POGO TIME

23 de agosto de 2011
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Fotos por Paula Mello e Gabriel Coiso

Texto por Gabriel Coiso
Responsáveis pela abertura da 5ª Noite Fora do Eixo ao Extremo em Bauru, os assisenses da banda Minutos Menores subiram no palco do Jack Music Pub por volta da uma da manhã, quando a casa já recebia grande público. Camisetas de bandas rápidas e/ou pesadas eram maioria entre os e as jovens que esperavam pela música nos confortáveis corredores e cadeiras do Jack.
























Diego Max, vocalista do Minutos Menores alertou o público: “não espere até o fim do show para dançar, se soltar”. Talvez este lembrete não fosse se quer necessário, pois desde os primeiros (distorcidos, ácidos, rápidos) acordes uma roda se formou em frente ao palco, e entre socos ao ar e pulos nos ombros alheios, sorrisos e palmas sinceras ilustravam o clima de descontração e diversão, fundamental para toda boa noite
de rock.



Texto por Jayme Rosica 
Sábado a noite e o role no Jack ia aos poucos se montando. Chegando um pouco mais cedo que o habitual percebi os vários rostos conhecidos que sempre frequentam as noites de som extremo. Era só um presságio do que se aproximava.

Aos poucos a atmosfera foi se formando, fui cumprimentando os camaradas das antigas, e aí bateu a nostalgia. Percebi que boa parte do público presente eram aqueles amigos da adolescência que formavam aquela cena de frequentadores dos roles de domingo do extinto Audiogalaxy (talvez o bar mais underground que existiu na cidade do pão com rosbife, onde se pagava três reais para adquirir belos hematomas pelo corpo nas rodas de pogo).



Quando o som começou com a Minutos Menores de Assis mandando um petardo em forma de hardcore, voltei as cenas de cinco ou seis anos atrás, as rodas se formando e a galera ensandecida retratando com perfeição a fúria sonora que rolava, fiquei meio afastado só observando, imaginando que minha idade de participar da pancadaria já tinha passado faz um tempo.
























Após um breve intervalo entrou em cena a segunda banda, a Desalma de Recife, mandando um thrash cabuloso. As bases muito bem sincronizadas apesar da extrema velocidade, baixo, guitarra e bateria combinando perfeitamente num caos perfeitamente ordenado, com algumas cadenciadas entre a porrada musical.
























O pogo continuou comendo solto e após algumas cervejas mandei minhas teorias sobre idades e rodas de porrada para o espaço. Entrei no meio da zona de confronto, e percebi que não importam os anos que passam, quando a bateria pulsa nos tímpanos os músculos se agem involuntariamente rumo aos hematomas.

Fim de show, camisa encharcada e sensação de que a essência da podreira musical nunca me abandonará.



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