SEDA | Made in SEDA

14 de dezembro de 2011
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Fotos por Lucas Adriano
Texto por Pamela Morrison

MadMade in SEDA foi o fim da Semana de Audiovisual e o resultado das oficinas de Produção Audiovisual. Foram escolhidos 3 microcontos criados pelo escritor Edson Rossatto, cada microconto tem exatos cem caracteres, incluindo os espaços.

Desta forma, baseado nas obras a seguir:

“Frio mata dois na cidade”. Sentiu pena. Fechou o jornal. Adiante cobriu um mendigo com o tablóide.

“E pra acompanhar o café?”. Olhou a cadeira vazia. Pensou em responder “a Malu”, mas pediu adoçante.

Olhava fixamente aquela carta de despedida. Lágrimas. Suspirou e a rasgou. Desistiu. Resolveu ficar.



Foram criados em exatamente 100 segundos, as obras retratadas estavam diretas, objetivas e ao mesmo tempo subjetivas, como o próprio escritor disse a nós em uma conversa após a mostra... Depois que uma obra é escrita, ela pertence a quem a ler. E a interpretação delas ficou ótima!

Exibidos a seguir os curtas – metragens “A visita” baseado na obra de Caio Fernando Abreu e “Por nós Geni” Adaptação da música “Geni e o Zepelim”  de Chico Buarque. 

Vai com ele, vai geni. Você pode nos salvar!

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SEDA | Oficina de Produção Audiovisual - Parte 5

13 de dezembro de 2011
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[A jornada dos takes começa aqui]

TAKE 5
Texto por Jayme Rosica

A quinta e derradeira fase da oficina de produção da SEDA, rolou na sede do sindicato do comércio varejista e lá rolou a exibição do produto da oficina.

Foram exibidos os três vídeos: “Álgido”, “Quase” e “Sem Açúcar”, este último, que contou com a minha participação.







Na exibição estava presente o autor dos microcontos que deram origem aos vídeos, Edson Rossato, que comentou a respeito, falando inclusive que os resultados o agradaram bastante.

E foi assim que rolou a oficina de produção audiovisual, colocada aqui no E-Colab em 5 takes, uma experiência sensacional para os leigos no assunto, como eu, que se divertiram e aprenderam muito a respeito da interpretação do mundo em imagens.



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SEDA | Oficina de Produção Audiovisual - Parte 4

[A jornada dos takes começa aqui]


TAKE 4
Por Jayme Rosica

A quarta parte da oficina de produção da SEDA durou dois dias, e ensinou aos participantes a edição do material que foi captado.

Os encaixes da imagem com o áudio, as trilhas, efeitos, linkagem das cenas, tudo feito pormenorizadamente para que se encaixasse no contexto dos microcontos e ao limite dos 100 segundos.



O trampo é mesmo complicado, edição é um negócio que demora mesmo, e isso foi aprendido na prática pelos participantes da oficina.

No final, as três histórias foram bem estruturadas para sua exibição no MADE IN SEDA no domingo.

O take final...
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SEDA | Oficina de Produção Audiovisual - Parte 3

12 de dezembro de 2011
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[A jornada dos takes começa aqui]


Take 3
Por Laís Semis

Empunhando câmeras, fora das salas, longe dos slides e na companhia de alguns atores, o terceiro dia da Oficina ministrada pela Neurônio Produtora foi guardado para a prática. Na Cantina, nos corredores e no jardim, as três equipes testavam o que tinham aprendido nos dias anteriores. O objetivo: gravar um curta de 100 segundos baseados em contos de duas linhas. 


Sim, duas linhas. Se parece impossível um conto desse tamanho se tornar um curta, 10 pessoas foram postas a prova. Criaram o roteiro e agora se espalhavam pelo SESC para tentar, testar e captar o produto. Improvisos, roupas de inverno europeu em meio ao Sol de um verão bauruense, olhares atentos, atores em cena. A SEDA mostrando pra que veio.



O Take 4...
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SEDA | Feira da Semana

COMPRA
TROCA 
VENDA
Fotos por Laís Semis
texto por Jessica Mobílio

O endereço: Araújo Leite, 8-52 (seis quadras do calçadão da Batista de Carvalho, centro de Bauru – São Paulo). Isso tem certa relevância, ainda mais quando se perder pelas ruas bauruenses é quase um hábito, digo meu.

Deparei com um pequeno portão de ferro, e uma placa com o escrito, logo acima: Cineclube Aldire Pereira Guedes. Finalmente, cheguei! De repente, alguns artefatos expostos e a legenda “Museu da Imagem e Som”. Tinha um daqueles rádios antigos, 1915. Outros objetos, como um antigo projetor de imagens e um toca discos que vieram direto do museu da cidade.



Quer mais? E juntar tudo isso com a exibição de filmes da Programadora Brasil, compilação de animações, uma de Carlos Eduardo Nogueira.

Vamos à feira da semana? Com discos, DVDs, fitas cassetes, revistas e relíquias (diga-se de passagem, trilhas sonoras de filmes hollywoodianos). E também, títulos como, a produção Abel Contra o Muro e documentários de Carlos Pronzato estavam à mesa. 

Por um momento, o LP “Ópera do Malandro” do Chico Buarque, saltou aos meus olhos. Não ter levado nada para trocar por ele, foi arrependimento. Obras de todos os gostos. Contribuições de vários lugares. A nostalgia, e a feira é pura troca de estórias, mais que o material concreto.

