Cinema Marginal na SEDA

1 de outubro de 2010
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Giovani Vieira, repórter da Agência Júnior de Comunicação.
O cinema brasileiro sempre teve "ares" diferentes. Entre os anos 60 e 70, os anos de chumbo do país, a linguagem cinematográfica brasileira entrou em uma fase de radicalização. Surgia assim o Cinema Marginal, uma produção que buscou romper com as imagens tradicionais e trazer o grotesco, o erotismo e o pornográfico como novos elementos artísticos.
O Cinema marginal Brasileiro também ficou conhecido como Boca De Lixo ou Underground e tinha a liberdade de seus criadores como uma marca essencial. Foi com essa inspiração que a SEDA iniciou a noite de sexta-feira com a mostra do filme "Mulher de todos" (1969).
Dirigido pelo cineasta Rogério Sganzerla, o longa pertence ao gênero da comédia e faz uma homenagem às antigas chanchadas e os pastelões. O enredo narra a história de uma mulher ninfomaníaca de nome Ângela Carne e Osso. A libertina moça rompe com seu caso e resolve passar uma temporada em uma ilha exótica, a Ilha dos Prazeres. No local, a moça acba conhecendo mais rapazes, mas acaba sob suspeita do próprio marido que coloca um detetive particular para comprovar a infedelidade da esposa.
Ângela Carne e Osso quebra o esteriótipo de mulher submissa e é capaz de fazer dos homens gato e sapato, um objeto de diversão. Talvez o filme tenha causado muito impacto na época de seu lançamento, mas no nosso tempo Ângela se tornou mais uma entre muitas mulheres com essas características. Ângela é a mulher do século XXI, é ultra-perigosa, inimiga dos homens e vampira histérica em busca de carne fresca para atraiçoar.

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