A junção das oficinas e a gravação das cenas

30 de setembro de 2010
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Desde segunda, no espaço onde se localiza a @FendaFilmes, estão acontecendo as oficinas formativas de audiovisual, de interpretação e filmagem em croma key. Ontem, quarta, as oficinas se mesclaram no início da noite, extrapolando as 6 horas da tarde.

Hoje, o quarto dia, a principal característica foi justamente a sua convergência. O dia todo foi marcado pela interação entre as equipes e, principalmente, pela gravação das cenas que serão exibidas - em pequenos curtas - sábado às 16h, no Automóvel Clube junto com os filmes inscritos na SEDA.


Boa parte da manhã nos contemplou com chuva firme, alaridando o teto da @FendaFilmes, com períodos de fortes pancadas (lembrete mental: isso não é previsão do tempo) e pingos amenos. A manhã inteira presenciou a gravação de apenas uma cena, "Engraçadinha", fator que deixou a Bruna Moscatelli (dir. de atores) preocupada. "Pelo jeito vamos até as 8, 9 horas...". Contudo, depois do almoço coletivo, ou melhor, de marmitas coletivas, a tarde fluiu, com a gravação de outras quatro estórias.

pra ganhar tempo, almoçamos marmitas deliciosas no próprio ambiente de gravação; tivemos por volta de 1h de intervalo pra almoço

O que me surpreendeu e também a Bruna foi a evolução dos atores em apenas três dias de oficina. Já estamos juntos há mais de nove (!) horas, mas ainda resta captar o último micro-conto...


Hoje de noite o Bruno (direção) já começa a se dedicar às cenas na "sala azul" - cômodo da Fenda destinado a edição dos vídeos. A noite, a madrugada, portanto, é uma criança, cheia de imagens verdes. Amanhã - quinto e último dia das oficinas - o trabalho permanece, com o Bruno na edição e "o Felipe vai mostrar como tirar o croma e trabalhar com a ferramenta", explicou o Bruno depois de um cigarrete.

Novamente, estaremos aqui pra conferir.


Confira todas as fotos no álbum virtual!
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Mostra Audiovisual: "A meia noite levarei sua alma" - SEDA Bauru

Cobertura da terceira noite de mostra audiovisual:

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O terror de “Zé do Caixão”

Filme de José Mojica Marins traz os primórdios do terror no cinema nacional




Por Jaderson Souza e Juliana Santos, repórteres Jornal Júnior


O longa-metragem “À meia-noite levarei sua alma” (1964), de José Mojica Marins, mais conhecido como o personagem “Zé do Caixão”, foi o destaque desta quarta-feira (29), terceiro dia da SEDA. A mostra “O cinema do possível”, na qual foi exibido o filme, também contou com a exposição de curtas-metragens.

A história do filme gira em torno do agente funerário “Zé”, que pratica uma série de assassinatos. O personagem é caracterizado como descrente de tudo, obssessivo e temido por todos.

O cineasta é conceituado no meio como pioneiro no cinema nacional e internacional, no gênero terror. Nas suas produções, Mojica conseguia obter efeitos visuais com pouquissímos recursos tecnológicos. Além disso, também se notabilizou por trazer ao cinema temas considerados tabus para a época, como o ateísmo, a morte e o sexo.

Lucas, integrante do Enxame Coletivo, que estava assistindo pela primeira vez a um filme de Mojica, o considerou bem montado para época: “Eu fiquei surpreso. As cenas, o desespero e o terror que ele passa é bem legal.”