Foi assim que a feira da SEDA se lançou para os aprendizes e o público que vieram assistir os documentários de Carlos Pronzato (e depois aconteceu uma daquelas conversas infinitas, de contar trajetórias de vida e de como é feita a produção e divulgação de conteúdo).

Captação e Edição por Laís Semis

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SEDA | Cine Seda Terror

MIOLOS, MIOLOS, NÓS QUEREMOS TERROR


Texto por Aline Ramos

Eu não quero voltar pra casa sozinha. Mas eu também não quero ir nessa chuva, era tudo o que me faltava hoje. Já sei, vamos fazer um curta de terror. Ééé, essa chuva é ideal. Você segura o guarda chuva e eu filmo os carros vindo em nossa direção. Nenhum está vindo, vamos esperar. Vem, vem, vem! Pronto. 

No nosso curta tem que ter alguém correndo, vamos gravar só as pernas em movimento e o chão. Finalizamos com a pessoa pisando naquela correnteza de chuva no meio fio, aquele que a gente não gravou porque estávamos com medo. Bem assim.

!Ploft!

Esse vestido é a sua cara. Esse sapato não é 39. Olha isso, dez reais. Será que aceita cartão? Vamos subir pra assistir ao filme.

Eu esperava terror, todo mundo esperava roer as unhas, segurar o grito no peito. Ninguém esperava rir daquele jeito, colocar a mão na barriga e soltar uma lágrima de tanto apertar os olhos. Os quinze presentes, quase vinte no Empório Cultural Extinção Discos, viram uma das referências dos clássicos trash, A Volta dos Mortos-Vivos. Cine Seda Terror tinha tudo, menos terror (como nós imaginávamos). 



Sexo, drogas, rock´n´roll, punks e mortos vivos. Combinação funesta que o diretor e roteirista Dan O´Bannon realizou em 1985 A Volta dor Mortos-Vivos (The Return of the Living Dead). Com altas doses de terror, uma história simples, porém eficiente e ótimas pitadas, digo, grandes pitadas, de humor negro. Quem estava lá na sessão que o diga.

Mas a chuva não parava, a madrugada só começava e muitos decidiram ir embora. Pela frente tínhamos Begotten e toda a sua estranheza. 



E os poucos sobreviventes lutaram com o sono da madrugada. Parecia que a ausência de falas a as cores em preto e branco ninavam a todos. Begotten é um Filme experimental/Filme de Horror de 1991, escrito e dirigido por E. Elias Merhige. Não tem muito o que falar, mas saca só a sinopse do filme. 

“Deus está abandonado sozinho, e se mata estripando-se com uma navalha. A Mãe-Natureza emerge de sua morte, e com o sêmem do moribundo Deus fertiliza-se, dando origem à Humanidade, uma criança doente e fraca, que em toda sua existência é surrada e torturada por zumbis sem face.”

É, depois de uma noite dessas, nosso curta de terror fica para outro dia. Já que fui pra Seda e aprendi que terror não é só aquilo que vi em O Chamado. 


Fotos, captação e edição por Laís Semis



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SEDA | Encontro de Cineclubes

PRA QUE OS CINECLUBES?
Fotos por Andressa Bernardo
texto por Jessica Mobílio


Essa pergunta parecia um “letreiro luminoso” em minha cabeça, quando entrei naquela sala. Mas, a indagação não era minha, era deles, os cineclubistas.

Logo desapareceu...

16h
SEDA Bauru, 10 de dezembro. Vai começar o encontro dos cineclubes, sente-se próximo de nós. O clima é intimista.

17h
“Os cineclubes surgiram nas décadas de 80 e 90 e se espalharam por São Paulo”, diz Eduardo Paes Aguiar do Cineclube Baixo Augusta. Deveria ser um debate com a linha “perspectivas do movimento Cineclubista em São Paulo”. Mas antes, as trajetórias destes cineclubistas mereciam apresentações.



17h45
“O cineclube é a possibilidade de interatividade entre o filme e a pessoa que o assisti. A diferença entre assistir o filme em casa e ir ao cineclube é o contato com o próximo, o desconhecido. Além da troca de conhecimento e formação”.

17h59
Tanto se falou. O que é um cineclube? E a proposta disso, como difusão de cultura? Algumas palavras: Cinema, coletivo, comunidade, conversa, crianças, estado, formação, interatividade, linguagem, políticas, público, presencial, social e troca.

18h
“A dificuldade dos cineclubes paulistas é a falta de sustentação financeira ou até mesmo por não serem reconhecidos como um cineclube”.

19h
Conversas sobre políticas públicas, “os cineclubes paulistas precisam se organizar”.

19h20
“Vamos articular soluções. Um projeto. Um novo encontro. Precisamos mapear o número de cineclubes que recebem apoio ou não”. 

A SEDA reuniu os cineclubistas: Eduardo Paes Aguiar de São Paulo – Cineclube Baixo Augusta; Hélvio Tamoio de São Carlos – Cineclube Paracatuzum; Cláudio Nunes “Tio Pac” de São Paulo – Cineclube Pac Lee; Charles Brait de Embu das Artes - Cineclube Chaparral e o Enxame Coletivo de Bauru – Cine Ouro Verde

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SEDA | Oficina de Produção Audiovisual - Parte 2

[A jornada dos takes começa aqui]


TAKE 2
Fotos por Laís Semis
Texto por Jayme Rosica


O segundo dia da oficina de produção audiovisual do SEDA foi reservada para a produção de roteiros. Primeiramente com uma introdução teórica sobre a estrutura dos roteiros de audiovisual e depois com a escolha dos microcontos que cada grupo iria adaptar e sua obra.

