque de Caxias.


O show começou, mais ou menos, à 1 da manhã, mas antes de Coquetismo, Antes do Azul, Insensatez e Supra Sonho, os músicos do Graveola, na correria para se prepararem para o show, conseguiram um tempo pra bater um papo com quatro fãs, estudantes de jornalismo, que esperam que mais pessoas conheçam e cantem as músicas do Graveola.


A conversa começou com Yuri, o baterista, explicando que a banda surgiu na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, em 2004. Nas rodas de violão, o grupo tocava de clássicos da MPB a versões dos sucessos da música Pop. Só que, junto do violão, o chamado “Lixo Polifônico”, ou seja, copos, chaveiros, potes e até mesmo uma lixeira.


Das festas universitárias, para o cenário independente de Belo Horizonte. O Graveola comentou também como foi essa inserção no cenário independente, que, predominantemente, é dominado pelo rock. “A aceitação foi imediata, nunca houve nenhum tipo de hostilização, mesmo em festivais só com bandas de rock”, afirma Flora.


O “Barroco Beat”, uma brincadeira da própria banda, devido a necessidade imposta de rotular o som do grupo, já ganhou fãs do outro lado do Atlântico. Convidados a participar do Festival de Música Brasileira de Bolonha, a Família Graveola fez as malas e partiu rumo ao velho continente. Além da cidade italiana, Lisboa e Paris também fizeram parte dessa turnê europeia. “Em Lisboa foi onde tivemos uma resposta e uma aceitação mais bacana”, comenta Yuri. “Muito pela língua, muito pelo que eles conhecem de música brasileira”.

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