Vinicius, organizador da Mostra, e assumidamente fã de “Zé do Caixão” destacou a importância do cineasta, e explicou a escolha o filme: “Este foi o primeiro longa de Mojica que foi para o cinema (...) Ele é um nome do cinema nacional que devia receber um pouco mais de crédito, falta o pessoal conhecer mais o trabalho dele que é genial. Os filmes dele não deixam nada a desejar aos filmes estrangeiros de terror da época, como “Drácula”, “A noiva de Frankenstein”, e os filmes de Ed Wood”.
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Segundo dia de mostras na SEDA

29 de setembro de 2010
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Além do longa Meteorango Kid, vários outros curta-metragens do acervo Cineclube Aldire Pereira Guedes. Vinícius, do @enxamecoletivo, fala um pouco à respeito:

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Herói intergaláctico no mundo real

28 de setembro de 2010
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Filme destaca a desilusão da juventude durante o regime militar





Por Lydia Rodrigues, repórter Jornal Júnior


Nesta terça, dia 28, o projeto audiovisual SEDA expôs o mundo perturbante de um jovem durante a ditadura militar, com o longa Meteorango Kid- Um Herói Intergaláctico. O filme data de 1969, período de intensa repressão no Brasil.

O início do longa metragem apresenta o protagonista Lula vestido de Jesus Cristo , encenando um martírio numa cruz de gesso. Em seguida, é exibida uma mensagem do diretor, André Luiz de Oliveira, que reflete a postura desiludida do personagem: “Aliás... este filme é dedicado ao meu cabelo”. Ao dizer tal coisa, o diretor parece querer reforçar a atmosfera de descrença na sociedade, banalizando a própria produção. Desse modo, André Luiz, transmite a sensação de que não há público capaz de compreender o filme.

Pode-se até fazer uma associação entre esta fala e o áudio de Caetano Veloso no fundo de determinada cena. Nele, o tropicalista brada contra a multidão de jovens no período ditatorial: “Vocês não estão entendendo nada!" A incompreensão é um dos temas retratado em Meteorango Kid, prevalecendo um clima de ironia e delírio característico do filme.

O trabalho que integra o acervo Cineclube Aldire Pereira Guedes possui trilha sonora diferenciada. Composta por músicas de Caetano Veloso mescladas com ruídos indecifráveis e transmissões radiofônicas, expressa o conflito que existe tanto no mundo externo, como no interior do personagem. Por meio de sons inusitados e imagens em preto e branco, viajamos durante 82 minutos entre as galáxias dos sentimentos e aflições humanos.

Maíra Ferraz, estudante de Radio-TV que estava presente durante a mostra, diz ter gostado do filme e não ter visto outros parecidos sobre o contexto da ditadura militar, considerando-o diferente dos padrões tradicionais.

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1º dia da Oficina de Filmagem em Croma-Key

Além da oficina de direção de atores, o primeiro dia da SEDA contou com a oficina de filmagem em croma-key. Veja como foi.


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Mostra Audiovisual - RIP! A Remix Manifesto

Ontem aconteceu a primeira Mostra Audiovisual da SEDA. O filme apresentado foi "RIP! A Remix Manifesto". Saiba mais aqui:

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Início da oficina de atores na #SEDA

Ontem, no primeiro dia de atividades da 1ª Semana do Audiovisual em Bauru, aconteceu a etapa I da oficina de direção de atores, com Bruna Moscatelli da @FendaFilmes. Confira como foi:

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O Brasil como exemplo em "Rip! A Remix Manifesto"

Por Lígia Ferreira, repóter Jornal Júnior

“Hoje faremos um remix, um jeito divertido e ousado de fazer algo novo a partir de algo velho”, é assim que o documentário, “Rip! A Remix Manifesto” inicia o seu discurso.
Como brasileira, a parte que considerei de maior destaque é a que mostra o Brasil como sendo o pioneiro na luta pelo compartilhamento de ideias. “Remixar a arte, a ciência e o conhecimento da cultura mundial é uma característica dos brasileiros, que virou política governamental”.

