“Las chicas y el primero fuera del eje del año”

14 de fevereiro de 2013
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Quando o som das vizinhas faz a nossa noite 




Texto por Higor Boconcelo
Fotos por Pâmela Antunes Pinheiro

A noite do último sábado trouxe tudo o que o público já conhece das Noites Fora do Eixo: casa cheia, galera animada e música boa. Entretanto, a primeira NFdE do ano trouxe, em uma só atração, diferenciais: uma banda composta somente de mulheres (sete, no total), proveniente daquele outro lado das Cataratas do Iguaçu. É, aquele país que rivaliza há anos com o nosso no futebol, que muita gente guarda birra... à toa.

A banda Las Taradas subiu ao palco do Jack prometendo, hora em portunhol, hora em português, hora em onomatopeias distintas, nada mais que uma boa música. Ou talvez não fora isso o que prometeram, mas sem dúvida, fora isso o que trouxeram.



Agitaram os presentes com sons dos anos 40 e 50, canções que a banda define como “olvidadas, y otras no tan recordadas”. E mais: mostraram-se desprendidas de “fronteirismos”. Ou somos nós, brasileiros, presos a ele? Enquanto restava a dúvida, as platinas embalaram ritmos oriundos de toda América Latina. Da cumbia colombiana ao bolero argentino; do swing, do cha cha cha, às canções da região de Nápoles, na Itália. Não bastante, embalaram uma versão personalizada (“nuestra versión, adaptada”) de “Disseram Que Voltei Americanizada”, da eterna Carmen Miranda.

A sensualidade, o charme e individualidade de cada integrante serviram para captar a atenção, mas foi a música, e sem dúvida o talento e o ritmo do conjunto que se encarregaram de não deixar faltar os “mais um, mais um, mais dois” no final do show, nem as discussões acerca da noção de tempo. “Nossa, parece que durou cinco minutos”.

Confira a cobertura fotográfica completa!

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