Filme de José Mojica Marins traz os primórdios do terror no cinema nacional
Por Jaderson Souza e Juliana Santos, repórteres Jornal Júnior
O longa-metragem “À meia-noite levarei sua alma” (1964), de José Mojica Marins, mais conhecido como o personagem “Zé do Caixão”, foi o destaque desta quarta-feira (29), terceiro dia da SEDA. A mostra “O cinema do possível”, na qual foi exibido o filme, também contou com a exposição de curtas-metragens.
A história do filme gira em torno do agente funerário “Zé”, que pratica uma série de assassinatos. O personagem é caracterizado como descrente de tudo, obssessivo e temido por todos.
O cineasta é conceituado no meio como pioneiro no cinema nacional e internacional, no gênero terror. Nas suas produções, Mojica conseguia obter efeitos visuais com pouquissímos recursos tecnológicos. Além disso, também se notabilizou por trazer ao cinema temas considerados tabus para a época, como o ateísmo, a morte e o sexo.
Lucas, integrante do Enxame Coletivo, que estava assistindo pela primeira vez a um filme de Mojica, o considerou bem montado para época: “Eu fiquei surpreso. As cenas, o desespero e o terror que ele passa é bem legal.”
Vinicius, organizador da Mostra, e assumidamente fã de “Zé do Caixão” destacou a importância do cineasta, e explicou a escolha o filme: “Este foi o primeiro longa de Mojica que foi para o cinema (...) Ele é um nome do cinema nacional que devia receber um pouco mais de crédito, falta o pessoal conhecer mais o trabalho dele que é genial. Os filmes dele não deixam nada a desejar aos filmes estrangeiros de terror da época, como “Drácula”, “A noiva de Frankenstein”, e os filmes de Ed Wood”.
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