Com temáticas diretas e com bastante margem para que cada um aplicasse sua imaginação na construção da sequência.

Rolaram nos roteiros a ambientação, a escolha de personagens, diálogos, e até storyboards do que seria captado no dia seguinte.



O Take 3...
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Pacotinho de SEDA | Dead Rocks + The Almighty Devildogs

MAIS UMA GUITARRA... PRO AUDITÓRIO

Texto por Luana Rodriguez 
Fotos por Bianca Dias 
Vídeo por Luís Morais 

Noite de sexta feira. O Jack Pub, local da noite instrumental da semana de audiovisual, recebia poucos visitantes. O tempo parecia não correr e entre conversas de amigos de bar ouviam-se comentários do tipo “isso aqui támais pra festa estranha”. Seria a divulgação? 

Já passava da 1h20 da manhã quando alguma coisa aconteceu. No telão uma introdução da banda. No palco os meninos da Almighty Devildogs, anfitriões da noite. Começavam o show. Aquele mesmo som pesado que quem já conhece a banda está habituado. Na frente do palco um cara tocando uma bateria imaginária, no fundo do bar um outro deitado curtindo o ritmo da banda.


Para ouvidos treinados o som do baixo com a bateria estava meio desconexo. Para quem não entende muito de música a única certeza era a de que o guitarrista era bom. Muito bom. E foi desse modo que as músicas foram seguindo. Rock atrás de rock até que o Almighty anunciou a saideira. A já tradicional “Modo Foda-se”, “pra gente ser feliz” na explicação da banda.

E a noite seguiu. E um trio surgiu no palco. Paletós vermelhos, óculos escuros, cabelos com gel e um estilo surf music anos 50. Era a The Dead Rocks que estava no Jack. Com algumas baladinhas e outras músicas mais ritmadas o estilo da banda pareceu agradar mais ao público, que até ensaiava alguns passinhos de dança.


Uma baterista, um guitarrista e um baixista. O palco não era o limite. Tocaram ao lado da plateia. Subiram na bateria. Arrebentaram as cordas. Frases aleatórias. “Mais uma guitarra... pro auditório!”? A música da galinha e uma trilha quase James Bond. 

Surge um vocalista. Passam mais duas, três, quatro músicas são tocadas. Termina o show. Mas a galera pede bis e eles voltam pra tocar a última música. A banda tinha agradado, os anfitriões acertaram na escolha do convidados e a noite foi dos Dead Rocks. “ A gente não é Jimmy Hendrix, a gente não é Janis Joplin, mas a gente é o The Dead Rocks”. Tá certo então!

 

Dead Rocks + The Almighty Devildogs
por Bianca Dias
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Pacotinho de SEDA | Aeromoças e Tenistas Russas

9 de dezembro de 2011
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#PUTA QUE PARIU ESSES CARAS SÃO FODA  

Fotos por Laís Semis 
Texto por Lígia Ferreira

Não sou grande entendedora de música, pra fazer grandes críticas construtivas com alto grau de técnica e tudo mais, principalmente de música instrumental; A única coisa que eu afirmo com certeza é que Aeromoças e Tenistas Russas me fez gostar de música instrumental e perceber que nessa banda o vocal não faz falta e se existisse talvez não seria o protagonista.

Durante a performance das Aeromoças nossos olhos não param, eles ficam passeando pelo palco, com sede de não perder nenhum movimento, nenhuma expressão. É a explosão da bateria, são os movimentos dançantes do baixista, é a hipnotizante atuação do guitarrista/saxofonista e a eletrecidade que traz o tecladista; que na verdade não é apenas tecladista, ele produz choques elétricos, seria possível isso? Sim, na ATR tudo parece ser possível.

Meu amigo, ATR também é show visual. Foi ainda mais na apresentação na SEDA. Durante o show inteiro houve projeções no palco, direto na banda. A visível percepção da luz que iluminava a guitarra e o sax (que imagem linda), enquanto o baterista russo se camuflava com as imagens projetadas, com metade do rosto visível e os cabelos encharcados de suor. Estava muito calor, mas como eu já disse, a bateria é explosão. E o baterista russo a cada batida explode junto com seu instrumento, como se fossem apenas um.

Que me perdoem os outros instrumentos, mas é impressionante a força que a guitarra e o sax tem nas músicas. Seria eles a voz da banda?

Bom, se numa banda normal o protagonista é o vocalista, talvez na ATR os protagonistas sejam o sax e a guitarra. Ah, tem também a pegada eletrônica do sintetizador? Ainda tem aquele sambinha que a batera às vezes traz? E o baixo que em certos momentos só da pra se concentrar no som que ele faz? Putz, ô banda cheia de protagonistas. 

Mas, voltando ao sax e a guitarra,  é impressionante a habilidade do Thiago Hard em fazer com que tais sons nos encantem e nos levem a outra dimensão.