Gilberto Gil, cantor e compositor da música popular brasileira e ex-ministro da cultura, é um dos exemplos citados. Ele dedicou a sua vida a criar uma sociedade baseada no compartilhamento. “O compartilhamento é a própria natureza da criação. Não há criação isolada, ninguém é um criador sozinho, ninguém criada nada do vácuo, tudo vem de alguma coisa que já foi criada antes”.
O funk carioca, também ganhou destaque. É visto como uma nova forma de arte sendo criada na base da linguagem universal da remixagem. “O que é a novidade? É exatamente você misturar as coisas que já foram feitas. Isso é o futuro da música e da raça humana”, disse o DJ Marlboro, um dos dj’s de remixagem mais reconhecidos e valorizados no Brasil.

E não é só na música que o país é tido como exemplo, mas também na medicina. O Brasil é visto como o pais que desafiou as leis americanas de propriedade intelectual aos desrespeitar patentes internacionais de remédios, para produzir cópias deles por preços menores; os tão populares genéricos. “A missão era garantir acesso livre e universal a todos os cidadãos. A indústria farmacêutica viu isso como um ato de guerra; o Brasil via como um ato de vida”.

O Brasil, mesmo sendo um país que ainda luta para superar o legado de violência, corrupção e desigualdade, é considerado um país que possui acesso universal ao conhecimento e à liberdade de criação. “Pra quem faz mixagem, o Brasil nos levará à era digital”.
O documentário ainda finaliza dizendo “O que a humanidade alcançaria se todos agissem como o Brasil? Que doenças poderiam ser curadas? Que vozes poderiam ser ouvidas? Que canções poderiam ser cantadas?”

É gratificante ver o seu país sendo exemplo de algo que traz o bem estar das pessoas, e é mais gratificante ainda ver que alguém reconhece esse pioneirismo. O Brasil está à frente de muitos países que se dizem lutar pela liberdade, mesmo em um mundo onde para criar é preciso implorar pela permissão dos poderosos que detém as ideias.
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Nada se cria, tudo se transforma

Documentário fala sobre os direitos autorais no século da internet

Por Regiane Folter, repórter Jornal Júnior

A SEDA trouxe sua primeira mostra ontem, dia 27, com o documentário RIP! A Remix Manifesto, dirigido pelo cyberativista Brett Gaylor. O filme trata da polêmica dos direitos autorais em relação ao compartilhamento de arquivos pela internet e à remixagem de materiais pré-existentes.

Durante os 86 minutos de exibição, o filme exemplifica o dilema com fatos do dia-a-dia (afinal, quem nunca baixou uma música pela internet?) e com depoimentos de pessoas ligadas ao assunto, como o produtor Gregg Willis, conhecido como "Girl Talk" por suas remixagens musicais, e o cantor e na época Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, entre outros.

Seria a reprodução de músicas de outros artistas um crime? A colagem de músicas e imagens, para criar algo totalmente novo, poderia ser considerada ilegal? Gaylor explora essas perguntas, argumentando que os direitos autorais perderam há muito o caráter de incentivo à criação, e agora servem como mecanismo de geração de lucro às grandes gravadoras.

Segundo ele, a internet seria o "campo de batalha" entre os detentores dos direitos autorais e as pessoas que, através da rede, adquirem materiais considerados ilegais (músicas, filmes, etc) e os transformam. Gaylor acredita que a ligação proporcionada pela internet permite que todos sejam criadores e tenham o direito de criar, recriar, mixar e compartilhar a cultura que, afinal, pertence a toda a sociedade.

A influência do passado em qualquer criação do presente é sempre reafirmada durante o documentário. Nada é totalmente novo, tudo tem influências diretas ou indiretas de criações passadas. Wall Disney teria sido um grande "remixador", pois suas produções foram criadas a partir de peças já existentes e que foram remodeladas e atualizadas. "Não há criação isolada.", afirmou Gilberto Gil, durante seu depoimento a Gaylor.

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Primeiro dia da Oficina de Croma-Key

27 de setembro de 2010
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As primeiras horas de atividades da SEDA aconteceram na @FendaFilmes, lá pertinho do estádio do Noroeste. Em ótimo clima, oficineiros e interessados começaram a produção. Da oficina, resultarão várias cenas que serão exibidas no Automóvel Clube no sábado (02/10), a partir das 16h.

