Compra de quem precisa vender, distribui pra quem precisa comer

1 de abril de 2013
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Texto: Regiane Folter
Imagens: Instituto Acesso Popular

Uma parceria entre o Instituto Acesso Popular e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ajuda famílias carentes que correm o risco de não ter comida na mesa. O Projeto de Doação Simultânea, que faz parte do Programa de Aquisição de Alimentos vinculado ao Fome Zero do Governo Federal, faz uma ponte entre pequenos produtores e comunidades pobres de Bauru. 

Tudo começa com a produção de frutas, verduras e legumes pelas 30 famílias de agricultores do Assentamento Laudenor de Souza, em Piratininga.   Após terem se cadastrado no programa, os alimentos cultivados no Assentamento são comprados pelo Governo Federal por preço de mercado e em seguida são repassados a organizações sem fins lucrativos como o Acesso para que sejam distribuídos em bairros carentes, sempre sob a fiscalização do Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA). Em Bauru, há quatro anos o Instituto leva produtos para bairros como Leão XIII, Parque Real, Sta. Edwiges e Jardim Nicéia. A Secretaria de Bem Estar Social apoia a causa e fornece o caminhão que busca os alimentos em Piratininga e leva até às famílias. “Em todos os bairros os próprios moradores se auto-organizam e colaboram com todo o processo de doação, desde a preparação do local até a organização das pessoas”, explica Jorge Moura, presidente do Instituto.

O Acesso Popular desenvolve projetos com a intenção de levar políticas públicas, cultura e educação para populações desfavorecidas. Segundo Jorge, a agenda das ações da organização está vinculada a pautas levantadas principalmente pelos movimentos estudantil e campesino. A colaboração entre o MST e o Instituto existe desde antes do Projeto de Doação Simultânea começar. “Acompanhamos desde o início o processo de assentamento dos companheiros de Piratininga, desde o acampamento até a posse definitiva da terra, oferecendo apoio político e jurídico”, conta Jorge. 

As distribuições ocorrem a cada semana em um bairro, sempre às terças-feiras, entre 9h e 12h.

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