Seria essa dimensão a tal da Kadimirra?! Se for ela os passageiros que chegaram até lá não queriam voltar, não queriam que acabasse. E foi nesse momento que eu escutei: “Eu ficaria aqui a noite inteira escutando eles tocarem”. Que coisa bonita para os ouvidos. Isso sim que é encanto, isso sim que é conquistar a platéia. 

Aeromoças não partam, queremos biz, queremos ficar nessa dimensão! Mas quem mandou se apaixonar justo por quem não finca os pés num lugar só? O próximo vôo os espera. Pelo menos como conforto, um dia as aeromoças sempre voltam.

Captação e Edição por Laís Semis
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SEDA | Oficina de projeções imaginárias - SESC


VOCÊ ACHA QUE UMA IMAGEM CONSEGUE TRANSMITIR UM SOM? 

Texto por Lígia Ferreira 

Digamos que a Oficina de Projeção Audiovisual da SEDA veio nos mostrar a resposta. Quem nos mostrou o caminho foi o “oficineiro” (palavra feia, não?) Filipe, já conhecido nosso das “Conversas Infinitas”. Filipe é Vj (Video Joker - manipulador do vídeo), ou melhor, é o Vj Ocari. E não, como ele mesmo disse, não tem nenhuma relação com os apresentadores da MTV, a emissora de TV só se mostrou muito esperta escolhendo tal nome para designar seus apresentadores. Vj seria o “editor” que usa o tempo real para as suas projeções. Geralmente o Vj possui um banco de imagens que ele utiliza em suas projeções.

Pois bem, vamos ao que interessa. O que é essa tal de Oficina de Projeção? Sobre que tipo de projeções estamos falando? Estamos falando sobre um vídeo projeção, sobre a linguagem das projeções. E essa tal de projeção nada mais é que a conexão da imagem com o som/música.

É como se produzíssemos uma narrativa que traduza a música. É como se a música falasse em imagens e as imagens nos projetassem à música.É a conversa do som com a imagem. Muito complexo? Visualizando é sempre mais fácil. Vejamos então:


Projeções Imaginárias - Live Set - Insomne from vjocari on Vimeo.

Filipe nos mostrou como essa sinfonia de cor foi se desenvolvendo com o tempo, nos mostrou algumas teorias e também a parte técnica, revelando alguns softwares utilizados para a montagem das projeções.


As projeções são muito subjetivas, costumam ter um caráter de improviso e se utilizam muito da arte abstrata, pois tal arte permite associações mais abertas; permitem-nos expandir nossas sensações.
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SEDA | Ah se Lumiére visse isso e desse um clique!

8 de dezembro de 2011
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Texto e Fotos por Aline Ramos

Entrei meio com pressa, as luzes já tinham se apagado, a sessão já tinha começado. Ufa! Foi só a apresentação de quais curtas seriam exibidos - O Assassino do Bem, Salto no Vazio e O Estrangeiro. Tela grande, me afundei na poltrona. Mas espera ai, cadê o cheiro de pipoca? Cadê aquele croc croc croc de quem também vai tomar guaraná? Ah vá, estou querendo enganar quem? Vamos lá, pelo menos te situar.

  Seda > Mostra DF5 de filmes + Conversas Infinitas. Seis de dezembro.

O céu de Bauru não estava bonito (mas dava uma boa foto). O auditório do Sesc não estava cheio de gente bonita, bem vestida, feliz e hype. Será que a mostra foi refém daquilo que se propunha debater? A distribuição de filmes e os benefícios das plataformas onlines, como a DF5, por exemplo. Você, você mesmo leitor, que não foi, poderá ver os filmes que vi, sem pipoca e guaraná, aqui neste post. Ali, logo em baixo, com brigadeiro e coca cola, se preferir. Sendo dois filmes lançamento da DF5, essa história fica mais irônica?

Voltemos aos filmes. Cuidado Aline, se o Assassino do Bem te matar, é porque você está sendo chata neste texto. Ele poderia até me matar, mas acho que antes me mostraria alguns números. Segundo o relatório da DF5 sobre o filme “O Assassino do Bem” desde que foi lançado em setembro de 2010 até maio de 2011, o público presencial em cineclubes foi maior que os plays no Vimeo. Foram 11 sessões cineclubistas com um público de 1129 pessoas contra 682 plays e 100 downloads. Porém, há algo curioso nessa história. Os embeds no Vimeo foram de 1759, maior que o público físico e virtual. Mas fica aqui outra dúvida, será que nesse tempo de colaboração, o mais importante seja o ato de compartilhar do que o próprio conteúdo compartilhado?

[Assassino do Bem]



Estou a salvo, sobrevivi ao assassino do primeiro filme, mas será que volto do Salto no Vazio? O segundo filme exibido, não passa de um diário de bordo sobre a gravação do álbum da banda 4Instrumental na Argentina. Bacana, um makking off de um disco com toda aquela malemolência de quem botou o pé na estrada com câmera em mãos em outro país. Mas ainda assim, o resultado final da saga no vazio, o álbum em si, é mais agradável aos olhos e ouvidos. Ainda me lembro do show do 4Instrumental em Bauru e do quanto era possível ouvir pelo ar do Jack que a banda era muito foda e a pergunta “quanto custa o cd?”. Salto em cheio, isso sim.

