Virada Cultural 2012: Revirando as ruas

14 de maio de 2012
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Uma noite na virada de Sâo Paulo e revirando quem estava lá








Por Michel Marechal
Foto: Divulgação

Ao chegar a um palco o que se via era um mar de gente, alguns dançavam, outros de braços cruzados assistiam quietos ao show e uns nada faziam, apenas viam tudo aquilo acontecer sob seus olhos. Um evento que une as mais diferentes pessoas, mas todas com um único propósito: se divertir.

A virada cultural de São Paulo é um evento único, que apesar de muitas críticas deve ser levado em conta, gostando ou na da administração da cidade. A iniciativa é simples e já se espalhou por todo o estado, levar cultura de qualidade sem cobrar por ela. Claro que tudo demanda certo custo e a verba investida vem da arrecadação, mas assim mesmo, é preciso criar oportunidades culturais na maior metrópole brasileira.

Chegar às atrações era fácil, apesar de ter de pagar três reais para pegar um ônibus ou metrô para qualquer lugar, foi possível chegar a qualquer lugar sem demandar o tempo que todo paulistano é habituado. Nem foi preciso se espremer muito. Com a frota pública rodando 24 horas durante o evento, exceto algumas linhas de ônibus, não existia grande espera.

As ruas do centro eram o que mais fascinavam pessoas e mais pessoas, de todos os tipos e tamanhos. Principalmente àqueles não habituados. Ântonne do Espírito Santo e estudante de Turismo surpreendeu-se em sua primeira Virada Cultural. “É muito legal ver um evento cultural desse tamanho, e ainda sem ter de pagar nada por isso”.

Entre os paulistanos, divergências. Na rua defronte ao show de Gilberto Gil, Fred Dupont, um estudante de Direito discursava sua sensação de admiração e indignação frente a tudo. “O que eu acho legal de ver aqui são as pessoas, são todas diferentes. Aqui pouco importa o rico, o pobre, a família, os namorados, os amigos, todos estão curtindo as mesmas atrações, cada um de seu jeito, mas infelizmente em um evento isolado.” Enquanto isso uma amiga que o acompanhava, Amanda Sentada, introduzia críticas à conversa. “Dar cultura a uma cidade como São Paulo só uma vez por ano é enganar, dar o circo ao povo, esse tipo de investimento precisa vir em questões mais abrangentes”.

No mais, poder apreciar uma madrugada no belo centro de São Paulo não tem preço, ainda quando se assiste a atrações de qualidade inquestionável, para todos os gostos e estilos. 

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