Texto e fotos por Keytyane Medeiros
Ao contrário do ano passado, em que as atrações entraram pela noite e havia shows, peças de teatro e mostra de filmes durante quase 24h, as apresentações se concentraram a partir das 18h do sábado e das 15h do domingo no Vitória Régia e no Teatro Municipal. Neste sentido, foi uma Virada Cultural triste, com potencial de expansão pouco aproveitado e pouco chamativa.
No final da tarde de domingo, competindo com o futebol global, a banda Metá Metá se apresentou no palco externo do Vitória Régia. O estilo brasileiríssimo, com referências africanas e regionais do nordeste do país marcam o grupo. Esta não é a primeira vez da banda em Bauru, mas com certeza foi sua primeira apresentação no principal parque da cidade.
A emoção da vocalista Juçara Marçal era visível na dança e na forma como cantava. Imagino que não tanto pelo fato de estar novamente em Bauru ou por estar tocando num dos maiores eventos culturais da cidade, mas por pura e simplesmente poder cantar, fazer sua dancinha e seu chingado sensual. Aquela emoção de viver, de fazer o que gosta, de fazer outras pessoas felizes por isso.
O saxofonista fez vários solos de tirar o fôlego da plateia, os corpos, dançantes, apreciavam o estilo totalmente diferente e a bateria eletrizante, maluca. Com certeza, Metá Metá destoou das outras bandas que se apresentaram no Vitória nos dias 25 e 26. A variedade marcou esta curta edição da Virada Cultural, ainda bem. E o que pude perceber é que a plateia daquele domingo agradeceu francamente pela sequência psicodélica, dançante e brasileira dos arranjos metá-metálicos.
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