[Salto no Vazio]



Mas que mostra de risco, não? O Estrangeiro não era teatro nem filme. Mas sim a mistura das duas linguagens, que como alguém observou, o vídeo lembra mais um texto do que um filme. A história é de Albert Camus, dirigido por Vera Holtz. Mas ai, enquanto o filme-texto tinha a sua primeira virada, paiiiiiiiin, problemas na projeção. Ainda bem que dá pra ver online, eu e você.

[O Estrangeiro]



Fim das projeções e inicio das Conversas Infinitas com Louise Akemi, responsável pela distribuição de produtos no Enxame Coletivo, Eduardo Porto, idealizador da Seda Bauru e Filipe Peçanha de São Carlos.


Década de 90, internet, distribuição, economia criativa e solidária, Fora do Eixo. E uma preocupação com a difusão do cinema pelo país, já que somente 8,4% das cidades no país possuem cinema. E ainda assim, a maioria localizados em shoppings. 

Se o acesso do brasileiro a internet continuar crescendo como nos últimos anos, as distribuidoras virtuais serão os principais veículos de difusão do cinema no país. Mas por enquanto é dificil afirmar qualquer coisa, já que menos da metade da população brasileira tem acesso a internet, são só 48%, aproximadamente 80 milhões de internautas brasileiros para uma população de 190.732.694 pessoas.

Opa, hora de fechar o Sesc. Vamos lá, as Conversas Infinitas também podem ser virtuais. 

“Filipe Garcia Peçanha aceitou a sua solicitação de amizade. Escreva no mural de Filipe.”


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SEDA | Oficina de Produção Audiovisual - Parte 1




Jayme Rosica foi pra SEDA com uma missão: aprender! Testar o que aprendeu nos cinco dias de Oficina de Produção Audiovisual e trazer como feedback um material totalmente experimental para apresentar aqui no fim da semana, o seu próprio Made In Seda.


TAKE 1

Por Jayme Rosica
Foto por Laís Semis

Como parte integrante da programação da SEDA Bauru, começou na terça feira no SESC a Oficina de Realização Audiovisual com a Neurônio Produtora.

Após uma breve apresentação da proposta e da produtora em si, foram passados aos participantes alguns vídeos clássicos do cinema, como trechos dos Lumiere, “Viagem a Lua”, “O homem com uma câmera”, dentre outros, como uma forma de exemplificar conceitos básicos do audiovisual como o enquadramento, ângulo, sequência, cena, take, etc. Para leigos no assunto, foi uma espécie de aula básica para integrar cada um na linguagem do audiovisual.

Ainda foi apresentada a proposta de produção de uma obra colaborativa, realizada em grupos, que terá exatamente 100 segundos, e adaptará micro-contos que contam também com 100 caracteres.

Os 3 contos a serem transformados em produções audiovisuais de 100 segundos


Em resumo, foi uma explicação geral sobre qual será a proposta de produto final da oficina, bem como do que será discorrido ao longo da semana, como uma verdadeira introdução ao trabalho com o segmento do audiovisual.

Acompanhe a saga do Fui Pra SEDA Aprender aqui!

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SEDA | Cine Sedinha

7 de dezembro de 2011
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A 2ª SEDA Bauru já começou!
Veja um pouco do que foi o Cine Sedinha, no Jardim Ouro Verde, na última segunda-feira.

Captação: Guima
Edição: Laís Semis



Trilha Sonora: "Other Father Song", They Might Be Giants - Coraline Soundtrack

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Fotos por Guima
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Rock Do Bem 7 | 5º Dia - Vitória Régia

DOMINGO DE ROCK, BEBÊ! 

Fotos por Bianca Dias
Texto por Lígia Ferreira 

O quinto e último dia do Festival Rock do Bem chegou. E não poderia ter sido melhor. Dominguera, sol, dia lindo, Vitória Régia e claro, o ingrediente principal: Rock.

Quando cheguei o parque já estava bem recheado de expectadores – personagens. Era cada tipo que se encontrava; dariam bons personagens de ficção. Mas todos ali com o mesmo objetivo e vontade: escutar muito rock’n roll. E foi o que o Festival proporcionou.

The Almighty Devildogs, já bem conhecida do público bauruense, foi a primeira a se apresentar. O público que foi buscar muito “bate cabeça” não se animou tanto, talvez pelo fato do som ser instrumental. E convenhamos, sabemos que música instrumental não é tão pop assim; infelizmente. Parece que a galera rock’n roll queria mais, muito mais.

O quarteto fez uma apresentação que não decepcionou. Ficou ali, naquele show esperado de sempre. Minto, os garotos fizeram uma ótima escolha em chamar o Leozinho da banda Supersônica pra cantar uma música com eles. Foi o ápice do show. 

Foi o momento que percebi as pessoas de levantando pra dançar. Dançar? Sim, no rock também dá.


E Leozinho veio pra chamar e berrar o que aquele dia foi: É rock , porra! A noite caía e por ela ainda muitas cabeças iriam bater, “ah, se ia...”

DIA DE TIRAR AQUELA CAMISETA DE BANDA DO ARMÁRIO 

Texto por Renata Coelho

Não sei se isso é coisa minha, mas quando vou a eventos em praças públicas, não consigo desviar minha atenção do público. É muito bonito ver como pessoas de diferentes tribos, classes e idades podem curtir um mesmo ambiente, o mesmo som, a mesma vibe...