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Canja Colaborativa - Fotos

Em junho, durante o Festival Canja,surgiu o projeto Canja Colaborativa, que reuniu cerca de 20 pessoas produzindo material fotografico, textos, entrevistas, videos e etc.
Segue algumas fotos produzidas pela equipe colaborativa durante o festival.

Fotos: Marina Paschoalli




Fotos: Amanda Rocha

 



Fotos: Herbert Bruggner Neto


Fotos: Luiz Germano

 


 
Mais no site CANJA COLABORATIVA.
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1ª Semana de Audiovisual - SEDA - começa hoje

projeto nacional se instala em Bauru trazendo mostras, oficinas, mesas de debate e outras atividades integradas; Semana visa ao desenvolvimento do setor local





À partir de segunda-feira (27) Bauru terá intensa movimentação no setor audiovisual com a realização da 1ª Semana do Audiovisual - SEDA – Bauru. A programação da Semana se extende até sábado (02/10), trazendo seis mostras, oficinas, mesas de debates e shows.

A SEDA é um projeto nacional de incentivo à formação, produção, circulação e distribuição do audiovisual independente, integrado ao Circuito Fora do Eixo. Criado e idealizado em Cuiabá – epicentro de origem da rede Fora do Eixo – em 2010, o projeto se expande para seis cidades: São Carlos (SP), Santa Maria (RS), Macapá (AP), Recife (PE), Uberlândia (MG) e Bauru.
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Contato

25 de setembro de 2010
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Entre em contato através do e-mail:
ecolab.bauru@gmail.com
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Sobre

Contexto
Conceitos de comunicão colaborativa/participativa remetem aos anos 00 justamente porque esbarram na popularização da internet, do blog e da colaboração na criação de informações (wiki). Mais especificamente, o projeto utiliza-se de princípios de midialivrismo, democratização da comunicação, da internet, software livres e creative comuns (ou a cultura do compartilhamento entre usuários da rede).

A cobertura nos festivais independentes
Em dezembro de 2009, acontece em Santa Maria (cidade situada no coração do RS), uma ação singular, a “cobertura colaborativa” - integrada à sexta edição do Festival Macondo Circus 2009 (5 a 7/12/2009). É neste momento que o projeto ganha estilo e corpo, com cerca de 30 pessoas que se juntam para realizar a maior cobertura simultânea (na internet) de um evento sobre arte independente. Este vídeo transmite a sensação e o clima do que foi o festival e a cobertura colaborativa lá. Reparem a fala final do último entrevistado e também o coordenador da equipe em Sta. Maria: ela é praticamente o espírito que permeia todo o projeto, “conseguimos fazer uma junção de um monte de gente ao mesmo tempo e tá todo mundo trabalhando feliz... temos que se divertir ao mesmo tempo que estamos trabalhando, essa é a ideia”.
Paralelo ao evento gaúcho, em outros pontos do país, duas iniciativas se destacam e servem de diretrizes para o desenvolvimento do projeto bauruense: o MIC (Mídias integradas cuiabanas), em 2008 e o MIU (mídias integradas uberlandenses), em 2009.

O surgimento
Inspirado nos dois portais colaborativos citados e como evolução do blog Canja Colaborativa, o blog E-Colab - E-Cobertura Colaborativa Bauru - é lançado oficialmente em setembro de 2010. A ideia amadureceu e sentimos a necessidade da criação de um espaço próprio, pois o Canja Colaborativa mostrou que dos dois lados - público e colaboradores - a cidade refletia amplo interesse no cenário independente e também na ferramenta, já que o projeto ganhou milhares de acessos e intensa produção de conteúdo.
Assim, E-Colab vem para garantir o espaço da arte e da cultura independente em Bauru, permitindo múltiplos olhares, estimulando a produção, democratizando o acesso aos eventos e coberturas e estendendo um braço local ao midialivrismo.
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