SOBRE PERSONALIDADE E A CIDADE QUE SE ALGEMA AOS SEUS BURACOS

16 de novembro de 2011
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Texto por Jayme Rosica

Com caranguejos ao redor da cabeça e a cabeça impregnada pela lama começou a sexta-feira do extremo. O role do extremo sempre satisfaz a sede pelo som pesado. Sempre atingindo a mente com porradas em forma de música.

Chegando a Frost Valley já mandava seu som. A banda bauruense é bem coesa, destila seu metal de uma forma muito bem executada. Mas ainda aparenta necessitar de um pouco mais de maturidade na produção de uma sonoridade própria.

Na seqüência quem entra em cena é a Orckout, velha conhecida do metal bauruense, o som é foda, pesado, rápido, consistente, uma das melhores bandas do gênero que já vi se apresentar. O vocal se soma perfeitamente a uma cozinha bem estrutura e às guitarras que fazem vibrar os ouvidos. Vale lembrar que a banda já tem um CD lançado (“Involution”), muito bem gravado e mixado.

Ao final, a Hellbenders de Goiânia toma conta do role com uma exibição impressionante.

Captação e Edição Eduardo Kenji


Uma forte influencia do Stoner, um Kyuss abrasileirado, ou melhor, “Goianizado”, sem copiar a sonoridade gringa, apenas agregando a mesma em uma personalidade própria. Soa fantástico, rock cru, pesado, sem firulas e com muita disposição. As guitarras são um grande diferencial, demonstram uma essência forte, um um chute na cara, e de sola.

Essa é o que o publico quer e aplaude, uma alternativa para as sextas-feiras, uma escapatória para o marasmo da cidade que por si só parece não conseguir andar sozinha. Canil Coletivo, salvando Bauru da rotina desde 2011...

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