Como aquele catador de latinhas, que compareceu trajando uma camiseta do Sepultura e tocando a todo o momento sua guitarra imaginária... E também todas aquelas crianças presentes, na companhia de seus pais rockeiros, e que são e serão, AINDA BEM, futuros admiradores do Rock!

Esse era o clima que pairava naquela tarde e começo de noite. A apresentação da banda Cavalo Morto começou logo após a da banda Almighty Devildogs. 

Com 18 anos de carreira, Cavalo Morto já atingiu certa maturidade e tem um público fixo em Bauru. A galera compareceu em peso, e as rodinhas de bate cabeça estavam a todo vapor nas proximidades do palco.

Trabalhando com um rock mais pesado, a banda também é conhecida por seus fãs como “possuídos pelo rock”, já que costumam tocar suas músicas sem  grandes intervalos. 


A energia e o entrosamento da banda também contribuíram com o clima daquele domingo, que foi dia de tirar aquela camiseta de banda do armário, foi dia de rock, bebê! 

Mas para mim, o público não foi apenas espectador, ele foi elemento fundamental para dar o tom ao show, onde todos estavam confortáveis para curtir o som a sua maneira, mesmo que seja apenas tocando sua guitarra imaginária.


D.O.S + Fetus Humanóides + Macaco Bong + Generator + Aleluia Bitch + Raimundos + The Almighty Devil Dogs + Cavalo Morto + Raimundos
Por Bianca Dias  
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Rock Do Bem 7 | 5º Dia - Raimundos

Fotos por Bianca Dias
Texto por Ana Beatriz Assam

De cima do palco as sensações são diferentes.

Raimundos. Último show do último dia de Rock do Bem. Enquanto os primeiros acordes de Fique! Fique! ecoam, subo a escada que leva até o palco. 

Paro por um momento. Na minha frente o Raimundos, atrás o lago do Vitória Régia iluminado pela lua. Merecia uma foto. Acho que todo mundo um dia já quis ser artista, já quis pegar um instrumento, subir no palco e tocar para uma multidão. Bom, falo por mim. Por mais que o show não seja assim TÃO grande e minha posição não seja nem um pouco importante, estou eufórica. É Raimundos, caramba! Ai, minha pré-adolescência. 

Mas não sou só eu que estou assim. Daqui de cima, fica mais fácil enxergar as reações da platéia. Rostos conhecidos na multidão. A galera vibra alucinada a cada música. Aos poucos, vai se formando uma roda punk monstruosa.


Confesso que estou um pouco surpresa. Como todo mundo sabe, o Raimundos teve uma boa queda de popularidade depois da saída do Rodolfo. Mas o que estou vendo aqui hoje não deixa a desejar em nada. Música de qualidade. Então porque é que eu estou tão controlada? 

Entro na vibe da galera que curte loucamente. Umadepoisdaoutra os caras vão tocando os maiores sucessos. Minha Prima Mulher de Fases I Saw You Saying Me Lambe A Mais Pedida Reggae do Manêro Eu Quero Ver o Oco. Êxtase total.


E do mesmo jeito que começou, acaba: como uma porrada. 

Ato consumado. E agora, Bauru? Como continuar depois dessa? 

Na porta do camarim já se formou uma fila de fãs. Todo mundo quer tirar uma foto com os caras. Mas, peraí! O Marquim e o Caio acabaram de passar pela galera tranquilamente, quase sem serem notados. Que ironia! 

Minha vez de entrar. Lá dentro, só o Canisso e o Digão. 5 minutos pra tirar uma foto com os caras. E... porta na cara! Tá, eu espero de novo. Dessa vez, vou entrar com os caras da organização.

Bate-papo descontraído. Os dois são gente boa, sem estrelismo.  Fotos, risadas, autógrafos.

“De quem é aquele Toddynho?”, alguém pergunta. “É meu, eu não bebo”, responde o Canisso. 

Também não são tão maus quanto parece. Acredite se quiser.

RAIMUNDOS
por Rafael Kage

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Rock Do Bem 7 | 4º Dia - Agudos

Os Patrões + Pearl Jam Cover
por Rafael Kage

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Rock Do Bem 7 | 4º Dia - Shiva Bar

6 de dezembro de 2011
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CADÊ MEU CACHECOL?
Fotos por Bianca Dias
Texto por Ana Beatriz Assam

Mais uma noite de Rock do Bem. Dessa vez, no Shiva. Na primeira vez que estive aqui, o Aleluia, Bitch! também tocou. O bar está abarrotado. Daquela vez, também estava. Mas os rostos eram mais conhecidos. 


Percorro meu caminho até a mesinha ao fundo, onde a Lais Semis me espera. Quem são esses caras chatos da mesa do lado?

Aleluia, a banda vai começar! Todas (ou quase todas) as atenções se voltam para o palco. A mesa ao lado continua a pentelhar. Tchau, vou pra frente do palco!

Logo de cara uma dobradinha de Arctic Monkeys. Arrrrrrepio na espinha! Ainda não consigo acreditar que vou vê-los em abril. E por falar em dobradinha, alguém mais reparou que as guitarras estão dobradas? Tenho uma missão: identificar o “novo” guitarrista.

Seguem com Kings of Leon. E a galera curtindo! Rock cachecol né Aline Ramos, quem não gosta? Daí, passam  para um “momento mais classic rock”, de acordo com as próprias palavras do Gustavo, o guitarrista-dos-cachos-bem-modelados. The Who, MC5, Creedence, T.Rex.

Aqui na linha de frente, dançam meninas e namoradas da banda. Alguns flashs... Cadê a minha câmera? Vontade de tirar foto de cada uma das milhares de expressões que o Alquati faz enquanto toca! Cada batida na batera é uma cara mais engraçada que a outra!

De volta ao indie, mais macacos-árticos e mais dobradinhas! Uma de Franz Ferdinand e outra de... Strokes! Outro arrepio! Lembranças recentes do show deles... O Wii esqueceu a letra de Reptilia e tá cantando no embromation! Tudo bem, a galera ajuda e canta junto, não esquenta! O show tá chegando ao fim, mas ninguém quer que pare... E agora? Vamos fechar com House of Jealous Lovers do Rapture. Maravilha!


No pós show, minha missão é bem-sucedida. “Novo” guitarrista identificado: Ronald Naganuma. Mais um ex-Norman Bates na noite bauruense.

Mas, peraí! Pesquei aqui na memória e lembrei  de uma promessa feita pelos caras naquela primeira vez que estive aqui, lembram? Aqui ó

E aí meus rapazes, onde estão as músicas próprias? O Gustavo nos conta: “A gente tá com três músicas próprias, estamos trabalhando em cima delas”. Então, é pra esperar? Ok, vocês são bons, a gente dá um desconto.



NEM TUDO É HYPE

Texto por Laís Semis

Não, ninguém deixou o Shiva quando as putinhas deixaram o palco. Pelo menos foi o que o espaço (ou a falta dele para perambular) parecia dizer. O cartaz ao fundo do palco indica que estamos presenciando um sábado de Rock Do Bem; esse é o sétimo ano do Festival.

A maré, iluminada apenas pelas formas que saíam das paredes do bar, estava complicada. Ir de um lugar para o outro era praticamente impossível, por isso acabávamos nadando, entre pessoas e líquidos que caíam dos copos a cada braçada.

Agradecimentos ao Aleluia Bitch.

Acho que depois de tantas bandas autorais, esqueci como é uma banda cover. Ainda mais covers de uma única banda. Elas ecoam com mais força e sabem bem as músicas que funcionam - é, elas tem essa vantagem. Essa noite, a banda Generator estava fazendo cover do Foo Fighters.

Algumas bandas tentam mascarar um visual parecido, mas eles não. O Shiva todo de pé, virado em massa para a banda com mãos animadas sob a platéia inquieta.

Depois da sessão hype instalada pelas putinhas da Aleluia, “Best of You” batalhou com “Times Like These” na categoria hino da noite. A casa esquece que a banda é cover e vibra como se os próprios estivessem ali. Mas “Learn to Fly” ainda é a preferida. E lá se vão 7 anos.

Junto com ela, também vem as coreografias mais bizarras. Deixe que as luzes façam sombras estéticas nas paredes. Deixe os elefantes em paz em suas respectivas mesas vazias.

Deixe que o aspecto rústico seja composto por garrafas acumuladas em mesas; aqueles que não tinham mesa, se apoderaram de um pedaço de chão pra chamar de seu por essa noite.

Captação e Edição por Laís Semis

Movimento intenso.
E veio o grito de mais um.
São 3 e tanto da manhã outra noite.

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Rock Do Bem 7 | 4º Dia - Galpão Paulista


O INDIE TAMBÉM É ROCK DO BEM

Fotos por Aline Ramos
Texto por Luana Rodriguez

O cenário era rústico. A causa era nobre. Nas paredes do Galpão Paulista Beer encontravam-se relógios, fotos antigas, muita bebida e o cartaz que indicava o evento: Rock doBem 7. No palco o grupo Bélica, cover dos meninos ingleses do Oasis, se preparavam para a apresentação.


22:45. Começava a noite. E começava com “Hello”. Entre conversas paralelas e olhares atentos as músicas calmas do Oasis tornavam a noite tranquila, evocando recordações e tornando o clima do Galpão aconchegante. A trilha do momento  era  a conhecida “Stand By Me” e em várias mesas era possível observar o clima romântico que a música trazia.

E a noite seguiu.

E seguiram-se músicas como “Little By Little” e “Stop Crying Your Heart Out”, mas foi a tradicional “Wonderwall” que empolgou o público que se arriscava em um coro de “(…)I don't believe that anybody  Feels the way I do About you now (…)”e “(…)Because maybe  You're gonna be the one that saves me  And after all  You're my wonderwall(…)” .

A Bélica já estava há algum tempo no palco, quando vocalista, cheio dos trejeitos que o tornava parecido com o ex-vocalista do Oasis, Liam Gallagher, desceu. Tomou uma breja e deixou seus companheiros comandarem o show por uma ou duas músicas. Se foi proposital ou não, o fato é que o resto da banda se segurou bem, e nem a acústica do ambiente, em alguns momentos bem ruim, estragou a harmonia da banda.


Às 23:55 a banda parou de tocar. Sobre aplausos do público, os músicos desceram do palco prontos pra curtir o resto da noite, provando que o rock Indie é muito do bem. E sim, a noite de sábado no Galpão Paulista Beer estava apenas começando e a Bélica foi só a premissa do que ainda estava por vir.


NOSTALGIA NO GALPÃO
Texto por Jessica Mobílio

Galpão Paulista, Bauru – interior de São Paulo, 03 de dezembro de 2011

Doze CORDAS, o trio.

Caros leitores, a estória desta carta é a saga de mais um sábado bauruense, porém no estilo Rock Do Bem 7. Vamos ao penúltimo dia do Festival. Antes, uma pequena ressalva, observar os rostos que ocupavam o Galpão Paulista foi o ápice, ou talvez quase isso. As garçonetes fizeram um show à parte, mas calma lá, posso descrever o vagão da parte externa, primeiro?

Mas o que aconteceu afinal? Com a saída da Bélica, banda cover do Oasis, não sabia o que esperar do trio que subia ao palco. Instrumentos e bancos posicionados, eles ficarão sentados, é isso mesmo? Sim. Três homens e de repente um vocal surpreendente. Comecem a saga dos clássicos!



E saiu Pearl Jam, Pink Floyd, REM, Creed, Adele, Guns N’ Roses, Cranberries, Michel Jackson, Silverchair, Coldplay, Eagles, Kings of Leon, Bee Gees, Creedence e outros, mas só de pensar neste repertório, imagino que o leitor se lembre de uma palavra, “nostalgia”.

Sabe quando acontece uns momentos destes, “ah, essa música”, “olha aquele cara pirando no refrão de Billie Jean”, “as garçonetes subiram no balcão, filma isso”. E mesmo que o espírito barzinho e violão tentassem calar a noite, as vozes e os refrãos marcados deixavam a premissa de lado. Até mesmo, os funcionários do bar lançaram uns passos cá e lá.

A noite se prolongava, já era meia noite, uma hora da manhã, duas... E alguém viu o tempo? É ele passou por ali. Aquelas oscilações de voz, a qualidade sonora foi realmente de impor respeito, “toca aquela de novo”.

E quando um cover domina a música que toca, é sinal de que funcionou. Muito

Belica Livre + Doze Cordas + Aleluia Bitch + Generator
por Rafael Kage 

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Rock Do Bem 7 | 3º Dia - Jack Pub


CHUTE NA CARA!


Fotos por Bianca Dias
Texto por Charlinho Rancoroso

Como um chute na cara começa a sexta-feira do Rock do Bem no Jack. A primera banda que sobe ao palco é a bauruense D.O.S., e o som é bruto, pesado, violência sonora. A banda, velha conhecida da cena da cidade nunca decepciona quem vai pro rolê a fim de curtir extremidade sonora.

Uma apresentação técnica e impecável faz com que eu sempre me pergunte como uma banda dessas ainda está por Bauru. É banda que conseguiria público em qualquer canto da Terra, ou até em Marte, quem sabe???



A gritaria é infernal, de fazer coçar o ouvido, as guitarras são absurdas, fazem com que qualquer fã do gênero fique hipnotizado pelo que as cordas produzem.
 
Um bicudo sem aviso na sua face programada pra ouvir canções bonitinhas pra ganhar as moçoilas na balada hype.

Depois de algumas semanas sendo praticamente forçado a ouvir toda a cachecolzice do mundo modernê, esse foi meu desafogo para um ano banhado a leite com pera, rap universitário e sanfonas saltitantes.


RÁPIDO, CRU E OLD SCHOOL. PRECISA MAIS QUE ISSO?

 Texto por Jayme Rosica

A segunda banda a entrar no palco da noite independente de sexta-feira no Rock do Bem foi a Fetus Humanóides. Mandando um hardcore bem old school, a banda empolgou o pessoal que sempre prestigia os eventos do gênero em Bauru.

De repente vejo que é uma mina na batera, e, melhor ainda, ela destrói, toca pra caralho!


Com cara de independente a banda desmontra sua personalidade com letras fortes, e que se encaixam perfeitamente à sonoridade do grupo. Vejo a galera pogueando e se divertindo bastante com o som rápido e agressivo que domina o ambiente com grande facilidade.

Um som ligeiramente simples, mas rápido e forte, como toda banda de hardcore que se preze deve ser.


MACACO BONG TALK SHOW

Texto por Bianca Dias 


Macaco Bong?” “É, Macaco Bong.” Nunca é demais assistir pela segunda vez. Vamodámaisuma então.

“Não tem nenhum cantor não...” e nem precisa. A guitarra fala, o baixo fala e a bateria também; conversam entre si o tempo todo, discutem, às vezes gritam, mas sempre se entendem. 

O diálogo é tão harmonioso que quem assiste nem percebe, pensa que é apenas música.

Olhos atentos dos que vêem, alguns nem se mexem, outros se contorcem ou sorriem, balançam os pés. E os instrumentos continuam falando e falando, recebem respostas em forma de palmas e satisfação. Acho que gostam, pois continuam a repetir os sons, códigos de um idioma próprio que às vezes fazem pensar “o que será que eles dizem tanto?”.

O que sei é cada um entende como quer.

E só ouve quem quer. Se achar que é apenas barulho, será só barulho. Mas na verdade são palavras em forma de notas musicais que se confrontam com o silêncio, se desdobram e viram um som denso, adquirem um espaço de tranqüilidade em meio ao caos e... chega.


Melhor não falar mais e apenas ouvir. Melhor deixar que se entendam entre os intervalos do silêncio.

D.O.S + Fetus Humanóides + Macaco Bong + Generator + Aleluia Bitch + Raimundos + The Almighty Devil Dogs + Cavalo Morto 
Por Bianca Dias 

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